Haiti: Recuperando as Redes de Comunicação

A infra-estrutura de comunicação do Haiti foi seriamente danificada após o terremoto de 7.0 graus na escala Richter devastar a ilha no dia 12 de janeiro. Desde o primeiro dia, o Global Voices tem intensamente agregado e amplificado as vozes de jornalistas cidadãos locais e ativistas. Pode ser bastante fortalecedor para as pessoas no Haiti serem capazes de narrar suas histórias com suas próprias palavras, em seus próprios termos, e com suas próprias vozes.

Com isso em mente, Rádio Internacional Feminista (FIRE, es), uma estação de rádio surgida na Internet e com base na Costa Rica, uniu-se aos esforços das ONGs Colectiva Mujer y Salud (Mulher e Saúde Coletivas, en) e o Centro para Investigação para Ações Femininas (CIPAF, es), ambas com sede na República Dominicana, para abrir o Acampamento de Solidariedade Feminista Internacional Myrian Merlet na próxima semana na fronteira entre o Haiti e a República Dominicana. O acampamento terá um Centro de Comunicação a partir do qual ativistas de mídia ajudarão a coordenar esforços da mídia local. O acampamento de solidariedade é nomeado em homenagem à Myriam Merlet, uma renomada ativista feminista haitiana e ex-Chefe de Gabinete da Ministra da Mulher do Haiti, que morreu quando sua casa desabou após o terremoto.

No vídeo a seguir, a escritora feminista Eve Ensler relembra Merlet [en].


O Democracy Now entrevista Eve Ensler

A ativista feminista María Suárez Toro, co-fundadora da FIRE, explica que o Acampamento de Solidariedade Internacional terá um Centro de Comunicação que ajudará coordenar e recuperar as redes de comunicação femininas:

That will include radio transmissions via Internet by FIRE (Feminist International Radio Endeavour), as well as blogs, and electronic networks organized by women’s communication networks throughout the region, such as Alianza Mediática Continental, SEM/LAC, CIMAC, Cotidiano Mujer,  Red de Mujeres de AMARC, amongst others.

Isso incluirá transmissões de rádio via Internet pela FIRE (Rádio Internacional de Diligência Feminista), assim como em blogs, e redes eletrônicas organizadas por redes de comunicação femininas através da região, como  a Alianza Mediática Continental, SEM/LAC, CIMAC, Cotidiano Mujer, Red de Mujeres de AMARC, entre outras.

O acampamento também incluíra um Centro de Recursos que coordenará esforços para enviar recursos “diretamente às mulheres do Haiti” e trabalhará com ativistas dos Direitos Humanos do país para “monitorar, denunciar, e exigir ações legais no que tange a violações dos direitos humanos”. Haverá também um Centro de Saúde para “ajudar a lidar com a aflição, feridas, doenças e traumas” causados pelo terremoto.

A Associação Mundial de Radiodifusão das Rádios Comunitárias (AMARC) também pediu que os locutores comunitários apoiassem o Haiti.

The earthquake has caused extensive damage to communication systems and other vital services. Among the many people directly affected are community media workers and their families.

AMARC is conducting an urgent assessment of the status of community broadcasting in the areas affected and is working to mobilize resources and technical assistance. AMARC estimates that at least 12 community radio stations are located within the zones that have suffered the most severe earthquake destruction. The full extent of the impact is not yet known.

AMARC is calling on community broadcasters to support the international relief effort by organizing airtime appeals and other activities, and to provide direct assistance to community broadcasters affected by the earthquake, including equipment donations and financial support.

Even before this catastrophic disaster, Haiti faced enormous problems of transport and communications infrastructure, access to electricity and high rates of illiteracy. Community radio has developed, since 1992, as an essential part of Haiti's communications landscape, reaching the poorest communities and enabling their participation in development.

O terremoto causou um dano extenso aos sistemas de comunicação e outros serviços vitais. Entre as muitas pessoas diretamente afetadas estão os trabalhadores da mídia local e suas famílias.

A AMARC está conduzindo uma avaliação urgente do status da transmissão comunitária das áreas afetadas e também está trabalhando em mobilizar recursos e assistência técnica. A AMARC estima que pelo menos 12 estações de rádio comunitárias estão localizadas dentro de zonas que sofreram a maior destruição pelo terremoto. A dimensão completa do impacto ainda é desconhecida.

A AMARC apela a locutores da comunidade para apoiarem o socorro internacional organizando apelos nos horários de transmissão e outras atividades, e prover assistência direta a essa comunidade afetada pelo terremoto, incluindo a doação de equipamentos e apoio financeiro.

Mesmo antes deste desastre catastrófico, o Haiti enfrentava problemas enormes de transporte e infra-estrutura de comunicação, acesso a eletricidade e altos níveis de analfabetismo. As rádios comunitárias desenvolveram-se, desde 1992, como uma parte essencial do panorama de comunicação do Haiti, alcançando as comunidades mais pobres e permitindo sua participação no desenvolvimento.

A AMARC criou uma lista de rádios comunitárias no Haiti.

Mapa das rádios comunitárias do Haiti. Reproduzido com permissão da AMARC.

Mapa das rádios comunitárias do Haiti. Reproduzido com permissão da AMARC.

Para mais informações sobre o Acampamento de Solidariedade Feminista Internacional Myrian Merlet você pode enviar uma mensagem de email para a FIRE em oficina[arroba]radiofeminista[ponto]net, ou em espanhol para Colectiva Mujer y Salud em colec.mujer[arroba]codotel[ponto]net[ponto]do

Por favor visite nossa página de cobertura especial sobre o Terremoto do Haiti [en].

2 comentários

Junte-se à conversa

Colaboradores, favor realizar Entrar »

Por uma boa conversa...

  • Por favor, trate as outras pessoas com respeito. Trate como deseja ser tratado. Comentários que contenham mensagens de ódio, linguagem inadequada ou ataques pessoais não serão aprovados. Seja razoável.