Garrincha: Vídeo-homenagem nos 25 anos de ausência

Futebol by titi

Imagem: Futebol por titi.

Foi por meio de vídeos a forma que muitos brasileiros e amantes do futebol em todo o mundo encontraram para homenagear um dos melhores dribladores da história do futebol, Manuel Francisco dos Santos, mais conhecido como Garrincha.

Brian do runofplay tem um tributo em vídeo lincado para sua postagem [en]. Na introdução ele diz:

In case your memory needs refreshing, then, this is Garrincha, the angel with the crooked legs, the joy of the people, a player whose absolute lucidity on the pitch (he is probably the best dribbler in football, despite being born with a curved spine and legs of different lengths) was matched by his absolute disarray off it.

Caso sua memória precise de um refresco, então, esse é o Garrincha, o anjo das pernas tortas, a alegria do povo, um jogador cuja lucidez absoluta em campo (ele que é provavelmente o melhor driblador de futebol, apesar de ter nascido com a coluna torta e pernas de tamanhos diferentes) só se compara com sua total desordem fora dele.

Ele jogou entre 1953-1965 no Botafogo e é ainda lembrado com carinho: ele era conhecido no Brasil como a Alegria do Povo ou o “Anjo de pernas tortas”, por causa das suas deficiências físicas de nascença.

No lavidaendomingo.es [es], Sergio Cortina cita o que Eduardo Galeano disse sobre Garrincha:

Alguno de sus muchos hermanos lo bautizó Garrincha, que es el nombre de un pajarito inútil y feo. Cuando empezó a jugar al futbol, los médicos le hicieron la cruz, diagnosticaron que nunca llegará a ser un deportista este anormal, este pobre resto del hambre y de la poliomelitis, burro y cojo, con un cerebro infantil, una columna vertebral hecha una S y las dos piernas torcidas para el mismo lado.Nunca hubo un puntero derecho como él.

Algum de seus muitos irmãos lhe batizou Garrincha, que é o nome de um pássarinho inútil e feio. Quando começou a jogar futebol, os médicos pioraram a situação: diagnosticaram que este anormal nunca chegaria a ser um esportista, este pobre resto da fome e da poliomelite, burro e cocho, com um cérebro infantil, uma coluna vertebral como um S e as duas pernas tortas para o mesmo lado. Nunca houve um ponta direita como ele.

Podemos ouvir falar de seu jogo, mas é por meio dos muitos tributos em vídeo que os fãs têm disponibilizado que todas as pessoas que nasceram após os tempos de Garrincha, ou que normalmente não acompanham futebol, podem descobrir o jogador incrível que ele era, e ver as cenas de mestre que lhe valeram a fama internacional.

Mauro Maciel escreve no enlasbotas [es]:

Muchos de los amantes del fútbol que no superamos los 45 o 50 años de edad es lógico que sólo sepamos de sus hazañas y sus virtudes de tanto haber sentido nombrar tantas veces su nombre artístico: Garrincha. Compartió el elenco estelar del Brasil campeón en Suecia 58, junto a Vavá, Didí, Mario Zagallo y Pelé.

Es cierto que por aquél entonces el juego se desarrollaba a otra velocidad y se apreciaba más la técnica por sobre la condición física, pero al ver las imágenes de Garrincha y su dominio del balón, parecería que se trata de un niño que ejerce el control absoluto del video juego. El que lo sabe todo, y va por el campo sobrado. Vaya desde aquí un homenaje!

É lógico que muitos dos amantes do futebol que não chegaram ainda na faixa dos 45 ou 50 anos de idade só sabem de suas façanhas e virtudes de tanto ouvir falar o seu nome artístico: Garrincha. Ele fez parte do elenco de estrelas do Brasil que foi campeão na Suécia em 58, junto com Vavá, Didí, Mário Zagallo e Pelé. É certo que naqueles tempos o jogo se desenrolava em outra velocidade e se apreciava mais a técnica do que o preparo físico, mas ao ver as imagens de Garrincha e seu domínio da bola, parecia que se tratava de um menino que exerce controle absoluto de um vídeo-game. Aquele que tudo sabe e que entra em campo dominando. Então vamos fazer aqui uma homenagem!

Do Bolivia futbol club [es], Jorge González Cordero escreve:

“Fue un pequeño mortal que ayudó un país entero a disimular sus tristezas. Lo peor es que las tristezas vuelven y no hay otro Garrincha disponible. Necesitamos uno nuevo que nos alimente el sueño”.

Así escribió a respecto de Garrincha, el mayor poeta brasileño: Carlos Drummond de Andrade.

¿Nunca vieron a Garrincha jugar?

Deléitense:

Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”. Foi isso o que o grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade disse sobre Garrincha.

Nunca viu Garrincha jogar?

Deleite-se:

Aqui está o vídeo que ele escolheu, disponibilizado por menezesdan:

Além disso, Diego Valor, jornalista e blogueiro, escreve em primeira mão sobre um encontro com Garrinha [es], quando teve que perseguí-lo para uma entrevista e quando finalmente conseguiu fazê-lo falar, Garrincha se recusou a falar sobre qualquer outra coisa que não fosse seu jogo de futebol. Nada pessoal, histórico ou romântico. Apenas futebol.

E é apenas futebol que os tributos em vídeo feitos em homenagem a Mané Garrincha mostram. Video-clipes e fotos de seus melhores momentos, suas paradas e reviravoltas brincalhonas e cheias de manha, movimentos que por grande parte de sua carreira foram privilégios daqueles que puderam vê-lo jogando pessoalmente, e que muitos apenas puderam imaginar o que os comentadores exaltados narravam no rádio. São 25 anos desde que Garrincha faleceu, empobrecido, esquecido e solitário, em 20 de janeiro de 1983, mas hoje em dia, ao que parece, ele continua vivo e firme na memória dos novos e antigos amantes do bom futebol.

Em seguida, o último episódio de um tributo em três partes feito por Dayhan e chamado ‘Garrincha – A Sad Story Of Some Happiness’ (Uma estória triste de alguma felicidade):

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