Conheça os candidatos às eleições gerais em Moçambique

Votação em Nampula, 2013. Foto do Txeka, usada com permissão.

A menos de quatro meses para as eleições gerais do dia 15 de Outubro, Moçambique recentemente conheceu os candidatos que vão disputar o cargo para presidente da república.

O Conselho Constituconal aprovou, no dia 31 de Julho, quatro candidatos: Filipe Nyusi, Ossufo Momade, Daviz Simango e Mário Albino.

Importa realçar que duas candidaturas foram excluídas por irregularidades, a de Hélder Mendoça e a de Alice Mabota, esta última a primeira mulher a tentar se eleger presidente da república em Moçambique.

Alice Mabota foi eliminada da corrida eleitoral pelo facto de não ter conseguido reunir o número mínimo de assinaturas que pudessem apoiar a sua candidatura.

Este facto suscitou diversas opiniões, mas acima de tudo lamentações pelo facto de não se poder ter uma mulher no escurtínio eleitoral. Adriano Nuvunga, Professor Universitário e activista social, disse no Twitter:

As eleições de 2019 será a primeira em que os moçambicanos votarão para governadores de província, cargo até então nomeado pelo presidente da república. Também serão eleitos os 250 deputados que irão compor a próxima Assembleia da República.

Este será o sexto pleito geral desde a aprovação da constituição multipartidária, em 1992. A campanha eleitoral está prevista para começar no dia 31 de Agosto. O Papa Francisco visitará Moçambique no dia 4 de Setembro.

Os candidatos

  • Filipe Nyusi (partido Frelimo)

De nome completo Filipe Jacinto Nyusi, actual presidente da república e presidente do partido Frelimo, Nyusi é candidato à reeleição. Após cinco anos de governação (2015-2019), o candidato da Frelimo voltou a ser confiado pelo partido no poder para um mandato de mais cinco anos em caso de vitória. Nascido em Cabo Delgado (norte de Moçambique), Filipe Nyusi foi Ministro da Defesa no anterior governo de Armando Guebuza (2009-2014). Tal como todos os outros presidentes que já concorreram pelo mesmo partido, Filipe Nyusi propõe-se a cumprir um segundo mandato.

  • Ossufo Momade (partido Renamo)

Ossufo Momade foi recentemente eleito como presidente da Renamo, maior partido da oposição de Moçambique, após a morte, em 2018, por doença, do antigo líder Afonso Dhlakama. Esta será a primeira vez, desde as primeiras eleições democráticas (1994), em que o partido Renamo disputará o pleito geral sem o seu histórico e sobejamente conhecido dirigente. A morte de Dhlakama desafia a capacidade do partido de criar novos quadros de liderança. Originário de Nampula (norte de Moçambique), Ossufo Momade já ocupou várias posições dentro da Renamo, a destacar para a confiança na área militar nutrida por Dhlakama.

  • Daviz Simango (partido MDM)

Nascido na cidade da Beira, na região central do país, Daviz Simango será candidato à presidente pela terceira vez consecutiva. Surgido em 2009, o partido Movimento Democrático de Moçambique resulta do afastamento de Simango do partido Renamo. Daviz é actualmente presidente do município da Beira, cargo que ocupa há mais de 10 anos, tendo sido reeleito nas eleições municipais de Outubro de 2018.

  • Mário Albino (partido AMUSI)

Mário Albino é presidente do partido Acção de Movimento Unido para Salvação Integral, baseado na cidade norte de Nampula. Em 2018, Albino concorreu para o cargo de presidente do Conselho Municipal da cidade, tendo conseguido amealhar apenas 4,2% do total de votos naquela eleição. O partido AMUSI surge como resultado da saída de membros que faziam parte do MDM.

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