O campeonato nacional de futebol profissional de Moçambique, conhecido como Moçambola, voltou à activa no dia 16 de Janeiro após 10 meses suspensos por conta da pandemia de COVID-19.
A partida de abertura, entre as equipas ENH FC de Vilankulo e o Ferroviário de Nacala, que terminou com a vitória de Vilankulo, teve uma novidade: pela primeira vez no campeonato, o trio de arbitragem foi composto inteiramente por mulheres.
O jornal desportivo local Lance contou a trajectória das três árbitras:
Esta equipa de arbitragem será dirigido por Ema Paulo Novo, contando com Roda Mondlane (1º assistente) e Olinda Augusto (2º Assistente), enquanto que Mário Tembe será o quarto árbitro.
Ema Paulo Novo tem se destacado no futebol moçambicano, sendo que a árbitra internacional foi das poucas que esteve em actividade no ano passado tendo arbitrado jogos da Taça COSAFA em femininos, decorrida em Port Elizabeth na África do Sul.
Os jogos do Moçambola devem ocorrer sem público até segunda ordem com o objectivo de prevenir a transmissão da COVID-19. Moçambique registou até hoje um total de 29 396 e 271 mortes.
Alguns adeptos lamentam as circunstâncias, como por exemplo Maria Mufume, que falava para a DW África, na Cidade de Maputo:
É triste para todo o mundo, porque não haverá adeptos e só estarão lá eles a jogarem, não terão pessoas para dar moral.
Mas os próprios intervenientes do futebol reconhecem a importância das medidas para conter a propagação do vírus, tal como afirma Augusto Panguane, vice-presidente para a alta competição na Liga Moçambicana de Futebol:
Naturalmente, deve existir em todos os campos a lavagem das mãos e tanques de água. Isto vai nos obrigar a criar condições para que o futebol não seja um problema sanitário.