Seis países foram convidados a se juntar ao BRICS

O presidente do Brasil, Lula da Silva, o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na Cúpula do BRICS de 2023, em Joanesburgo, África do Sul, 22 de agosto de 2023. Imagem da décima quinta cúpula do BRICS, da Wikimedia Commons (Domínio Público Mark 1.0)

Esse texto foi originalmente publicado pelo Africa Feeds, e uma versão expandida foi republicada na Global Voices, como parte de um acordo de parceria de compartilhamento de conteúdo. 

A Etiópia e o Egito juntam-se à Arábia Saudita, ao Irã, à Argentina e aos Emirados Árabes Unidos como países convidados pelos líderes do grupo de países do BRICS para se juntarem ao grupo, uma conquista celebrada pelo primeiro-ministro etíope:

Um grande momento para a#Etiópia uma vez que os líderes do BRICS apoiam a nossa entrada nesse grupo hoje. A Etiópia está pronta para colaborar com todos para uma ordem global inclusiva e próspera.

O orador do Parlamento Árabe, Adel Bien Abdul Rahman Al-Assoumi, também disse em uma proclamação:

 Reações ao convite para que o Egito se juntasse ao grupo econômico do BRICS

O orador do Parlamento Árabe, Adel bin Abdul Rahman Al-Assoumi, disse em um comunicado: ‘A adesão de três países árabes ao bloco ‘BRICS’, a saber, Egito, Reino da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, confirma a confiança do bloco na economia árabe e fortalece o estreito relacionamento entre os países do BRICS e o mundo árabe’.

De acordo com o BRICS, este movimento para expandir e conferir ao grupo a influência necessária para defender o sul Global. O anúncio foi feito pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que presidiu a cúpula dos líderes do BRICS em Joanesburgo.

Ramaphosa declarou no último dia da décima quinta cúpula de chefes de estado e de Governo do grupo em Joanesburgo, que teve início na terça-feira, 22 de Agosto, que “o BRICS está iniciando um novo capítulo na sua busca pela criação de um mundo caracterizado pela equidade, justiça, inclusão e prosperidade”.

Os futuros novos países membros estão programados para serem formalmente introduzidos no BRICS em 1º de janeiro de 2024. Se esses países entrarem na aliança BRICS, isso abrirá potencialmente o caminho para que outras nações interessadas busquem a adesão. Tanto Ramaphosa como o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriram a possibilidade de admissão de membros adicionais em fases subsequentes. “Temos consenso sobre a primeira fase deste processo de expansão e outras fases se seguirão”, disse Ramaphosa a jornalistas na Cúpula.

O estabelecimento do bloco BRICS remonta a 2009, quando foi iniciado pela Rússia. O objetivo principal era fornecer uma plataforma para os países membros desafiarem a ordem mundial prevalecente, que era fortemente dominada pelos Estados Unidos e pelas potências ocidentais. A cúpula inicial do BRIC foi convocada em Ecaterimburgo, na Rússia, em 16 de junho de 2009, com o Brasil, a Rússia, a Índia e a China como membros fundadores. Depois que a África do sul obteve a adesão plena durante a reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros do BRIC em Nova Iorque, em setembro de 2010, o grupo foi rebatizado como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul). Coletivamente, os países do BRICS representam aproximadamente 40% da população global e um quarto do PIB total mundial.

Pontos de vista divergentes sobre a expansão

Embora a Rússia e a África do Sul apoiem esta iniciativa de expansão, a Índia e o Brasil continuam hesitantes devido às preocupações apresentadas neste artigo.

Notavelmente, mais de 40 países demonstraram interesse em se filiar aos BRICS e, entre eles, mais de 20 pediram admissão oficial. Candidatos notáveis como Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Argélia, Bolívia, Indonésia, Egito, Etiópia, Cuba, República Democrática do Congo, Comores, Gabão e Cazaquistão manifestaram intenção de se juntarem, tal como confirmado pelas autoridades sul-africanas.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, enfatizou que a expansão do bloco deve servir como um sinal para outras instituições globais de que sua relevância pode estar diminuindo, dizendo: “A expansão e modernização dos BRICS é uma mensagem de que todas as instituições do mundo precisam se moldar de acordo com os tempos de mudança”.

O cenário em evolução dos BRICS sugere um movimento estratégico em direção à inclusão e relevância de uma ordem global em constante mudança. À medida que novos membros estão prestes a aderir e as perspectivas convergem, a jornada transformacional do BRICS reformularia a dinâmica internacional?

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