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Vidas interrompidas: O custo humano da resistência na Bielorrússia

Categorias: Belarus, Rússia, Ucrânia, Ativismo Digital, Censorship, Direitos Humanos, Guerra & Conflito, Liberdade de Expressão, Mídia Cidadã, Mídia e Jornalismo, Protesto, Refugiados, Russia invades Ukraine

Imagem feita pela GV com openai.com [1]

Ativistas e acadêmicos [2] que trabalham dentro e fora da Bielorrússia [3] estão tentando [4] atrair a atenção internacional [5] para a resistência popular contra a ditadura mais dura da Europa, assim como à invasão russa na Ucrânia e, também, ao uso da Bielorrússia como uma aliada [6].  Relatos afirmam que ativistas bielorrussos explodiram ferrovias [7] como forma de evitar que tanques e equipamentos russos chegassem à Ucrânia, no entanto, eles foram presos e enfrentam condenação sob pena de morte [8] na Bielorrússia.

Hanna Liubakova, [9] jornalista bielorrussa, consultora de mídia e membro do laboratório de ideias, Atlantic Council [10], publicou [11] em 1º de novembro de 2022, um tuíte sobre os casos mais recentes e chocantes de presos políticos na Bielorrússia. Ela lembra que a resistência nunca acabou e que os bielorrussos protestam o máximo que conseguem contra a invasão russa na Ucrânia. Estes corajosos cidadãos enfrentam sentenças longas de prisão [12]e até mesmo a pena de morte por aquilo que têm coragem suficiente para fazer. Aqui está o tuíte de Liubakova:

 

São casos categóricos que remetem à resistência bielorrussa ao seu próprio governo e à guerra na Ucrânia que permanece ativa. O foco na Ucrânia definitivamente desviou, em certos casos, a atenção da Bielorrússia. Como disse Almut Rochowanski, especialista em sociedade civil pós-soviética, à Global Voices em uma entrevista [24]:

For my Belarus contacts, as far as they're concerned, their uprising is still ongoing, their revolution is still ongoing. Lukashenka is an illegitimate president for them. But then I recently attended a session with European foreign policy experts. And the way they see it, the uprising is over, and it failed.

Para meus contatos na Bielorrússia, no que lhes diz respeito, sua rebelião e sua revolução continuam acontecendo. Lukashenko é um presidente ilegítimo para eles, mas, recentemente, participei de uma sessão com especialistas europeus em política externa e, na visão deles, a revolução fracassou e acabou.

Há também casos reportados de bielorrussos que têm enfrentado discriminação [25] por causa de sua cidadania e do pressuposto de que apoiam Lukashenka ou a guerra na Ucrânia. No entanto, as histórias que Liubakova descreve demonstram a coragem de ativistas e cidadãos comuns que continuam resistindo ao Regime de Lukashenka [26] na Bielorrússia. A repressão se dá diariamente e o mundo não deve esquecer daqueles que a enfrentam.