A revelação dos índices de tolerância em África foi feita na cidade de Maputo, no Dia de Zero Discriminação (01.03), com o lançamento do inquérito do Afrobarómetro sobre “Tolerância em África”. O mesmo foi realizado em 33 países Africanos, para uma amostra de 2400 pessoas e com um nível de confiança de 95%.
Este índice é baseado em indicadores onde destaca-se a educação, proximidade e exposição aos meios de comunicação social como os principais catalisadores do aumento da tolerância no continente Africano.
Entre os 33 países, a grande maioria dos cidadãos Africanos mostra uma elevada tolerância a pessoas de grupos étnicos diferentes (91%), às pessoas de religiões diferentes (87%), aos imigrantes (81%) e às pessoas portadoras de HIV/SIDA (68%). No que diz respeito aos Países de Língua Oficial Portuguesa, a Angola, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial fica de fora da lista:
Cape Verde, S. Africa & Mozambique express the high tolerance to homosexuals https://t.co/ELrXh8j5xE #VoicesAfrica pic.twitter.com/i0ZEeHNMIx
— Afrobarometer (@afrobarometer) 1 de março de 2016
O que é o Afrobarómetro?
É uma rede de pesquisa não partidária Pan-Africana, que conduz pesquisas de atitudes públicas sobre democracia, governação, condições económicas e assuntos relacionados em mais de 30 países em África. O relatório, com o título “Bons vizinhos? Africanos expressam elevados níveis de tolerância para muitos, mas não para todos,” está disponível em Inglês, Francês e Português.
Moçambique é parte de 4 países onde a maioria diz que gostaria ou não se importaria de ter vizinhos homossexuais. #VoicesAfrica
— Lambda Moçambique (@lambdaMoz) 1 de março de 2016