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Movimento Passe Livre encerra jornada de protestos, promete retomá-los em um mês

Categorias: América Latina, Brasil, Ativismo Digital, Mídia Cidadã, Protesto
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Manifestantes se reuniram em frente à prefeitura de São Paulo. Prefeito e governador não apareceram para diálogo. Foto: Agência Democratize, uso permitido.

O Movimento Passe Livre anunciou que só voltará a protestar contra o aumento da tarifa de ônibus e metrô em São Paulo no dia 25 de fevereiro. O anúncio veio após a baixa adesão do último protesto, realizado no dia 28 de janeiro, que reuniu pouco mais de 300 pessoas. Foi o menor ato desde que as manifestações começaram no início do ano.

De acordo com a Agência Democratize [1], que acompanhou o ato:

Segundo integrantes do movimento, a ideia é fazer um trabalho de base com possíveis parceiros, além de divulgação massiva do ato, para assim compor uma grande manifestação que possa dar um novo fôlego para os atos. Trata-se de uma nova postura do movimento, que em 2015 acabou recuando e saindo das ruas após não conseguir reduzir a tarifa no começo do ano. Até lá o dia 25 de fevereiro, o MPL ainda prometeu realizar outras ações, como trancar vias na cidade e promover debates sobre transporte público.

No protesto do dia 28, que aconteceu em frente à prefeitura de São Paulo, os manifestantes esperavam que o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin comparecessem para dialogar com o movimento, o que não aconteceu. A ativista Laura Vianna declarou à Rede Brasil Atual [2]: “Estamos nas ruas há quatro semanas e o único diálogo que o poder público propôs foi sobre trajeto dos atos na Secretaria de Segurança Pública”.

Diante da ausência dos governantes ou seus representantes, foi realizada então uma assembleia com os presentes, que contou com Lúcio Gregori, secretário de transportes da gestão Erundina, prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores entre 1989 e 1992.

Como secretário, Gregori foi um dos idealizadores de um projeto de transporte público gratuito em São Paulo que não chegou a ser posto em prática. Na assembleia, ele parabenizou o MPL [2] por colocar o transporte público como direito social no debate público do Brasil. Criado em 2002, o Movimento Passe Livre defende o transporte público gratuito nas cidades brasileiras.