35 anos depois do golpe de estado na Argentina, em 24 de Março de 1976, diversas atividades foram realizadas no país. Uma das celebradas frases que resume os eventos ocorridos foi do Procurador Strassera, proferida durante os procedimentos jurídicos às juntas militares: “Nunca Mas” [es] [Nunca Mais]:
Señores jueces: quiero renunciar expresamente a toda pretensión de originalidad para cerrar esta requisitoria. Quiero utilizar una frase que no me pertenece, porque pertenece ya a todo el pueblo argentino. Señores jueces: ¡nunca más!

Argentinos marcham à Plaza de Mayo, celebrando as vítimas do golpe de 1976 que instarou a junta militar no poder. Buenos Aires, Argentina. Imagem de Ezequiel Kopel, copyright Demotix (24/03/2011).
Em 2006, quando feriado público nacional foi instituído, controvérsias extremas foram despertadas, uma vez que as palavras “feriado nacional” são associadas a dias festivos. Em seu blog, David Rey11 [es] comentou a respeito disso:
Lo que va en contra de toda norma del castellano y, asimismo, del sentido común, es que se erija como feriado (repito, “día festivo”) una jornada cuyo saldo histórico sea, supuestamente (según los mismos impulsores), para lamentar, repudiar, marchar, atacar, denostar… El claro ejemplo de esto lo resume el “feriado” del 24 de Marzo
Quando o ex-presidente Néstor Kirchner apresentou o projeto, houve muita resistência em aprová-lo como lei, como informa o blog de Luis Maria Mariano [es]:
Varias organizaciones defensoras de los derechos humanos, habían planteado su resistencia porque consideraban que “feriado” es sinónimo de día festivo y en cuando al golpe militar, hay que recordarlo con “dolor, reflexión y lucha”.
Em 2006, Ruben Kotler [es] também partilhou sua reação ao feriado público recentemente decretado:
Cuando la semana pasada el gobierno nacional decretó que el 24 se convertiría en un día feriado, cierto escalofrío recorrió mi cuerpo.
Cinco anos já se passaram desde a declaração do feriado nacional e, este ano, junto com a quinta-feira, 24 de Março de 2011, foi incluído o dia seguinte, a sexta-feira 25, como uma extensão do feriado. Isso fez ressurgir a controvérsia. O blogueiro Tucumano in London [es] expressa sua opinião:
Esta fecha que debería recordarnos lo que “nunca más debería pasar en Argentina”, hoy se ve totalmente desdibujado con un fin de semana largo no laboral para favorecer el turismo.
Nem todos os blogueiros, no entanto, concordam. Em seu blog, Agustina Trinidad [es] conta:
Hoy para muchos es un día que nadie puede olvidar y que cada persona que nace se va enterar, porque como me dijo ayer alguien, “Quien olvida su memoria, esta condenado a repetirla”
O mesmo ocorre com Maria Claudia Cambi [es], que expõe em seu blog a história de Manuel, filho de um homem desaparecido que finalmente descobriu sua identidade verdadeira:
Es día de reflexionar sobre la Memoria, la Verdad y la Justicia, sobre las historias épicas y sobre la grandeza de las historias mínimas, individuales.
Em Buenos Aires, multidões reunidas para recordar o dia de maneiras diferentes, como mostram as fotos de Ezequiel Kopel, Alejo Costa e Patricio Murphy no portal Demotix. Fora da capital, também houve a realização de atos, como na cidade de Rosario, por exemplo. Na rua Scalabrini Ortiz, na presença do governador de Sante Fe e do prefeito de Rosario, a tradicional cerimônia de plantio de árvores se fez no local onde uma vez uma delegação das Mães da Praça de Maio [es] se fez presente.
Pela tarde, uma imensa marcha teve início na Praça San Matin, de frente ao Museo de la Memoria [es] [Museu da Memória], e seguiu até o Monumento Nacional à Bandeira [en], congregando grandes grupos de pessoa de diferentes gerações, a mesclar aqueles que viveram durante a ditadura militar argentina com aqueles que a conhecemos somente pelos livros de História argentina.