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Como a África Lusófona reagiu à morte de Mário Soares

Categorias: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, História, Liberdade de Expressão, Política
Mário Soares, ex-Presidente da República num comício de apoio ao socialista José Sócrates em 2009. Foto: Manuel Ribeiro /Arquivo

Mário Soares, ex-Presidente da República num comício de apoio ao socialista José Sócrates em 2009. Foto: Manuel Ribeiro [1]/Arquivo

Foi no dia 7 de janeiro que Portugal perdeu uma das figuras mais emblemáticas da sua Democracia dos últimos 50 anos. Esta é uma perda não só de Portugal, mas acima de tudo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Neste artigo procuramos trazer algumas reações sobre como é que a sua morte foi vista nos PALOP, em vários domínios.

Começamos por Moçambique, onde Tomás Queface (autor [2] do Global Voices) fez questão de lembrar que foi Mário Soares que em 1974 abriu caminho para a independência de Moçambique através do Acordo de Lusaka:

Afonso Dhlakama, presidente do maior partido da oposição em Moçambique, fala de Mário Soares como um verdadeiro amigo que ajudou a libertar o país:

Outro ator marcante da política moçambicana é Joaquim Chissano, ex-presidente do país que muitas vezes privou com Mário Soares e hoje se recorda dele como “um irmão”:

Do outro lado do continente africano, também não faltaram impressões sobre a morte de Mário Soares, com destaque para o portal Rede Angola, no Twitter:

O jornal Folha 8 recorda uma declaração de Mário Soares, feita em 2009, sobre Angola:

É um país riquíssimo e os portugueses começaram a ter atos de subserviência em relação a Angola que são chocantes e que devemos evitar.

Francisco Graça é de Cabo Verde mas está a estudar em Lisboa. O estudante diz que Mário Soares foi uma pedra angular para a libertação do seu país:

Já o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia da Silva, considera Mário Soares uma das grandes referências de Portugal, do mundo e um amigo de Cabo Verde, numa mensagem emitida pela televisão local:

A Associação Caué (São Tomé e Príncipe), recorda que Mário Soares esteve deportado naquele país, em 1968:

António Miquelino, incrédulo com a morte do estadista, recorda que os seus avós foram vizinhos de Mário Soares durante a sua passagem por São Tomé.