O Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, acusou o Presidente da República, José Mário Vaz de “querer destituir o governo”. O chefe do Governo prometeu usar todos os “recursos legais disponíveis” para evitar a dissolução do seu executivo. No mesmo discurso, proferido na televisão nacional, Simões Pereira pediu ao povo para que se mantenha “tranquilo”:
Primeiro-ministro da Guiné Bissau acusa presidente da República de querer derrubar o governo http://t.co/DBIH4Ujwul [2] pic.twitter.com/lZRG4vVCUz [3]
— África 21 Digital (@africa21digital) August 6, 2015 [4]
O blogue Progresso Nacional comparava esta situação à “primavera árabe”:
CHEGOU A PRIMEIRA PRIMAVERA ÁRABE NUM PAÍS LUSÓFONO ILUSTRES LEITORES AMANHÃ VAMOS ASSISTIR A PRIMEIRA PRIMAVERA ÁRABE NUM PAÍS LUSOFONO SI KILA KA ACONTECI NÔ NA DITA KU NÔ MAMÉ O PROBLEMA É SÉRIO MAS MUITO SÉRIO!!!! Publicada por Progresso Nacional [5]à(s) 22:03 [6]
A União Africana mostrava-se preocupada com o desentendimento entre as instituições guineenses. O seu representante em Bissau, Ovídio Pequeno, pediu a ambas as partes “que cheguem a um entendimento através do diálogo”.
Guiné-Bissau: UA preocupada com dificuldade de relacionamento entre líderes http://t.co/0iMLt9xFT7 [7] — Portal Áfricas (@portalafricas) August 6, 2015 [8]
Alguns cidadãos mostravam preocupação pelos acontecimentos no seu país:
Deus abencoe a amada Guine Bissau. As cores do futuro… Vistas daqui! pic.twitter.com/VLtFrcPZsB [9]
— bernardino Goncalves (@bernalfg) August 6, 2015 [10]
Outros criticavam o desentendimento entre o Primeiro-ministro e o Presidente da República:
Infantilidade política na #Guiné [11]-Bissau.
— MAMA SAMBA CANTÉ (@maudocante) August 6, 2015 [12]
José Ramos-Horta [13], ex-presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz mostrou-se “alarmado” pela situação em Bissau:
Ramos-Horta considera não haver razões para demitir PM da Guiné-Bissau http://t.co/myly52c4ZO [14] pic.twitter.com/tanbzFshLa [15]
— 1001Pts Portugal (@1001ptsPT) August 6, 2015 [16]
A Guiné-Bissau tem tido um historial conturbado entre o exército e a classe política, dando origem a dois golpes de estado, em 2010 e 2012. O narcotráfico tem igualmente contribuído para a instabilidade no país.
[Actualização, 09.08.2015] O Presidente da República, regressou este domingo(09.08) à Guiné-Bissau e promete falar ao país, em breve.