Conheça Rany Phok, ativista linguística do krung

Language activist Rany Phok posing in front of a sculpture in a park.

Ativista linguística Rany Phok. Foto disponibilizada por This Life Cambodia.

Depois da bem-sucedida campanha na internet no ano passado, a qual celebrou a diversidade linguística on-line da Ásia, o projeto colaborativo continua em 2020. Toda semana, um ativista linguístico diferente vai administrar a conta de Twitter @AsiaLangsOnline para divulgar as experiências, boas práticas e lições aprendidas sobre o trabalho de revitalização e promoção do uso de suas línguas nativas, com foco no papel da internet. Essa campanha é uma colaboração entre a Rising Voices, a Digital Empowerment Foundation e a O Foundation.

Toda semana, o anfitrião escolhido responderá algumas perguntas sobre seu perfil e sua língua. Essa entrevista com Rany Phok (@Rany46284843), oferece uma prévia sobre o que ela discutirá durante a semana que atuará como administradora.

Rising Voices (RV): Poderia contar um pouco sobre você?

Rany Phok (RP): I was born in 1991 in Ratanakiri province, northeastern Cambodia. I've participated in understanding the social issues happening around my community through filmmaking. After completing a documentary film training offered by the Amplifying Voices for indigenous Women and Discriminated Groups project at Bophana Audiovisual Resource Center, I've directed two short films, one of which is about education in the Krung language in Ratanakiri province.

Rany Phok (RP): Eu nasci em 1991, na província Ratanakiri, na região nordeste do Camboja. Comecei a entender as questões sociais da minha comunidade através da produção cinematográfica. Depois de concluir um curso sobre documentários, oferecido pelo projeto Amplificando as vozes de mulheres indígenas e grupos discriminados, do Bophana Audiovisual Resource Center, eu dirigi dois curtas-metragens, um deles sobre a educação na língua krung, na província Ratanakiri.

RV: Qual é a situação atual do seu idioma na internet e fora dela?

RP: There is limited content in Krung language (គ្រឹង, also spelled Kreung) on the internet, including on social media.

RP: Existe pouco conteúdo em krung (គ្រឹង, também escrito kreung) na internet, incluindo nas redes sociais.

RV: Quais assuntos você pretende abordar durante a semana em que atuará como administradora da conta do Twitter @AsiaLangsOnline?

RP: During the week of the campaign, I will discuss the daily life of Krung people and their language use. Among the younger generations of Krung people, many don't want to speak the language and a lot of words are getting lost. Indeed, my documentary film aimed to encourage young indigenous people to use Krung language and preserve it.

RP: Durante a semana da campanha, eu falarei sobre a vida cotidiana do povo krung e sua língua. Entre as gerações mais jovens, muitos não querem falar o krung e muitas palavras estão sendo esquecidas. De fato, meu documentário tem o objetivo de encorajar jovens indígenas a usar e preservar o krung.

RV: Quais são as suas motivações principais para o ativismo digital sobre sua língua? Quais são suas esperanças e sonhos para a sua língua?

RP: Language loss is a big concern because if indigenous people lose their own languages, they lose their identity. Through filmmaking, I am trying to point out issues in indigenous communities in general and to seek any possible solutions. In short, I hope that the Krung language will be shared globally so that everyone will be able to hear its beauty and that Krung people can retain their identity.

RP: A perda linguística é um grande problema, pois se os povos indígenas perdem suas línguas, perdem suas identidades. Pela produção cinematográfica, tento chamar a atenção para os problemas dentro da comunidade indígena como um todo, e procurar por possíveis soluções. Por fim, eu espero que o krung seja divulgado mundialmente, para que todos possam ouvir sua beleza e o povo krung possa conservar sua identidade.

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