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Guadalupe sofre após passagem da tempestade tropical Fiona

Categorias: Caribe, Guadalupe, Desastre, Meio Ambiente, Mídia Cidadã, Política

Imagem via elementos pagos do Canva [1].

Em 16 de setembro, a tempestade tropical Fiona [2], um produto da temporada de furacões transatlânticos de 2022, teve como mira as ilhas sotavento do norte do Caribe, com o território francês de Guadalupe diretamente no seu caminho. Alertas de tempestades tropicais e vigias estavam em vigor [3] em grande parte dessa região do arquipélago, de Dominica, desde o ponto mais ao sul até à zona mais ao norte da República Dominicana.

Os sotaventos foram afetados [4] por Fiona a partir da noite de 16 de setembro:

#TSFiona [5] já está impactando #Guadalupe [6] e #ilhas [7] irmãs.

O caminho projetado da tempestade [10] verá a República Dominicana sentir os seus efeitos em 18 de setembro. Até agora, a tempestade manteve velocidades de 85 km (50 milhas) por hora.

À medida que o centro de Fiona se aproximou de Guadalupe, a ilha sofreu [11] fortes chuvas e danos causados por inundações. Vários usuários das redes sociais manifestaram o seu choque com a extensão dos danos, que incluía propriedades e estradas. O rio Goyave também teve suas margens danificadas e a ponte foi varrida nas águas poderosas:

Estou chocado… costumava haver uma ponte lá… toda a minha infância, toda a minha vida, a minha vida diária… Eu devo estar sonhando […]

Chuva forte em Guadalupe danifica a estrada.

Uma usuária do Twitter falou sobre a sua experiência:

Já passou uma hora e meia e não consigo mais dormir. O vento é extremamente violento. #Fiona é feroz. #Guadalupe

Este vídeo certamente respaldou suas afirmações; para muitos guadalupenses, toda a experiência parecia um pesadelo [19]:

Guadelupe fiona

Os danos à infraestrutura da ilha foram descritos como “massivos”:

Danos massivos da tempestade tropical #Fiona [12] em #Guadalupe [6]. Espero que todos estejam bem.

Pelo menos uma morte foi relatada [26] como resultado da tempestade, com outras pessoas desaparecidas, segundo as notícias [27].

Os níveis de precipitação foram intensos, começando [28] entre 40 e 100 mm por hora no sudoeste da ilha, e espera-se que aumentem para 150-250 mm.

Sendo Guadalupe um território ultramarino francês, pelo menos um usuário do Twitter expressou frustração com o fato de os meios de comunicação franceses não darem tanta cobertura a esta situação quanto deram à morte da rainha Elizabeth II:

Sabemos que é menos importante do que a morte de um monarca, mas o duro golpe que os compatriotas estão sofrendo neste momento não afeta em nada os meios de comunicação franceses?

Enquanto isso, Gerald Darmanin, Ministro do Interior da França, tuitou:

Obrigado a todos os funcionários, bombeiros, agentes do estado, mobilizados em Guadalupe em condições difíceis. Recursos significativos são distribuídos. #Fiona

Um usuário do Twitter, espantado com o nível de devastação da ilha, disse simplesmente:

#guadelupe [20] foi bombardeada ontem à noite pela tempestade fiona.

Enquanto Fiona segue seu caminho, Lizz Eckel, moradora de Anguilla, expressou — em uma mensagem no WhatsApp — o que muitos cidadãos da região estão sentindo:

We were super-lucky it moved south […] So saddened for Guadeloupe. These systems r brutal.

Tivemos muita sorte que seguiu para o sul […] Tão triste por Guadalupe. Estes sistemas são brutais.

Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento como o Caribe permanecem [40] na linha de frente da crise climática, mesmo com as tempestades piorando de ano para ano e com os esforços para não exceder [41] um aumento de temperatura de mais de 1,5 graus Celsius parecendo [42] inatingíveis.