Bahrein: Ética do Trabalho de Bareinitas e Japoneses em Comparação

Nota do editor: a versão original deste post foi publicada em dezembro de 2008.

Yagoob é um blogueiro bareinita que estudou no Japão – e viu em primeira mão a lendária ética de trabalho japonesa. Neste post ele compara a atitude em relação ao trabalho da parte de muitos bareinitas com a dos japoneses.

Yagoob começou mencionando um exemplo extremo de um funcionário que queria evitar a perda do pagamento de um dia de trabalho:

في الآونة الأخيرة ظهرت عدة تقارير في صحفنا المحلية لفتت نظري و خاصة عندما أحاول أن أقارن بين العقلية البحرينية و اليابانية تجاه العمل و احترام الوظيفة
فأولاً ورد في صفيحة أخبار الخليج مقال عن أحد المغفلين يعمل في مكتب طيران الخليج بالقرب من مطار البحرين الدولي قام بالاتصال بمكتب عمله ليبلغهم ببلاغ كاذب عن وجود قنبلة داخل المبنى مما أدى بالطبع إلى إخلاء المبنى طوال اليوم و ضياع ساعات العمل و مداخيلها
و السبب في هذا التصرف الأحمق هو بأن صاحب هذه الفكرة الجهنمية كان يشعر بآلام في معدته و قد استنفد جميع إجازاته المرضية و لم يريد أن يخسر من راتبه أجر يوماً يتيماً
و الآن بعد أن تمكنت السلطات الأمنية بالعثور عليه في وقت قياسي و التحقق معه فأصبح مستقبله مهدد بفقدان وظيفته و رزقه و كل هذا من أجل حفنة من الدنانير لا يريد خسارتها

Recentemente, apareceram muitas reportagens em jornais nacionais que chamaram a minha atenção, especialmente quando comparo a mentalidade de trabalho e o respeito ao emprego entre bareinitas e japoneses. Primeiro, apareceu uma notícia no jornal Akhbar Al-Khaleej sobre um idiota que trabalha no escritório da Gulf Air, próximo ao Aeroporto Internacional do Bahrein, que ligou para o escritório central mentindo sobre uma bomba dentro o prédio – que é claro levaram a uma evacuação que durou o dia inteiro, o que significou perda de dinheiro e de horas de trabalho.

A razão desta conduta idiota foi que o homem com essa ideia demoniosa estava com dor no estômago, mas tinha usado todos os dias de sua licença médica e queria perder nada de seu salário, nem mesmo um só dia de pagamento. Agora, depois que a polícia foi capaz de rapidamente rastreá-lo, ele foi investigado e seu futuro está ameaçado pela perda de emprego e de meio de vida. Tudo isso por alguns dinares que ele não queria perder.

Em seguida, ao se referir a um caso de prática de emprego questionável, Yagoob diz:

الذي أريد أن أتوصل إليه من هذه المواقف بأن العقلية تجاه العمل ببحريننا العزيزة متخلفة جداً فالبعض يعمل و يجتهد ليبحث عن عذر أو سبب أن يغيب من العمل ( و خاصة من عمل حكومي, حيث يعتقد أن عمله مضمون لا يمكن لاحد أن يفصله عن عمله مهما كان عمله سيء) و يفتخر بأنه تحايل على عمله لكي يقضي وقته في التافه و اللامفيد
و من جهة أخرى نرى أن بعض جهات العمل تضغط على موظيفيها الذين يعملون بجد و إخلاص و تتربص الفرص للتخلص منهم و وضع من هو أسوأ منهم في مكانهم.

O que quero dizer sobre essas situações é que a mentalidade do trabalho no nosso amado Bahrein está ao contrário: alguns se dedicam e se esforçam para encontrar desculpas e motivos para se ausentarem do trabalho (especialmente em empregos governamentais). Pensam que o emprego é garantido, e ninguém pode tirá-lo deles, não importando o quão ruim é o seu trabalho. Eles têm orgulho de enganar o trabalho para passar o tempo com curiosidades e assuntos inúteis. Por outro lado, podemos ver as empresas que pressionam seus funcionários que trabalham fielmente e esperam por uma oportunidade de livrarem-se deles e colocarem alguém pior em seus lugares.

E ele volta a falar do que tem visto no Japão:

لو نرى إلى العقلية اليابانية للعمل فنرى ان العديد منهم يعيشوا كي يعملوا و أن أولى أولوياتهم في الحياة هي العمل, فأرى منهم على سبيل المثال في جامعتي فالأساتذة
يحضرون الجامعة في حوالي الساعة 7 صباحاً (مع العلم بأن الدوام يبدأ الساعة 8:45 صباحاً) و يعودون إلى منازلهم في الساعة السابعة أو الثامنة مساءاً أحياناً (مع العلم بأن الدوام ينتهي في الساعة الخامسة و النصف)
و يجب أيضا نضع في عين الإعتبار بأن معظمهم لا يسكنون المدنية و إنما في مدن أخرى تبعد بالساعة أو الساعتين عن مقر عملهم فإني اشعر بأن ليست لهم أي حياة اجتماعية و بيتوهم كالقبور يناموا فيها فقط
و من جانب آخر, فإن مرض و هو قادر أن يعمل (مصاب بزكام إلخ) فإنه يذهب إلى العمل و يحرص على لبس كمامة تغطي أنفه و فمه لكي لا يعدي الآخرين معه بمرضه و يقلل فرص مرضهم و ترك عملهم في إجازة مرضية

Se olharmos a mentalidade japonesa de trabalho, podemos ver muitos deles que vivem para trabalhar e que a primeira prioridade de suas vidas é o trabalho. Por exemplo, vejo alguns deles na minha universidade; professores chegam às 7:00 da manhã (o trabalho começa às 8:45) e às vezes voltam para casa às 19:00-20:00 (o trabalho acaba às 17:30).
É preciso termos em mente que a maioria não vive na cidade, mas sim em outras que são uma ou duas horas distantes do trabalho. Eu sinto que eles não têm vida social e suas casas são como túmulos, que servem apenas para dormir.
Também, se alguém está doente mas pode trabalhar (se estiver com resfriado, por exemplo), ele vai ao trabalho com uma máscara cobrindo o nariz e a boca para não infectar os outros com sua doença, e para reduzir a chance de os outros ficarem doentes e terem de pedir dispensa de atestado médico.

Inicie uma conversa

Colaboradores, favor realizar Entrar »

Por uma boa conversa...

  • Por favor, trate as outras pessoas com respeito. Trate como deseja ser tratado. Comentários que contenham mensagens de ódio, linguagem inadequada ou ataques pessoais não serão aprovados. Seja razoável.