África: Sua Majestade, pare de se casar!

Diversos jornalistas malawianos se juntaram a muitos outros, ao comparecer à conferência de três dias Highway Africa [En], que aconteceu na Unversidade Rhodes, na África do Sul, com o tema Jornalismo Cidadão: Jornalismo para os Cidadãos. A conferência, que é o maior encontro anual de jornalistas africanos (mais de 700 compareceram), foca em novas questões da mídia e é também um fórum para reflexão crítica sobre jornalismo, mídia e tecnologia e uma celebração da África.

Edna Bvalani [En] atualizou seu blog com um relato da conferência e disse que esta conferência, a 12ª desde 1996, é uma ocasião importante para o continente africano:

In this digital era, a journalist need to be more equipped on how to gather and disseminate information as quickly as possible. Hence, it is important to realise that media is a vital tool of information in any democratic, intellectual, cultural, economic and social development of our societies.

Nesta era digital, um jornalista precisa estar mais equipado com as maneiras de juntar e disseminar informação o mais rápido possível. Assim, é importante constatar que a mídia é uma ferramenta vital da informação em qualquer desenvolvimento democrático, intelectual, cultural, econômico e social de nossas sociedades.

Durante a conferência, houve uma menção generosa ao Global Voices [En] como uma das iniciativas de jornalismo cidadão que ajudam a amplificar as vozes dos cidadãos ao redor do mundo.

O autor desta notícia, Victor Kaonga, blogando no Ndagha [En], foi à conferência e simplesmente menciona isso em seu blog.

Porém, sua postagem anterior reflete sobre como o Governo malawiano não muito provavelmente conectará as comunidades rurais à estrada da comunicação. Sua postagem é intitulada Será que o Governo Malawiano Conectará as Comunidades Rurais? e surge no momento em que a Commonwealth Telecommunications Union [União de Telecomunicações da Commonwealth] [En] patrocinou uma conferência de três dias de alto nível internacional em Malawi. A conferência foi o maior fórum africano de tecnologia da informação e da comunicação, focando soluções para conectar as comunidades rurais. Porém, o autor argumenta que o governo de Malawi não possui uma infra-estrutura de telecomunicações adequada, políticas de tecnologia da informação e da comunicação ou um ambiente financeiro que possa apoiar a iniciativa de conectar não só as áreas rurais, mas também as urbanas.

As the situation is today, the country is a laughing stock as our connectivity is not adequate, hence majority of the country is not benefiting from the modern information and communication technologies thereby still remaining on that side of the digital divide. If the government is to realise the dream of connecting rural areas in Malawi, more commitments and urgency on several issues may help to make the rural connectivity a reality. Otherwise it remains a dream.

Da maneira que a situação está hoje, o país é motivo de risos, visto que a nossa conectividade não é adequada, por isso a maior parte do campo não tem se beneficiado das modernas tecnologias da informação e da comunicação, permanecendo, desta forma, daquele lado do abismo digital. Se o nosso governo for realizar o sonho de conectar as áreas rurais em Malawi, mais compromissos e urgência em vários assuntos podem ajudar a tornar a conectividade rural uma realidade. De outro modo, ela continuará um sonho.

A Air Malawi tem de ir

Economista e recém-blogueiro, Watipaso Mkandawire observa o debate em torno da venda da empresa áerea malawiana Air Malawi [En], a qual dizem estar com sérios problemas financeiros. Depois de dar uma variedade de exemplos de países que privatizaram suas linhas aéreas nacionais, Mkandawire [En], que já trabalhou durante um tempo no mercado de investimentos em Malawi responde à proposta de privatizar a empresa [En]:

I see arguments of those that want to keep the “national asset” as trying to keep 100% of 0 instead of keeping say, 49% or 10% of 100. Air Malawi is technically bankrupt and keeping it as is, is basically betraying tax-payers in Malawi who require these resources for better use (health, education etc). Zambia has no national airline, but its airports are busier than those in Malawi. The private carrier currently operating has grown by the day…..Should Air Malawi be liquidated and a new joint venture established with COMAIR? I will go for it. What do you think?

Eu vejo os argumentos daqueles que querem manter o “bem nacional” como tentar manter 100% de 0 ao invés de, digamos, 49% ou 10% de 100. A Air Malawi está tecnicamente falida e mantê-la como está é basicamente trair quem paga impostos em Malawi e requer esses recursos para melhores usos (saúde, educação etc). O Zâmbia não tem linhas aéreas nacionais, mas seus aeroportos são mais cheios que os de Malawi. O cantinho privado atualmente em operação está crescendo a cada dia… A Air Malawi deve ser liquidada ou uma nova sociedade deve ser estabelecida com a COMAIR? Eu sou a favor disso. O que vocês acham?

Malawiano aconselha o rei Mswati, da Suazilândia

Blogueiro regular e jornalista, Kondwani Munthali [En] escreve sobre o aniversário recente de 40 anos da independência da Suazilândia, ao qual compareceu o presidente de Malawi, Bingu wa Mutharika. Em uma postagem intitulada Celebrando a Pobreza? A História Moral da Suazilândia, Munthali implora aos líderes africanos [En] para que aconselhem o rei Mswati [En] a parar de se casar.

I wish one of our leaders told the King that its time he stopped marrying as many as he wants, it doesnt help with the current Aids epidemic and the image of a nation trying to grapple with modernity and traditional.
There is a sentence that “only the King can change tradition”-I believe His Majesty the King of Swaziland has a capacity to promote the beautiful Swazi culture with real freedoms and public expenditures that show that the King cares. The King is supposed to look after his people first not his many wives!
Eu queria que um dos nossos líderes dissesse ao rei que é tempo de ele parar de se casar com tantas quanto queira, isso não ajuda com a atual epidemia de AIDS nem com a imagem da nação, que balança entre a modernidade e a tradição.
Há um dito de que “só o rei pode mudar a tradição” – eu acredito que Sua Majestade o rei da Suazilândia tem a capacidade de promover a bela cultura suazi, com liberdades verdadeiras e gastos públicos que mostram que o rei se preocupa. O rei deve cuidar de seu povo primeiro, não de suas muitas esposas!

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