- Global Voices em Português - https://pt.globalvoices.org -

Relatório Unfreedom Monitor: Tanzânia

Categorias: África Subsaariana, Tanzânia, Ativismo Digital, Censorship, Direitos Humanos, Eleições, Governança, Lei, Liberdade de Expressão, Mídia Cidadã, Mídia e Jornalismo, Política, Protesto, GV Advocacy, Unfreedom Monitor

Imagem por cortesia de Ameya Nagarajan

Os regimes autoritários têm há muito tempo uma relação complicada com a mídia e as tecnologias de comunicação. O Unfreedom Monitor [1] é uma iniciativa de investigação da Global Voices Advox, que examina o fenômeno crescente do autoritarismo na internet ou digital. Este trecho é um resumo do relatório sobre Tanzânia e faz parte de uma série de relatórios que serão divulgados a partir da investigação do Unfreedom Monitor. Leia o relatório completo aqui [2].

A democracia está perdendo terreno na Tanzânia. Embora seja constitucionalmente um país multipartidário, a Tanzânia está exibindo padrões de um estado de fato de partido único. Como a maioria dos governos autoritários, qualquer coisa que forneça acesso ao discurso público é retratada como uma “ameaça à segurança nacional”. Ao mesmo tempo, as tecnologias digitais revolucionaram a forma como a política ocorre na Tanzânia, desde campanhas e comícios reais até espaços on-line no Twitter e o uso de plataformas de vídeo como o YouTube e o Facebook Live para abordar os eleitores. Essas avenidas proporcionaram espaço quando o governo proibiu comícios políticos [3], permitindo que a oposição criticasse o governo e procurasse transparência.

Quando o presidente Magufuli chegou ao poder em 2015, a transmissão ao vivo de sessões parlamentares foi banida [4], aparentemente porque eram despesas dispendiosas para o governo arcar. A proibição da transmissão ao vivo de sessões parlamentares foi um passo importante para manter os cidadãos no escuro quando a legislação opressiva foi apresentada e aprovada em lei sem que os cidadãos ouvissem falar sobre isso. Muitos questionaram a forma como as leis foram aprovadas, observando que o prazo não era longo o suficiente e a consulta pública não era representativa. Entre as leis aprovadas estavam as alterações à Lei de Estatística, e os Regulamentos Eletrônicos e Postais.

A Tanzânia exerceu autoridade em questões digitais de três maneiras principais:

O autoritarismo digital na Tanzânia paralisou a mídia e criou um clima de medo, suspeita e tensão na sociedade em geral. Quando os cidadãos se queixam das deficiências do governo, o patriotismo e o nacionalismo são rotineiramente oferecidos como uma razão para os cidadãos não compartilharem nas redes sociais o mal e o feio da vida pública na Tanzânia.

Leia o relatório completo aqui [2].

The Unfreedom Monitor

Os regimes autoritários têm há muito tempo uma relação complicada com a mídia e as tecnologias de comunicação. O Unfreedom Monitor é uma iniciativa de investigação da Global Voices Advox [5] que examina o fenômeno crescente do autoritarismo na internet ou digital.

Leia o relatório completo aqui [2].