O Global Voices em persa [FA] finalmente decola oficialmente. Ele começou a engatinhar em junho, e já teve algumas de suas traduções republicadas em alguns sites, incluíndo um bem popular, o Gooya.com [FA] e os iranianos Digg, Balatarin [FA].
Em dias bons chegamos a 350 acessos e 250 visitantes e alguns blogueiros têm enviado mensagens muito encorajadoras. Nosso público alvo são iranianos e afegãos.
Um novo website com base no Irã, Fararu, publicou um artigo [FA] sobre a gente, dizendo: “Global Voices, considerado um veículo gigantesco por blogues, lançou recentemente a versão em persa.”
Quando eu ouvi falar que o GV estava disponível em Chinês, eu pensei que se tratava de uma ótima notícia, mas olhei com ceticismo a possibilidade dele dar certo para iranianos. Felizmente, parece que eu estava errado.
Gostaria de agradecer a Alice Backer, líder da equipe do GV Lingua, por todo o interesse e atenção fe a David Sasaki, nosso diretor na Outreach, que me encorajou a começar o Global Voices em persa.
(texto original de Hamid Tehrani)
O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.
5 comentários
Se a maioria das pessoas tivesse já analizado suficientemente o quão injusta e deficiente é a “solução” linguística que tem sido eleita, o quanto ela espesinha a grande maioria dos seres humanos em quase todos os seus direitos, certamente não haveriam organizações de direitos humanos chamados “Global Voices”.
Peço-lhes que ajudem a acabar com esta fantochada: façam como eu estou a fazer, aprendam esperanto – a única solução plausível para a hegemonia linguística. Com 8 meses e meio de prática falo bem melhor esperanto que o inglês que “aprendi” na escola em anos, e já sou voluntário em pequenas traduções de programas informáticos. E não, o esperanto não é uma língua morta, ele é ensinado em mais de 100 universidades, é uma das línguas mais faladas na rede, basta procurarem no Google, Youtube, Vikipédia etc. e vão-se surpreender. Fartu bone!
Já eu, Rui, sou muito a favor de respeitar todas as diferenças, inclusive as linguísticas, que são tão organicamente ligadas à cultura de cada povo.
Acho que o Esperanto é uma idéia interessante, e claro que ela não está morta – na verdade, nunca esteve viva… como criação de um indivíduo que sonhou que o mundo poderia falar a mesma língua, não chega a ser nem um dialeto. Nem por isso, eu não gostaria que ela fosse proibida, Aliás, seria uma ótima idéia ver o Global Voices em esperanto.
Concordo com a Paula no que diz respeito à diversidade linguística e cultural do mundo — diversidade esta que precisa ser respeitada e admirada. Não questiono o valor (e a validade) do esperanto, mas sou um defensor aguerrido da diversidade. Posto isso, acredito que deveríamos ter páginas do Global Voices Lingua em todas as linguas e dialetos existentes, assim como seria bacana ter uma página também em esperanto. Para tanto, basta que haja pessoas nas diversas comunidades linguísticas interessadas em fazer o trabalho.
Vejo que você, como um defensor e falante do Esperanto, poderia ser a pessoa adequada a pleitear (e coordenar) uma página do Lingua em Esperanto. Se houver interesse para tal, entre em contato comigo.
Abraços do Verde
Daniel Duende
Coordenador do Global Voices Lingua em Português.
Paula, bom dia
Dizer que o Esperanto não chega a ser nem mesmo um dialeto é simplismente mostrar que não tem nem noção do assunto que está sendo criticado. Melhor seria ficar calada ou então procurar conhecer primeiro a língua e então, aí sim, emitir opinião.
Lamento sua posição
Paulo Barbosa
Bom, Paulo
O que eu entendo de dialeto é o que o Houaiss me diz, talvez você possa me explicar em qual dessas definições se encaixa:
DIALETO
■ substantivo masculino
1 Rubrica: lingüística.
conjunto de marcas lingüísticas de natureza semântico-lexical, morfossintática e fonético-morfológica, restrito a dada comunidade de fala inserida numa comunidade maior de usuários da mesma língua, que não chegam a impedir a intercomunicação da comunidade maior com a menor [O dialeto pode ser geográfico ou social.]
Obs.: cf. registro, jargão, patoá, gíria
2 Rubrica: lingüística.
qualquer variedade lingüística coexistente com outra e que não pode ser considerada uma língua (p.ex.: no português do Brasil, o dialeto caipira, o nordestino, o gaúcho etc.)
Obs.: cf. falar, linguajar
3 Rubrica: filologia, lingüística. Diacronismo: obsoleto.
modalidade regional de uma língua que não tem literatura escrita, sendo predominantemente oral
4 Rubrica: filologia, lingüística. Diacronismo: obsoleto.
língua que, embora tenha literatura escrita, não é língua oficial de nenhum país (p.ex., o catalão, o basco, o galego etc.)
5 Rubrica: filologia, lingüística. Diacronismo: obsoleto.
variedade regional de uma língua cujas diferenças em relação à língua padrão são tão acentuadas que dificultam a intercomunicação dos seus falantes com os de outras regiões (p.ex., siciliano, calabrês)
6 Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1).
modo particular de falar ou de escrever
7 Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1).
conjunto de características diferenciadas us. na expressão artística
8 Derivação: por extensão de sentido (da acp. 1). Rubrica: zoologia.
padrão de vocalização observado em uma população animal, distinto do padrão de outras populações da mesma espécie
Continuo achando que é uma língua – artificial mas língua – que não chega a ser um dialeto.