Após várias horas de tensão, medo e incerteza, começa outro dia no Equador. No entanto, é um dia cheio de emoções fortes e avaliações, após a revolta da polícia que paralisou o país. No Twitter @candradepa diz:
parece que #Quito hubiera despertado de una gran farra alcoholica y alucinógena…
Este é um sentimento compartilhado. Andrés OleasPesántez (@aoleasp) relembra[es]:
193 heridos, 5 vidas humanas perdidas y millones de dólares en pérdidas… que alguien me explique, qué fue lo que ganamos? #ECUADOR
Relatos de outras cidades equatorianas, como Guayaquil e Cuenca [es] são similares. Esther Burgos (@noe_eb) relata que,
Se siguen escuchando las sirenas de la policia, y los helicopteros que sobrevuelan Guayaquil #Ecuador
Erika Solis Tlachi (@erikadesing), da mesma cidade, informa:
Urgente saqueo en guayaquil ecuador – http://bit.ly/dycQoI #ireport
Vídeo cidadão dos saques
Ontem, 30 de setembro, após o anúncio da greve por um grupo de policiais, o fechamento do aeroporto e a entrada do presidente Correa no Hospital Metropolitano, cada vez mais confusas, as notícias começaram a surgir na Internet. Com essas notícias vieram informações que Correa estava sendo retido pela polícia no hospital e que um Golpe de Estado ameaçou quebrar o Estado de Direito.
Embora a mídia tenha principalmente usado a palavra “golpe” [en], o silêncio e a participação ativa última do Exército [es] para resgatar Correa do Hospital, mostram que não houve qualquer tentativa militar conjunta para remover Correa do governo.
Martín Pallares, de Desde la Tranquera [es], pergunta:
¿en verdad hubo un golpe de Estado en el Ecuador? Yo supongo que para hablar de un golpe de Estado debe haber habido, al menos, el intento manifiesto de derrocar al Presidente para reemplazarlo por alguien. Y en el caso ocurrido este día lo único que hubo fue un deplorable e injustificable acto de insubordinación de los policías que se sentían, justa o injustamente, afectados en sus derechos.
A mídia equatoriana [es] confirmava a posição das forças políticas opositoras de Correa e o anúncio do ex-presidente equatoriano Lucio Gutiérrez sobre a operação militar da polícia, ainda que as últimas notícias [en] relatem uma diferente e acusatória posição [es] sobre o governo. Antes, era relatado que:
@teleSUR_tv: El ex presidente de Ecuador Lucio Gutiérrez, pidió disolver el Parlamento y llamar a elecciones presidenciales #PoliciaEc
Por outro lado, Live Media Ecuador [es] recentemente informou:
Para el ex presidente ecuatoriano Lucio Gutiérrez, lo de ayer fue una maniobra de Correa, para “esconder la corrupción” en su Gobierno
Vídeo cidadão da greve da polícia
O resgate do presidente Correa foi seguido minuto a minuto por usuários do tuíter do Equador e de todo o mundo, como por Hernán Ramos (@b10_ecuador):
GOLPE EN #ECUADOR #RafaelCorrea ya está bajo protección militar. CONFIRMADO
se reporta fuerte tiroteo en afueras del hospital, http://bit.ly/cbhorU, #Ecuador #CoberturaTwit
O resgate em si foi seguido de perto, em meio a artilharia pesada e centenas de pessoas que foram chamados para defender o presidente enquanto ele estava detido. As imagens do resgate, que podem ser vistas neste vídeo, foram vistos em todo o mundo graças à Internet.
Tempo de Avaliação: Censura, greve e levante, performance da mídia [es]
Após o resgate, o presidente Correa falou do palácio presidencial de Carondelet, e a página da tentativa de golpe ou levante a polícia começou a fechar lentamente. No entanto, o tempo de avaliação está apenas começando
Do Facebook FUNDAMEDIOS [es] denuncia a imposição de cobertura nacional no Equador:
Censura y brutalidad contra la prensa nacional y extranjera durante el sublevamiento policiaco contra Rafael Correa
Daniel Ochoa [es], em seu blog, oferece uma avaliação global no período pós “30s [30 setembro] um dia no Equador que nós esperamos aprender alguma coisa!”
Para empezar, para mi no hubo intento de golpe de Estado, solo la sublevación de un grupo de policias (se constató que no fueron todos), los cuales no estaban ni siquiera bien informados, lo que hace pensar que hay alguien detrás de todo esto (movilizando a las masas). No hubo intento de golpe de Estado, porque la cúpula militar en dos ocaciones de forma oficial dijo que apoya totalmente al gobierno.
Desde setores oficialistas do governo [es] se denuncia o golpe e o que seria uma intervenção dos Estados Unidos. Pablo Arciniegas, em seu blog Voces del Sur [Vozes do Sul] denuncia que,
Solo las fuerzas y cerebros irracionales de la extrema derecha pudieron preparar tan burdo movimiento atentatorio contra la débil democracia en nuestro país, por medio de la infiltración en la filas policiales, manipulando las demandas de este sector.
Luis Alberto Mendieta, em Política y Sociedad [es] [Política e Sociedade] diz:
Por último, no dejó de asombrarme la impresionante coordinación que requirió A NIVEL NACIONAL, el digámoslo así, operativo policial para tumbar al gobierno, con un tufillo a imperialismo claramente perceptible; tanto, que no dejan de encontrarse extrañas similitudes entre el experimento de Honduras y lo que acaba de pasar en Ecuador…
Aqueles que se opõem ao atual governo o acusaram de usar o levante policial para obter ganhos políticos [es]. B10 [es], além disso, anuncia o surgimento de um novo ator político no país, a polícia:
La Policía del Ecuador se volvió noticia mundial por la sublevación coordinada de la tropa -secundada por oficiales- contra el Gobierno. El Presidente Correa, quien manejó mal la crisis y se expuso, fue ofendido y secuestrado por policías descontrolados. Luego llegó el violento rescate militar. Lo que nos faltaba: la Policía se estrenó como ‘actor político’…
Todas estas possibilidades ainda estão sendo discutidas no Twitter e nas redes sociais, ainda que também apareçam vozes como a de Jorge Tapia (@jorge052):
Eso es lo que queremos, que se haga trending topic, #PazParaMiPais #Ecuador
Pitonizza, em seu blog [es], reflete sobre o impacto dos eventos de ontem:
Soy una ciudadana común que solía tener fe ciega en la revolución. Jamás en mis peores pesadillas imaginé que dicha revolución se convertiría en una grave revuelta. Que sería más importante demostrar quien es el más fuerte en vez de “dar el brazo a torcer” en defensa de la seguridad general y sobretodo las vidas y familias destruídas ayer. Soy una ciudadana común que siguió todo este horror desde casa, escuchando los helicópteros sobrevolar bajito, viendo imágenes que parecían sacadas de una película de acción gringa, cerrando puertas y ventanas por el miedo horrible que se apoderó de mí.
[…]No estoy en bando alguno ahora. No tengo postura. Solo deseo la paz entre ecuatorianos, que sigamos siendo ese reducto de aparente tranquilidad que solíamos ser. Que mi hija herede un mejor lugar donde vivir. Que no tengamos que huir. Y que quienes están fuera, quieran regresar.[…]Este es un artículo que a título personal publico, con el riesgo de perder credibilidad de parte de quienes creían inamovible mi postura. Es de humanos equivocarse, es posible que nuevamente yo esté equivocada. No me importa ya ser juzgada, pues la frontalidad que me caracteriza es incompatible con quedarme callada, tibia o gris ante tan graves momentos que vivimos los ecuatorianos.
Sou uma cidadã comum que costumava ter uma fé cega na revolução. Nunca, nos meus piores pesadelos, imaginei que a revolução se tornaria uma revolta séria. Que seria mais importante mostrar quem era mais forte do que “dar o braço a torcer” em defesa da segurança geral e, sobretudo, das vida e das famílias que foram destruídas ontem. Eu sou uma cidadã comum que seguiu todo este horror a partir de casa, ouvindo helicópteros voando baixo, vendo as imagens que pareciam tiradas de um filme de ação americano, fechando portas e janelas por causa do medo terrível que tomou conta de mim.
[…]
Este é um artigo que publico a título pessoal, com o risco de perder a credibilidade daqueles que pensavam ser imutável minha postura. É humano errar, é possível que eu esteja errada de novo. Não me importo de ser julgada novamente, porque a frontalidade que me caracteriza é incompatível com ficar calada, morna ou cinza na frente de tempos tão graves como os que estamos vivendo como equatorianos.