Foi no dia 7 de janeiro que Portugal perdeu uma das figuras mais emblemáticas da sua Democracia dos últimos 50 anos. Esta é uma perda não só de Portugal, mas acima de tudo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Neste artigo procuramos trazer algumas reações sobre como é que a sua morte foi vista nos PALOP, em vários domínios.
Começamos por Moçambique, onde Tomás Queface (autor [2] do Global Voices) fez questão de lembrar que foi Mário Soares que em 1974 abriu caminho para a independência de Moçambique através do Acordo de Lusaka:
Morre aos 92 anos Mário Soares. O homem que em 1974 assinou com Samora Machel o Acordo de Lusaka que permitiu a independência de #Moçambique [3] pic.twitter.com/5aeVox58s7 [4]
— Tomás Queface (@tomqueface) 7 janvier 2017 [5]
Afonso Dhlakama, presidente do maior partido da oposição em Moçambique, fala de Mário Soares como um verdadeiro amigo que ajudou a libertar o país:
Líder da Renamo lembra “amigo do povo de Moçambique” https://t.co/Msw3jY4l2M [6]
— Tim Beta Lab (@TimBetaLabDete) 8 janvier 2017 [7]
Outro ator marcante da política moçambicana é Joaquim Chissano, ex-presidente do país que muitas vezes privou com Mário Soares e hoje se recorda dele como “um irmão”:
Joaquim Chissano lembra que a cooperação económica entre Moçambique e Portugal iniciou com Mário Soares. Ver mais… https://t.co/u9PCVJE5mk [8]
— O País Online (@opaisonline) 8 janvier 2017 [9]
Do outro lado do continente africano, também não faltaram impressões sobre a morte de Mário Soares, com destaque para o portal Rede Angola, no Twitter:
Morreu o ex-presidente português Mário Soares – https://t.co/mg2JTnXtlW [10] #RAInternacional [11] pic.twitter.com/FSx6bsllOc [12]
— Rede Angola (@RedeAngola_INFO) 8 janvier 2017 [13]
O jornal Folha 8 recorda uma declaração de Mário Soares, feita em 2009, sobre Angola:
É um país riquíssimo e os portugueses começaram a ter atos de subserviência em relação a Angola que são chocantes e que devemos evitar.
Francisco Graça é de Cabo Verde mas está a estudar em Lisboa. O estudante diz que Mário Soares foi uma pedra angular para a libertação do seu país:
Mário Soares teve um papel relevante na Independência de Cabo Verde, na medida em que esteve nas negociações entre o Gov Port e o PAIGC. https://t.co/tPKwWxHmoC [14]
— Francisco Graça (@patcheparloa) 7 janvier 2017 [15]
Já o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia da Silva, considera Mário Soares uma das grandes referências de Portugal, do mundo e um amigo de Cabo Verde, numa mensagem emitida pela televisão local:
CABO VERDE:Primeiro-ministro considera Mário Soares uma das grandes referencias de Portugal e do mundo e um amigo… https://t.co/nuOU3L1uSD [16]
— NORBERTO SILVA (@SILVAJN) 8 janvier 2017 [17]
A Associação Caué (São Tomé e Príncipe), recorda que Mário Soares esteve deportado naquele país, em 1968:
Mário Soares – Deportado em São Tomé foi preso do ano para a Amnistia | @scoopit [18] https://t.co/ARWis3Y4lq [19]
— São Tomé e Príncipe (@asscaue) 8 janvier 2017 [20]
António Miquelino, incrédulo com a morte do estadista, recorda que os seus avós foram vizinhos de Mário Soares durante a sua passagem por São Tomé.
Os meus avós foram vizinhos da frente de Mário Soares e Maria Barroso em São Tomé, aquando do seu exílio.
Nem acredito que o senhor morreu.
— António Miquelino (@Miquelino22) 7 janvier 2017 [21]