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Projeto colaborativo mapeia comunidades mais vulneráveis do mundo para prevenir desastres

Categorias: Mídia Cidadã, Rising Voices
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Uma equipe em terra testa o envio de informações para o servidor. CC-BY David Luswata.

Informações precisas podem ser cruciais para uma equipe de resgate, após surpreendida por um desastre. A localização exata dos moradores, as melhores rotas de entrada e saída de uma localidade, bem como a localização de reservatórios de água e outros recursos básicos são de enorme importância para aqueles que trabalham salvando vidas.

Infelizmente, pessoas em situação de vulnerabilidade, sobretudo as que moram em comunidades rurais, vivem em regiões pouco ou mal mapeadas.

O projeto Missing Maps [2] [Mapas Perdidos], aberto e colaborativo, pretende preencher essas lacunas. Com a colaboração remota de voluntários, líderes comunitários e de organizações humanitárias, o projeto trabalha de mãos dadas com a plataforma OpenStreetMaps para coletar dados abertos e livres.

Voluntários do mundo todo participam [3] analisando imagens de satélite para identificar e mapear edifícios, rotas e pontos essenciais de referência. Os trabalhos podem ser feitos nas horas livres dos voluntários e em eventos conhecidos como “mapathon” [4]. Essas informações iniciais são então verificadas pelos grupos de trabalho em campo, que estão em contato direto com os líderes comunitários.

Um dos maiores projetos do Missing Maps foi feito em Serra Leoa, Libéria e Guiné, mapeando mais de 7 mil comunidades [5] severamente afetadas pela recente epidemia de Ebola [6]. Com base nesse mapeamento, organizações humanitárias têm agora nomes e localizações precisas dos vilarejos da região, o que pode ajudar de maneira primordial em futuras ações de resposta de crise.

[5]

Cartografia da área e das comunidades visitadas para acesso rápido e mapeamento detalhado. CC-BY Cruz Vermelha norte-americana.