Escândalo de passaporte de vacinação falso é descoberto na Armênia

Posto de vacinação em Erevã. Foto: Robin Fabbro/OC Media.

Esse artigo foi escrito por Ani Avetisyan e publicado originalmente na OC Media. Esta versão editada foi publicada sob acordo de parceria de conteúdo.

No dia 13 de outubro, seis profissionais de saúde foram detidos no centro médico de Guiumri na província de Shirak, na Armênia, após investigadores descobrirem que a instituição estava distribuindo atestados de vacinação falsos. De acordo com o relatório oficial, funcionários estavam emitindo documentos falsos em troca de propinas que variavam de 5.000 a 10.000 drames armênios ($ 58-120 reais).

As autoridades estimam que mais de 700 pessoas tenham comprado atestados de vacinação falsos em Guiumri — a segunda maior cidade da Armênia.

No dia anterior, o Serviço de Segurança Nacional informou que havia detido uma enfermeira de uma clínica na vila de Yeranos, na província de Gegharkunik, por distribuir atestados falsos a moradores locais.

As prisões começaram pouco depois de o primeiro-ministro Nikol Pashinyan ter demonstrado insatisfação com o baixo índice de vacinação no país. Em uma reunião governamental ocorrida em 7 de outubro, Pashinyan declarou que estava dando uma “missão” aos órgãos estaduais: “resolver o problema”.

Ele apelou às autoridades policiais que derrubassem o esquema de emissão de atestados de vacinação falsos.

“Ao Serviço de Segurança Nacional e à Polícia: não quero mais saber de atestados de vacinação falsos. Prendam os responsáveis”, disse.

Antes das orientações de Pashinyan, a única prisão desse tipo havia ocorrido em Erevã, quando um médico supostamente emitiu um passaporte de vacinação falso em troca de dinheiro.

A emissão de atestados de vacinação falsos aumentou após a vacinação ou a realização de exames de PCR bimensais pagos, terem se tornado obrigatórios para muitos trabalhadores no país.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que, em breve, atestados de vacinação ou exames de PCR serão exigidos para a entrada em cafés, restaurantes e outros espaços públicos.

Em meio a um número crescente de casos de COVID-19 e uma média de 20 mortes diárias pela doença, apenas 6% da população do país está completamente vacinada. Aproximadamente 5.000 pessoas receberam ao menos a primeira dose, cerca de 12% da população.

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