Este post foi publicado originalmente no blog da Agência Mural, com textos e pesquisa de Aline Kátia Melo, Eduardo Micheletto, Humberto do Lago Müller, Jéssica Souza, João Paulo Brito, Karina Oliveira, Lucas Landin, Lucas Veloso, Martina Ceci, Priscila Gomes, Priscila Pacheco, Sidney Pereira, Tamires Tavares, Tamiris Gomes e Thaís Santana; e organização e edição por Tamires Gomes. É reproduzido aqui via parceria de conteúdo.
A cultura do grafite vibra com toda a força nas cidades brasileiras. Em São Paulo não é diferente: artistas de rua dão cor e vida às suas paisagens cinzentas. Mas enquanto as artes dos bairros centrais, como a Vila Madalena, figuram em guias de viagem internacionais, aqueles da periferia permanecem desconhecidos mesmo para os habitantes da metrópole — onde vivem 20 milhões de pessoas.
Pensando nisso, os repórteres da Agência Mural reuniram as melhores artes nos muro dos seus respectivos bairros — a chamadas “quebradas” –, localizados na periferia da cidade.
Mariporã, Grande São Paulo
Todos os anos em Mairporã acontece um encontro de grafiteiros, organizados pelo artista Carlinhos Rootsm. As duas fotos abaixo retratam os dois últimos encontros, em 2015, quando foi revitalizada a principal escadaria do município.
Grajaú, zona sul
O mural abaixo fica no Parque Linear Cantinho do Céu, no Grajaú, e simboliza a realidade das periferias. Foi feito pelo artista Enivo, que começou a grafitar no bairro. O rapaz retratado é Caio Caternum, outro artista local. Já a frase “Ânimo… Pois somos feitos dos sonhos do tamanho que a gente quiser” é do Mano Money’s, cantor de rap também do Grajaú.
Lago Azul, zona sul
No Lago Azul, na zona sul, também vemos espalhadas as Casinhas Amarelas de Mauro Neri. O artista compõe o grupo de grafiteiros que cresceram no Grajaú.
Tucuruvi, zona norte
Casa grafitada em uma esquina na Rua Paranabi. Artista desconhecido.
Distrito Anhanguera, Zona Norte
Esta verdadeira galeria de arte a céu aberto foi feita nos muros da Escola Municipal Jardim Britânia, no distrito Anhanguera durante a 6ª edição do festival “Art in Home”.
Tremembé, zona norte
A Rua Um Treas, no bairro do Tremembé, está repleta de grafites.
Vila Nova Cachoeirinha, zona norte
Grafite pintado próximo ao Centro Cultural da Juventude, na Rua dos Eucaliptos. O artista é conhecido como Monster Ectoplasma.
Jardim Ataliba Leonel, zona norte
Os muros da Escola Estadual Pedro de Moraes Victor, na Rua Boaventura Coleti, também ganharam grafites dos artistas Brown, Marcia, Kbelo e outros.
Jardim Brasil, zona norte
Obras da artista Katia Suzue, moradora do Jardim Brasil. Criada por seus avós maternos, que são filhos de imigrantes japoneses, seu trabalho é marcado pelos temas orientais. Leia mais sobre a artista aqui.
Carandiru, Zona Norte
No bairro do Carandiru, uma das caricaturas do grafiteiro Sipros feitas no Parque da Juventude.
Jaçanã, Zona Norte
Esse grafite da Caluz, nome artístico de Caroline Luz, fica na Avenida Jaçanã. A artista traz a temática do feminino, construindo sua identidade estética inspirada nas mulheres da periferia e em seu cotidiano.
Abaixo dois grafites do artista Kasca (Jurandir Ramos), também em Jaçanã. Ele é conhecido por espalhar vacas pelo bairro vizinho conhecido como Jova Rural.
Morro Doce, zona oeste
Grafites do festival “Art in Home”. O da esquerda é de autoria de Malaca — O.C.A, no Morro Doce, zona oeste da capital paulista.
Guarulhos, Grande São Paulo
A Viela Manacapuru, localizada no Jardim Cumbica, bairro da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, ganhou grafites durante o “1o encontro de Grafitti Atac”.
Outro grafite em Guarulhos, dessa vez nos muros de uma escola na Avenida Bartolomeu de Carlos, localizada no bairro Jardim Flor da Montanha. No fundo há desenhos feitos por crianças.
Itaquaquecetuba, Grande São Paulo
Obra do artista JAE! Alves, localizado na Rua Maringá, Rancho Grande, em Itaquaquecetuba.
Mogi das Cruzes, Grande São Paulo
Um agradecimento aos grafiteiros em muro no Conjunto Habitacional Antonio Bovolenta, na cidade de Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. “Quase sempre foi uma minoria criativa e dedicada que fez o mundo melhor”, diz a frase.
Poá, Grande São Paulo
Coruja pintada pelo artista poaense Jonh Naja. O grafite pode ser visto na Praça Aurélio Fuga, no bairro de Calmon Viana, em Poá, Grande São Paulo.
Guaianases, Zona Leste
As intervenções abaixo são do artista Todyone. O número de moradores circulando pela passarela da estação de trem em Guaianases aumentou depois de ganhar novas cores. Há trabalhos também de Galvani Galo.
E na estação do metrô Guaianases, Todyone desenhou um vagão aproveitando as janelas da entrada que lhe dá acesso.
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