Estrelas do rock eslovenas Joker Out: de banda do colégio ao sucesso pós-Eurovision

Joker Out in 2023, from left to right: Nace Jordan, Bojan Cvjetićanin, Kris Guštin, Jure Maček and Jan Peteh

Joker Out em 2023, da esquerda para a direita: Nace Jordan, Bojan Cvjetićanin, Kris Guštin, Jure Maček e Jan Peteh. Foto do usuário da Wikipedia טל ניסן , CC BY-SA 4.0 .

Esta entrevista de Antonija Janevska foi publicada pela primeira vez pelo Meta.mk. Uma versão editada é republicada aqui sob um acordo de compartilhamento de conteúdo entre a Global Voices e a Metamorphosis Foundation.

A banda eslovena Joker Out ganhou fama repentina depois de sua apresentação no Festival Eurovision de 2023 e seguiu seu sucesso fazendo uma grande turnê europeia por 18 países.

Embora tenham começado com a clássica história de banda de colégio, hoje estão entre os artistas mais bem-sucedidos do cenário musical esloveno e, ao mesmo tempo, divulgam sua música em todo o continente. A banda tem cinco membros que, juntos, formam um conjunto poderoso com uma identidade sonora única, que combina perfeitamente seu som dinâmico, energia positiva e letras escritas por eles mesmos. Os cinco membros são Bojan Cvjetićanin (vocal), Kris Guštin (guitarra, backing vocal), Nace Jordan (baixo), Jure Maček (bateria) e Jan Peteh (guitarra). Durante a turnê, fizeram uma parada em Skopje para a conferência de música PIN, onde os integrantes da banda, Nace e Kris, realizaram uma entrevista para o Meta.mk e falaram sobre sua jornada de sucesso, seu processo criativo, a turnê e, é claro, seu próximo álbum.

Meta.mk: Vocês estão chegando ao fim de uma grande turnê europeia. Essa experiência mudou vocês como artistas, e o que aprenderam ao longo da jornada?

Nace: The first thing we learned is to live more healthy.

Kris: That’s what we improved as people, but as artists we have improved our playing, we have never played this well and this in tune, especially since Nace has only been with us for a year now, and the improvement really shows. Secondly, our creative process has been getting a lot more energetic and explosive, we don’t have much time to create new stuff but when we do, we pour a lot of ourselves into it and something good always comes out of it.

Nace: A primeira coisa que aprendemos foi a viver de forma mais saudável.

Kris: Isso é o que melhoramos como pessoas, mas como artistas melhoramos nossa forma de tocar, nunca tocamos tão bem e tão afinados, especialmente porque Nace está conosco há apenas um ano, e a melhora realmente é visível. Em segundo lugar, nosso processo criativo tem se tornado muito mais energético e explosivo. Não temos muito tempo para criar coisas novas, mas quando o fazemos, nos dedicamos muito e sempre sai algo bom.

Meta.mk: Como Nace entrou depois que os outros membros da banda, como vocês entraram em sintonia em relação ao processo de criação de suas músicas? Existem muitas diferenças durante a criação?

Kris: You want there to be differences between the people who are creating music to make something truly unique, because if everyone thinks the same you’re never going to get something unique out of it. But there have never been any differences that we couldn’t bridge across. We have never argued over a song.

Nace: There are always differences, no matter what you’re creating but that’s not a bad thing.

Kris: Você quer que haja diferenças entre as pessoas que estão criando música para fazer algo realmente único, porque se todos pensarem da mesma forma, você nunca vai conseguir algo único. Mas nunca houve diferenças que não pudéssemos superar. Nunca discutimos por causa de uma música.

Nace: Sempre há diferenças, não importa o que se esteja criando, mas isso não é ruim.

Meta.mk: O próximo álbum será em vários idiomas, então vocês vão incluir produtores e compositores estrangeiros no processo criativo ou continuar trabalhando com apenas sua equipe?

Kris: So, we are not really changing much about our album regarding the creative process, we are doing it with out same producer, we are still going to be writing the songs just like we have done previously. The thing that is gonna change is where we are going to create the music. We are moving to London in January, and staying for two months.

Nace: We are writing the songs there.

Kris: Then in March we have a tour, and after that we are going to a studio, maybe in London, maybe not, we will see. So regarding the whole process I don’t think much is going to change because we love working with our producer, Žare, and we don’t want to stop working with him. The lyrics, we have always written a bit in both English and Slovenian. In our second album titled “Demoni” (“Demons”) which is now published in Slovenian and Serbian, at one point at least half of the songs were in English, the original demos. So writing and making music in English, is only new to us in the sense that now we are also releasing it in English not just writing it.

Kris: Não estamos mudando muito em relação ao nosso álbum no que diz respeito ao processo criativo, estamos fazendo com o mesmo produtor, ainda vamos compor as músicas como fizemos anteriormente. O que vai mudar é o local onde vamos criar a música. Vamos nos mudar para Londres em janeiro e ficaremos lá por dois meses.

Nace: Estamos escrevendo as músicas lá.

Kris: Então, em março, temos uma turnê e, depois, vamos para o estúdio, talvez em Londres, talvez não, veremos. Com relação a todo o processo, não acho que muita coisa vai mudar, porque adoramos trabalhar com nosso produtor, Žare, e não queremos parar de trabalhar com ele. Sempre escrevemos um pouco as letras em inglês e esloveno. Em nosso segundo álbum, intitulado ‘Demoni’ (‘Demônios’), que agora é publicado em esloveno e sérvio, em um determinado momento, pelo menos metade das músicas estava em inglês, as demos originais. Portanto, escrever e fazer música em inglês só é novo para nós no sentido de que agora também estamos lançando em inglês, não apenas escrevendo.

Meta.mk: Por que você escolheu Londres especificamente para escrever seu próximo álbum?

Kris: It just kind of makes sense, I know it’s kind of cliché for musicians to go to London but we have an international team that has started to develop around us and they are based in London. We have also found London collectively very inspiring in the little time we spent there this year. So, we decided we want some more of it to completely change our headspace and environment and see what that brings for our music.

Kris: Só meio que faz sentido, eu sei que é meio clichê os músicos irem para Londres, mas temos uma equipe internacional que começou a se desenvolver ao nosso redor e eles estão baseados em Londres. Também achamos Londres coletivamente muito inspiradora no tempinho que passamos lá este ano. Então, decidimos que queríamos um pouco mais disso para mudar completamente nosso espaço mental e ambiental e ver o que isso traz para nossa música.

Os membros do Joker Out, Nace Jordan e Kris Guštin, em conversa com a jornalista do Meta.mk, Antonija Janevska, em Skopje. Foto de Meta.mk, usada com permissão.

Meta.mk: Há algum artista dos Bálcãs que tenha inspirado ou influenciado sua música e seu som?

Nace: Yeah, there are a lot of them. Bijelo Dugme, Parni Valjak are some.

Kris: Since we are in Macedonia, Bojan just mentioned that Toše Proeski was his top Spotify artist this year. So there are a lot of different influences but I guess the Yugoslav bands mostly. The classics.

Nace: Sim, há muitos deles. Bijelo Dugme, Parni Valjak são alguns deles.

Kris: Já que estamos na Macedônia, Bojan acabou de mencionar que Toše Proeski foi seu principal artista no Spotify este ano. Então, há muitas influências diferentes, mas acho que as bandas iugoslavas são as principais. Os clássicos.

Meta.mk: Qual música de sua discografia levou mais tempo para ser feita?

Kris: I’d say “Novi Val” (“New wave”) but not because the song itself took so long, but because the song we had in place of “Novi Val” we had been creating for at least half a year and we were dissatisfied with every version we tried. And then one week before the deadline, our producer said we have to decide what’s going to happen with the song. So then we scrapped it and Bojan went in a room and wrote “Novi Val”. The process of making “Novi Val” was quick but getting there took a long time.

Kris: Eu diria ‘Novi Val‘ (‘New wave’), mas não porque a música em si demorou tanto, mas porque a música que tínhamos no lugar de ‘Novi Val’ estava sendo criada há pelo menos meio ano e estávamos insatisfeitos com cada versão que testamos. Então, uma semana antes do prazo final, nosso produtor disse que tínhamos que decidir o que ia acontecer com a música. Então, nós a descartamos e Bojan entrou em uma sala e escreveu ‘Novi Val’. O processo de criação de ‘Novi Val’ foi rápido, mas chegar lá levou muito tempo.


Meta.mk: Como você decide quais músicas são boas o suficiente para entrar no álbum e quais serão descartadas?

Kris: It’s hard to say what the objective criteria here is but if us five and our producer aren’t feeling the song, then it’s not good. That’s all I can say.

Kris: É difícil dizer qual é o critério objetivo aqui, mas se nós cinco e nosso produtor não estivermos sentindo a música, então ela não é boa. Isso é tudo que posso dizer.

Depois do Eurovision, como você acha que a percepção de vocês mudou como banda na Eslovênia?

Kris: This year was really special, not just for us but also for Slovenians who follow Eurovision, or didn’t follow it before this year. I’m super glad that we can say that we changed, or at least partly changed the perception of Eurovision there and kind of brought a sports atmosphere around it, where people from their country stood behind their representative in whatever they are competing in, which rarely happens for Eurovision but regularly happens for sports. So I think we definitely changed this perception in Slovenia and people have also changed their perception towards us accordingly, so at least I like to think that we are the band who kind of brought power and meaning to Eurovision in Slovenia.

Kris: Este ano foi realmente especial, não apenas para nós, mas também para os eslovenos que acompanham o Eurovision, ou que não o acompanhavam antes deste ano. Estou super contente de que possamos dizer que mudamos, ou pelo menos mudamos parcialmente, a percepção do Eurovision no país e criamos uma espécie de atmosfera esportiva em torno dele, onde as pessoas de seu país apoiaram seu representante em qualquer competição, o que raramente acontece no Eurovision, mas acontece regularmente nos esportes. Então, acho que definitivamente mudamos essa percepção na Eslovênia e as pessoas também mudaram sua percepção em relação a nós, então, pelo menos, gosto de pensar que somos a banda que tipo trouxe poder e significado ao Eurovision na Eslovênia.

Meta.mk: Para o seu instrumento específico, há alguma música que seja mais difícil de tocar ao vivo ou tudo ficou mais fácil durante a turnê?

Kris: Music is never a done process, you’re always learning and improving. So since currently I’d like to improve my acoustic guitar skills, I’ll say the song “Padam” (“I'm falling”) from our second album.

Kris: A música nunca é um processo acabado, você está sempre aprendendo e melhorando. Então, como atualmente gostaria de aprimorar minhas habilidades com o violão, diria a música ‘Padam‘ (‘I'm falling’) do nosso segundo álbum.

Meta.mk: Se houver alguma música de um artista dos Bálcãs que você possa adicionar à sua discografia e dizer que criou, que música seria essa?

Kris: Oh, there are infinite Balkan songs that I’d claim as my own, but I can think of one right now and it’s “Idemo do hodnika” (“Let's go to the hallway”) by Buč Kesidi. That was my most streamed song in 2023. I would have loved to written it.

Kris: Ah, há infinitas músicas dos Bálcãs que eu reivindicaria como minhas, mas consigo pensar em uma agora, que é ‘Idemo do hodnika‘ (‘Vamos para o corredor’) de Buč Kesidi. Essa foi a música que mais ouvi em 2023. Eu adoraria tê-la escrito.

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