Conheça Faisal Ali, mais conhecido como DaSupremo na Wikipédia. Desde 2014, ele esteve trabalhando como voluntário no movimento Wikimedia. Recentemente, iniciou o Ghanaian Pidgin Wikipedia [Wikipédia em pidgin ganês] junto com membros da equipe Maxwell Beganim (usuário: Xibitgh) e Stephen Dakyi (usuário: NanaYawBotar). O site foi aprovado pelo Comitê Linguístico em abril de 2023 para se tornar disponível aos leitores deste idioma.
Faisal administrará a conta @DigiAfricanLang no Twitter no período de 22 a 28 de junho de 2023 para compartilhar sua história sobre o uso das plataformas Wikimedia e compartilhar conhecimento em pidgin ganês.
Rising Voices (RV): Qual é a situação atual do seu idioma on-line e off-line?
Faisal Ali (FA): Ghanaian Pidgin is spoken mostly by the youth in Ghana. Even though the language is not standardized, we in the community have developed a system where anyone can suggest how we spell certain words. The community then settles on a particular spelling. In that case, we are trying to standardize it on Wikipedia. We currently have over 600 well-written articles by volunteers in the Ghanaian Pidgin on Wikipedia.
Faisal Ali (FA): O pidgin ganês é falado majoritariamente pela juventude em Gana. Ainda que o idioma não seja padronizado, nós na comunidade desenvolvemos um sistema no qual qualquer um pode sugerir como escrever certas palavras. A comunidade então opta por uma grafia específica. Nesse caso, estamos tentando padronizar na Wikipédia. Atualmente temos mais de 600 artigos muito bem escritos por voluntários no projeto Ghanaian Pidgin, na Wikipédia.
RV: Quais são suas motivações para ver o pidgin ganês na Wikipédia?
FA: My motivation began when I saw the Nigerian Pidgin known as Naija on Wikipedia. I contacted the Nigerian lead Olushola and discussed with him how we can ‘merge’ the two languages together. He suggested there is a vast difference between the Ghanaian Pidgin and the Nigerian Pidgin, so we can develop our own on the Incubator. That was when I contacted few colleagues such as NanaYawBotar, Xibitgh and Jesse Akrofi-Asiedu (User:JWale2) and they supported the idea. The rest was history.
FA: Minha motivação começou quando vi o pidgin nigeriano, conhecido como ‘naija’, na Wikipédia. Entrei em contato com o líder nigeriano Olushola e conversamos sobre como poderíamos ‘fundir’ os dois idiomas. Ele sugeriu que há uma grande diferença entre o pidgin nigeriano e o pidgin ganês, então poderíamos desenvolver cada uma de nossas variantes no Incubator. Foi quando contatei alguns colegas como NanaYawBotar, Xibitgh e Jesse Akrofi-Asiedu (usuário: JWale2) e eles apoiaram a ideia. O resto é história.
RV: Descreva alguns desafios que impedem seu idioma de ser totalmente utilizado on-line
FA: First of all, getting volunteers was a real challenge because anyone we contacted either had demands for compensation or the common one “What is in for me?” Also, getting resources for the language was a real challenge till Amir Aharoni [Senior Strategist at the Wikimedia Foundation] suggested I find resources such as a poetry, books, stories, etc. which has been written in the Ghanaian Pidgin.
FA: Primeiramente, conseguir voluntários foi um verdadeiro desafio, porque qualquer pessoa que contatávamos tinha exigências por remuneração ou lançava a pergunta bastante comum ‘O que eu ganho com isso?’. Além disso, conseguir recursos para o idioma foi um desafio e tanto até que Amir Aharoni (Estrategista Sênior da Wikimedia Foundation) sugeriu que eu encontrasse recursos como poesia, livros, histórias etc. que foram escritos em pidgin ganês.
RV: Que medidas concretas você acha que podem ser tomadas para incentivar a população mais jovem a começar a aprender ou continuar usando seu idioma?
FA: I think local languages should be taken seriously in schools because that’s our identity and culture and there is a need to preserve them. Also, we should teach the younger people our languages and speak the local languages at home with them rather than foreign languages.
FA: Acredito que os idiomas locais deveriam ser levados a sério nas escolas porque são nossa identidade e cultura, e há uma necessidade de preservá-los. Além disso, deveríamos ensinar aos mais jovens nossas línguas e falar os idiomas locais em casa com eles em vez de usar as línguas estrangeiras.