Palestina: Boicotando Israel, excluindo Handala e mais

From Gaza

Crédito da foto: bLoGgEr FrOm GaZa[En]

Essa semana na blogosfera palestina, blogueiros abordaram assuntos sérios como o boicote acadêmico a Israel[En], barreiras[En] e o mural de Edward Said[En] assim como assuntos mais leves como uma nadadora palestina participando em uma competição regional[En] em Beit Sahour[En] e outras histórias pessoais.

Politica politica:

Umkhalil expressou seu despaontamento com a União Geral dos Estudantes Palestinos Universidade Estadual em São Francisco por terem chegado a um acordo com a comunidade judáica[En] e concordando em excluir Handala[En] e sua chave (a chave do retorno) do mural de Edward Said[En]:

“Dear Members of SFGUPS:
I strongly disagree with the compromise you’ve reached with the Jewish community which means that Handala with the house key is excluded from the mural. Evidently, in order to appease the Zionists, GUPS has foolishly agreed to a mural which is useless since the heart and soul of Palestine, the sacred and inalienable right to return, symbolized by Handala holding a key, will not be depicted on the mural. Instead of compromising, I wish that GUPS had carefully explained that the Palestinians’ right of return is part of international law, as stated in Article 13, Section 2, of the Universal Declaration of Human Rights.”

“Senhores Membros da UGEPUESF:
Discordo veementemente com o acordo a que chegaram com a comunidade judáica que significa que Handala com sua chave de casa será excluído do mural. Evidentemente, para agradar os zionistas, UGEP tolamente concordaram com um mural que é inútil já que o coração e alma da Palestina, o direito sagrado e inalienável ao retorno, simbolizado porHandala segurando a chave, não será representada no mural. Ao invés de se comprometerem, gostaria que a UGEP tivesse cuidadosamente explicado que o direito dos palestinos ao retorno é parte da lei internacional, como foi sentenciado no Artigo 13, Seção 2, da Declaração Universal dos Direitos Humanos.”

From Occupied Palestine, With Love fala sobre um dia na barreira de Beit Furik[En]:

“Today, after many had been waiting for over four and a half hours, a group of men ran through the crossing, and did not turn back when the soldiers saw them. As punishment, the soldiers completely closed the crossing to the remaining four hundred people. Because we argued with them, called the Israeli authorities in control of the area and other such things they had to reopen. By the time we left, a few Palestinians took over our job, locating those who needed to cross quickly, and advocating for them with the soldiers. We are growing…”

“Hoje, depois de muitos esperarem por mais de quatro horas e meia, um grupo de homens cruzou a fronteira correndo e não voltaram quando os soldados os viram. Como punição, os soldados fecharam a fronteira completamente para as outras quatrocentas pessoas. Porque discutimos com eles, chamaram as autoridades israelitas em controle da área e outras coisas e tiveram que reabrir. Quando saímos, alguns palestinos assumiram nosso posto, localizando pessoas que precisavam atravessar rapidamente, e advogando por eles com os soldados. Estamos crescendo….”

The Fanonite escreve sobre uma nova campanha do Lobby de Israel para destruir a carreira ade um acadêmico[En]:

“Is it not amusing that the same people who have been stifling free speech of academics even mildly critical of the US should cry ‘censorship’ when British academics propose a highly nuanced boycott of Israel? Only months after the disgraced charlatan Alan Dershowitz who has been accused of plagiarism both on the Left and the Right, leading a campaign to deny tenure to Norman Finkelstein, we have a new campaign by the Israel Lobby to destroy the career of another academic, Nadia Abu El-Haj, who was unwise enough to write research critical of Israel.”

“Não é de se espantar que as mesmas pessoas que vêm sufocando o discurso de acadêmicos até mesmo levemente contra os E.U.A gritaria “censura” quando acadêmicos britânicos propõem um boicote bem matizado a Israel? Apenas meses após o desgraçado charlatão Alan Dershowitz que foi acusado de plágio tanto pela Esquerda quanto pela Direita, liderando uma campanha para negar título de posse a Norman Finkelstein, temos uma nova campanha do Lobby Israelita para destruir a carreira de mais um acadêmico, Nadia Abu El-Haj, que não foi muito sábio e escreveu uma pesquisa criticando Israel.”

Layla do Raising Yousuf, Unplugged, escreveu sobre seu dilema pessoal/político[En] como uma palestina:

“I’m not sure what it will take anymore for people to realize the absurdity of it all. I mean, sanctioning an occupied people for God’s sake? Demanding an end to “violence” by those occupied people all while the US shells out another $30 billion in military aid to the world’s third strongest army?

And I’m not talking about the US only here. I’m talking about our very own Arab governments who, from day one, bowed in submission to US commands to freeze financial transactions to Hamas. Yes, the world, including the Arab world, has been complicit in the destruction of a society.”

“Não tenho certeza de quanto mais precisará para as pessoas perceberem esse absurdo todo. Quero dizer, sancionando um povo ocupado por Deus? Exigindo o fim da “violência” praticada por esse povo enquanto os E.U.A gasta outros $30 bilhões em ajuda militar ao terceiro exército mais poderoso do mundo?

E não estou apenas falando dos E.U.A aqui. Estou falando dos nossos próprios governos árabes que, desde o primeiro dia, se curvou em submissão ao comando americano para congelar as transações financeiras com o Hamas. Sim, o mundo, incluindo o mundo árabe, são cumplíces na destruição de uma sociedade.”

…e mais política

KABOBfest’s Will escreveu um artigo sobre o o movimento de boicote mirando em Israel [En]:

“When does a citizen-led boycott of a state become morally justified?

That question is raised by an expanding academic, cultural and economic boycott of Israel. The movement joins churches, unions, professional societies and other groups based in the United States, Canada, Europe and South Africa. It has elicited dramatic reactions from Israel ’s supporters. U.S. labor leaders have condemned British unions, representing millions of workers, for supporting the Israel boycott. American academics have been frantically gathering signatures against the boycott, and have mounted a prominent advertising campaign in American newspapers – unwittingly elevating the controversy further in the public eye.”

“Quando um boicote a um estado feito por cidadãos se tornou moralmente justificado?

Esta questão é levantada por um expandido boicote acadêmico, cultural e economico a Israe. O movimento junta igrejas, uniões, sociedades profissionais e outros grupos baseados nos Estados Unidos, Canadá, Europa e África do Sul. Tem provocado reações dramáticas dos que apoiam Israel. Líderes trabalhistas americanos condenaram as uniões britânicas, representando milhões de trabalhadores, por apoiarem o boicote a Israel. Acadêmicos americanos vêm arrecadando assinaturas contra o boicote freneticamente, e montaram uma proeminente campanha publicitária nos jornais americanos- involuntariamente levando a controvérsia ao público.”

Outros:

De KABOBfest, um post sobre vozes mulçumanas moderadas[En]:

“A common refrain in the media, and a question among some of my friends, is where are the moderate Muslim voices? I hope it does not surprise anyone, but just because you don’t see it in English does not mean it does not exist (MEMRI is shall we say, a tad selective).”

“Um refrão comum na mídia, e a questão entre alguns dos meus amigos, é onde está as vozes dos muçulmanos moderados? Espero que não surpreenda ninguém, mas não é só porque você não vê em inglês não quer dizer que não exista (MEMRI é como deveremos dizer, uma criancinha seletiva).”

Arabesque Rhapsody escreveu sobre a condição recente Jordânia-Iraque na blogosfera árabe[En]:

“I kind of came to a conclusion, well it’s more of a thought actually.

People, human beings, the living have something in them. I guess its what’s called an instinct and that is that whenever you get attacked you get defensive and throw sentences that might not really “commit to reality” but is a kind of “reflex”…”

“Meio que cheguei a uma conclusão, bem é mais um pensamento na verdade..

Pessoas, seres humanos, os vivos tem alguma coisa neles. Acho que é algo chamado um instinto e ele diz que sempre que for atacado, deve-se ficar na defensiva e lança acusações que não precisam estar “comprometidas com a verdade” mas é como um “reflexo”…”

Soul Blossom escreveu sobre o falecido jornalista do The Palestinian, autor e artista Ghassan Kanafani[En]:

“I love how Kanafani[En] summed the hardships all Palestinians endeavor -not only physically, but emotionally for the most part- and the fate awaiting everyone who fought against Israel. It makes you shed tears as you feel the events taking place.”

“Amo como Kanafani[En] resumiu todas as dificuldades que todos os palestinos enfreantam -não só fisicamente mas na maioria das vezes emocionalmente- e o destino que aguarda todos aqueles que lutaram contra Israel. Te faz chorar enquanto você sente os eventos acontecendo.”

The Fanonite escreveu sobre sua reunião com o escritor de viagens Sven Lindqvist[En]:

“On Tuesday I had the pleasure of meeting Sven Lindqvist at the Edinburgh Book Festival. Described by George Monbiot as a ‘world changing’ author, Lindqvist is an author of many books which chronicle the murderous history of European colonialism, the intellectual impostures that accompanied it, and its enduring effects on the various parts of the world he has visited. A self-proclaimed travel writer, Lindqvist’s journeys effortlessly traverse the geographical as well as the temporal dimension of travel.”

“Na terça-feira tive o prazer de encontrar Sven Lindqvist no Festival do Livro de Edimburgo. Descrito por George Monbiot como um autor “que pode mudar o mundo”, Lindqvist é o autor de muitos livros de crônicas que contam a história assassina do colonialismo europeu, as imposturas intelectuais que acompanharam-no, e seu efeito duradouro nas várias partes do mundo que ele já visitou. Um escritor de viagens auto-proclamado, os diários de Lindqvist ultrapassam sem esforço a dimensão geográfica assim com a temporal das viagens.”

(Texto original de Shaden Abdul Rahman)

 

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.

 

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