Disparidade de riqueza em Hong Kong chega a ponto crítico sob a COVID e o desemprego sobe entre os pobres

Foto: Lea Mok do HKFP. Usada sob permissão.

Esta postagem foi escrita por Lea Mok e publicada no Hong Kong Free Press em 6 de outubro de 2022. A versão a seguir foi publicada na Global Voices sob o acordo de parceria de conteúdo.

A pandemia exacerbou a disparidade de riqueza em Hong Kong, fazendo com que os mais pobres da cidade recebam 47 vezes menos que os moradores mais ricos, de acordo com a Oxfam Hong Kong. Na era pré-COVID-19, os mais bem pagos recebiam 34,3 vezes mais.

“A disparidade de riqueza em Hong Kong chegou a um ponto crítico”, disse a diretora-geral da Oxfam, Kalina Tsang, em 6 de outubro de 2022. Ela pontuou que a flexibilização das restrições de viagem e medidas de distanciamento social ainda não tiveram um impacto positivo sobre aqueles que ganham menos.

O último relatório da Oxfam sobre pobreza e emprego durante a pandemia foi baseado em uma análise de estatísticas do Departamento de Censo e Estatísticas de 2019 até o primeiro trimestre de 2022. Terry Leung, assistente de pesquisa e gerente de advocacia da Oxfam, destacou as apurações da organização:

The government always emphasises that the overall unemployment rate is falling. Yet, we found that the unemployment rate of people in poverty is actually eight times higher than that of those above the poverty line.

O governo sempre enfatiza que a taxa de desemprego geral está caindo. Contudo, descobrimos que a taxa de desemprego da população pobre está, na verdade, oito vezes mais alta do que daqueles acima da linha da pobreza.

O Departamento de Censo e Estatísticas disse no último mês que o desemprego caiu de 4,3% de maio a julho para 4,1% de junho a agosto, com o número de desempregados de Hong Kong diminuindo para cerca de 6.300.

No entanto, Leung afirmou que as taxas de desemprego e de subemprego da população pobre são oito e quatro vezes maiores do que em outras faixas de renda, respectivamente, com idosos e mulheres encontrando dificuldades para encontrar emprego.

Falta de casas de repouso

Entre aqueles que estavam desempregados e com pelo menos 65 anos – idade para aposentadoria em Hong Kong – uma em cada duas pessoas estava vivendo abaixo da linha da pobreza, de acordo com os números da Oxfam.

Cuidadores de moradores idosos em cerca de 70.000 lares também são adultos de idade avançada, o que Leung atribui ao longo tempo de espera – 42 meses em média – pelas casas de repouso.

Ele também disse que os surtos de COVID resultaram na suspensão de aulas em escolas e jardins de infância, tornando mais difícil a inserção das mulheres no mercado de trabalho, considerando que estas geralmente são as principais cuidadoras de crianças. Serviços de cuidados infantis na maioria das áreas também eram insuficientes, disse Leung.

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