
Um técnico mostra ao agricultor como usar a plataforma SMS. Foto de cortesia da WeFarm
Apesar dos enormes avanços na tecnologia, a maioria dos agricultores na África não sabe como usar um smartphone. Poucos deles fazem pesquisas online sobre novas espécies de cultivo ou sobre como combater uma nova doença na safra.
Uma nova startup, WeFarm, pretende empoderar os agricultores com informações trocadas por mensagens de telefone celular, conhecidas por SMS, a sigla em inglês para short messaging system. Os agricultores fazem perguntas que são traduzidas e compartilhadas com outros agricultores que vivem na mesma região e em locais mais distantes. Uma vez que a resposta é gerada, ela é enviada ao agricultor para que ele tire sua dúvida.
O serviço da startup já beneficia agricultores da Uganda, Quênia, Peru e tem mais de 43 mil usuários em todo mundo apenas nos primeiros nove meses de atividade. Em breve, o serviço também será lançado na Tanzânia, Costa do Marfim, Índia, Colômbia e Brasil.
Em um post no blog da National Geographic, a startup compartilhou uma história sobre como um agricultor do Quênia foi favorecido pelo serviço:
This is precisely what happened to Kepha from Baringo, Kenya. After receiving advice from fellow farmers, Kepha managed to save 27 of the 52 chickens he owned.
Kepha’s chickens are very important to him. Not only do they provide eggs for his family to eat, but they’re also his main source of income. Kepha can sell chickens to other farmers or at markets when he has the opportunity to visit one. He also farms vegetables and staples that he and his family can eat, but his chickens allow him to earn a modest living.
Kepha’s story will resonate with many small-scale farmers across Africa, Latin America and Asia.
Isso é exatamente o que aconteceu com Kepha, que vive em Baringo, no Quênia. Depois de receber conselhos de seus colegas agricultores, ele foi capaz de salvar 27 das 52 galinhas que tinha.
As galinhas de Kepha são muito importante para ele. Não só pelos ovos que servem de alimento para sua família, mas porque também são a sua principal fonte de renda. Ele pode vendê-las para outros agricultores ou nos supermercados quando ele consegue a oportunidade de visitá-los. Kepha também cultiva legumes e alimentos de primeira necessidade que ele e sua família podem comer, mas as galinhas permitem-no ganhar um salário modesto.
A história de Kepha repercutirá em vários pequenos agricultores de toda África, América Latina e Ásia.
Um post do blog Takepart se refere ao We Farm como:
Wikipedia for farmers, or as its founder describes it, “Internet for people without Internet.”
a Wikipedia dos agricultores, ou como seu fundador a descreve, “A internet para as pessoas sem internet.”
Expert em nutrição, Nicki Briggs acredita que essa é uma iniciativa que beneficia não só os agricultores mas também a indústria alimentícia:
An initiative that benefits farmers, and the food industry = JACKPOT. Loving @we_farm info sharing platform. https://t.co/02uWj2dvMO
— Nicki Briggs, MS, RD (@nicki_briggs_) December 21, 2015
Uma iniciativa que irá beneficiar agricultores e a indústria alimentícia. Amo as informações compartilhadas na plataforma.
Enquanto a startup Disrupt Africa mencionou a WeFarm como uma das ideias que chamará atenção em 2016:
12 African startups to watch in 2016 https://t.co/jTvRxSbMPt @yaoota @DabaDoc @shieldfinance @we_farm @SafeMotos @CladLight @GiraffeJobs
— Disrupt Africa (@DisruptAfrica) December 31, 2015
12 startups da África para acompanhar em 2016.
Congratulations @we_farm on an amazing 2015 – hope next year is even better! #socenthttps://t.co/Pl5G2FicPt
— Tamsin C (@TamsinChislett) December 22, 2015
Parabéns pelo 2015 maravilhoso – espero que ano que vem seja ainda melhor!