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Parlamento Europeu solicita libertação “imediata” e “incondicional” dos prisioneiros armênios

Categorias: Ásia Central e Cáucaso, Armênia, Azerbaijão, Desastre, Direitos Humanos, Governança, Guerra & Conflito, História, Mídia Cidadã, Política, Relações Internacionais

Parlamento Europeu, Steven Lek, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons

Este artigo foi publicado anteriormente [1] no site da OC Media. Uma versão editada é republicada aqui por meio de um contrato de parceria de conteúdo.

Em 20 de maio, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução [2] pedindo ao governo do Azerbaijão que libertasse todos os prisioneiros de guerra armênios e os prisioneiros civis.

A maioria dos eurodeputados, 607 de 688, votou a favor da resolução.

O texto da resolução [3] referiu-se a “relatos preocupantes” de que “aproximadamente 200 armênios” estão sendo mantidos prisioneiros no Azerbaijão — o país só reconheceu que há 72 armênios prisioneiros, e cujas autoridades afirmam não serem prisioneiros de guerra, mas suspeitos de terrorismo.

“A libertação de todos os prisioneiros armênios é essencial para a construção da confiança e seria um gesto político importante”, observou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, em um discurso durante as conversações.

De acordo com a resolução, o Parlamento Europeu “exige a libertação imediata e incondicional de todos os prisioneiros armênios, militares e civis, detidos durante e após o conflito [4], e que o Azerbaijão se abstenha de fazer detenções arbitrárias no futuro”.

A resolução também ressaltou que há necessidade de novos esforços “para criar confiança entre os dois países e obter progressos em direção a uma paz sustentável”.

A resolução também mencionou o “Parque de Troféus Militares” [5], que foi inaugurado em Baku em abril e exibe equipamentos militares armênios ao lado de bonecos de cera “representando soldados armênios mortos e moribundos, e manequins de prisioneiros de guerra armênios”.

O parque foi criticado porque pode ser visto como “uma glorificação da violência” e está “perpetuando assim, o clima de ódio e contradizendo qualquer declaração oficial sobre reconciliação”.

Desde o fim das hostilidades em 9 de novembro, 73 prisioneiros armênios foram repatriados, enquanto a Armênia libertou todos os prisioneiros de guerra do Azerbaijão capturados durante a guerra.

Dois cidadãos sírios capturados pela Armênia durante a guerra permanecem no país e foram condenados por várias acusações, incluindo terrorismo — os dois admitiram ser mercenários, mas negaram todas as outras acusações contra eles.