Corpo morto de Rahela: Crédito da imagem Faysal Noi
Alguém poderia pensar, em tal caso, que a justiça seria rápida, mas não foi assim. Apesar do grito inicial da mídia, um silêncio ensurdecedor precedeu. O caso chegou ao tribunal em 2006 apenas para revelar que documentos importantes relativos ao caso tinham desaparecido. Enquanto isso, o maior acusado fugiu e outros vagavam livremente. o marido de Rahela tinha casado novamente. Quase dois anos se passaram. O caso talvez tivesse desaparecido da memória do público mas não das cabeças de alguns ativistas dos direitos da mulher e blogueiros bangladeshis. O caso Rahela apareceu primeiramente na plataforma blogueira mais importante de Bangladesh: Somewherein [Bn], por Manobi [Bn]. Prontamente, vários blogueiros de opinião semelhante como Faisal Noi, Shubho, Pothik, Jiner Badshah (do Sachalayatan [Bn], outra plataforma blogueira de Bangladeshi) e muitos outros se juntaram, e seus gritos – Justiça para Rahela – cresceram. Uma campanha online foi lançada, que incluiu blog , Facebook group, uma i-petition, etc [Bn]. Offline, houve protestos e correntes humanas organizadas para aumentar o conhecimento público do caso.
Nós, do Global Voices, também tentamos amplificar o caso Rahela. Rezwan, neste post mencionou o caso Rahela enquanto escrevia sobre violência contra a mulher em Bangladesh. Narijibon, o time bangladeshi fantástico que faz parte do projeto Rising Voices também tem escrito sobre o assunto.
O esforço continuado dos blogueiros de Bangladesh para pressionar os tribunais a levarem o caso para frente foi visto pela mídia e gradualmente artigos e matérias de TV reapareceram. O caso foi finalmente reaberto em janeiro de 2008, e em abril de 2008 os documentos ‘desaparecidos’ ressurgiram miraculosamente, graças `a crescente pressão dos blogueiros, MSM, ativistas e líderes da ‘inteligentsia’. Os oficiais investigadores, contudo, declararam que os documentos ‘sempre estiveram ali’. Não obstante, mesmo agora a batalha por justiça parece um esforço levado por muito tempo já que há rumores de não cooperação dos oficiais e de testemunhas chave do caso. Assista a matéria da mídia [bn] questionando o ressurgimento das evidências.
E os blogueiros não estão desistindo. Os esforços para manter Rahela viva na memória pública continuam para que os culpados sejam incriminados e a justiça, mesmo que tardia, não seja negada a Rahela Lima Akhtar. Em uma entrevista recente para a TV, Arild Klokkerhaug do Somewherein e o Prof. Muhammed Zafar Iqbal [En], um respeitado acadêmico e escritor, reiteraram o mesmo ponto [bn]: