Israel: Condenado por “sexo fraudulento”

Um Árabe residente em Jerusalém foi condenado por violação após se ter feito passar por judeu solteiro para seduzir uma mulher judia.

De acordo com as notícias saídas na imprensa (en) Sabbar Kashur apresentou-se a uma mulher judia como sendo um judeu solteiro à procura de relacionamento sério. Em seguida, o casal dirigiu-se para um edíficio nas redondezas e praticou sexo consensual, tendo Kashur abandonado o edifício em seguida.

Ao aperceber-se que Kashur era Árabe, a mulher apresentou queixa.

Apesar do juíz ter admitido que este não era uma “violação típica”, foi declarado ainda assim que “o tribunal deve proteger o interesse público contra criminosos sofisticados dotados de gentilezas e falas mansas que podem levar para o mau caminho vítimas inocentes cujo preço a pagar serão a santidade dos seus corpos e almas.”

E acrescentou que “se ela não tivesse pensado que o acusado era um Judeu solteiro interessado numa relação romântica séria, ela não teria cooperado” (mais detalhes aqui [he] e aqui [en]).

Sabar Kashur foi sentenciado a 18 meses de prisão sob a acusação de sexo fraudulento. A decisão do juíz provocou rebuliço entre a blogoesfera regional. Muitos sentem-se ultrajados pela sentença.

No seu blogue Hybrid States, um bloguer Israelo-Americano escreveu:

Did he force himself on his “victim”? No.
Was she incapacitated through substance abuse and he took advantage of her? No.
Was she underage, a minor who was taken advantage of by someone of greater size/age/authority? No.
Did the girl want to have sex with him? Yes.
Did she get so horrified when she learned that she just had consensual sex with an Arab that she decided to charge him with rape? Yes.
Was an Arab convicted for the crime of pretending he was a Jew? Yes.
Unbelievable! I cannot even believe I have to write this.

Ele obrigou a “vítima”? Não.
Estava ela incapacitada pelo abuso de susbtâncias e abusou ele dela? Não.

Era ela menor de idade, uma criança abusada por alguém maior do que ela em idade/autoridade? Não.
A jovem quis ter sexo com ele? Sim
Ela ficou tão horrorizada ao perceber que tinha acabado de praticar sexo consesual com um Arábe que decidiu acusá-lo de violação? Sim.
Foi condenado um Arábe pelo crime de se fazer passar por Judeu? Sim.
Inacreditável! Não acredito que tenho de escrever isto.

As mensagens no Twitter reflectem o mesmo sentimento:

Alguns chegam a ser cínicos em relação à alegação da mulher de que estava à procura de uma relação:

No blogue Xymphora o sentimento é o seguinte:

The ‘victim’ thought she was having sex with a human being, but she was really having sex with an Arab. There is no possible way to make rational sense of this decision without understanding that the court, and thus Israeli society, is profoundly racist.

A vítima pensou que estava a ter sexo com um ser humano mas na verdade estava era a ter sexo com um Árabe. Não existe forma de racionalizar a decisão do juíz sem compreender que o tribunal, e consequentemente a sociedade Israelita, é profundamente racista.

O sentimento de racismo faz-se sentir aqui também:

e no título do post do blogue Promised Land blog‘s pode-se ler:

Apartheid justice: Brown man impersonates white overlord in name of romance, gets convicted of rape.

Justiça Apartheid: Homem negro que personifica suserano branco em nome do romance é condenado por violação.

Um dos comentadores do blogue Promsied Land afirma:

If the law were being applied equally to all persons, you could sort of make the case that lying for the purpose of obtaining “sexual favors” is a criminal offense.
However, knowing what the dating scene in Israel was like a decade and a bit ago, I don’t think you could make that case.
Also, and this has been bugging me since I first read the article: how exactly will the man’s “rehabilitation” be measurable? The only answer I see (no more sex with Jewish women) is almost the worst part of this whole story.

Se a lei fosse aplicada de igual forma a toda a gente, poderíamos dizer que este é um caso em que mentir para se obter  “favores sexuais é uma ofensa criminal. No entanto, sabend oo que eram as saídas em Israel há uma década e há pouco tempo, diria que não era possível ter-se um caso destes.
Há outra coisa que me tem incomodado desde que li o artigo pela primeira vez: de que forma será a “reabilitação” deste homem, mesurável? A única resposta que vejo (acabou-se o sexo com mulheres Judias) é praticamente a pior parte de toda esta história.

Pode-se ler a conclusão do post:

Many men lie to get sex. Now we know which lies are forbidden in Israel.

Muitos homens mentem para ter sexo. Agora sabemos quais são as mentiras proibidas em Israel.

No entanto, há quem acredite que a sentença foi merecida. Um dos comentadores do blogue Palestinian Pundit afirma:

Zarathustra, I don't care if the guy is Hindu, Atheist, Sufi or Brazilian. Sabbar Kashur sounds like one hell of a jerk.

Not defending the woman, but this Kashar needs a good kick in the butt. Just imagine if that woman were your/our sister

Zarathustra, não quero saber se o indíviduo é Hindu, Ateu, Sufi ou Brasileiro. Parece-me que o  Sabbar Kashur é um grande idiota.
Sem querer defender a mulher, mas este Kashar precisa de um belo pontapé no rabo. Imaginem se fosse a tua/nossa irmã.

Elizabeth,  comentadora do blogue Promised Land esclarece que os juízes aplicaram simplesmente o princípio legal:

Este assunto parece-lhe mais complicado do que lhe pareceu originalmente, agora que já leu os comentários acima? O que pensa deste assunto? Faça-se ouvir aqui!

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