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Os restos mortais recuperados nas localidades de Cerro Viejo, La Parota e Basurero de Cocula no estado mexicano de Guerrero não correspondem aos 43 estudantes desaparecidos, de acordo com o comunicado da Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF) divulgado no dia 11 de novembro de 2014.
O canal TeleSUR México divulgou uma notícia a respeito do resultado das análises das 24 amostras, nenhuma pertence aos alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa Raúl Isidro Burgos.
— teleSUR México (@teleSUR_Mexico) November 12, 2014
Video: Restos hallados no son de alumnos de Ayotzinapa: forenses argentinos http://t.co/h76gARadRR #AyotzinapaSomosTodos
Desde as primeiras semanas de outubro a EAAF trabalha a pedido dos familiares das vitimas, nas sepulturas ilegais localizadas nos municípios de Iguala e Cocula no sul do México. Local onde, no dia 26 de setembro de 2014, seis pessoas morreram, 25 ficaram feridas e 43 desaparecem em um confronto entre a polícia de Iguala e o grupo criminal Guerreros Unidos.
“Cabe señalar que sobre la totalidad de restos recuperados en este sitio, 28 de ellos fueron recuperados inicialmente por la PGJ (Fiscalía General) de Guerrero de cinco fosas y los dos restantes por la PGR (Procuraduría General de la República) de una sexta fosa”, detalló el EAAF.
“Deve chamar a atenção sobre a totalidade dos restos mortais recuperados neste local, 28 deles foram recuperados inicialmente pela PGJ de Guerrero (Escritório do Procurador Distrital), e os dois restantes pela PGR (Escritório do Procurador Geral) de uma sexta sepultura” detalhou o EAAF.
De acordo com o procurador-geral do México, Jesús Murillo Karam, os estudantes foram assassinados, queimados e espalhados no rio San Juan, próximo a Cocula. As declarações que causaram espanto, raiva e indignação entre as famílias e os cidadãos mexicanos foram feitas sem qualquer certeza: os corpos não foram encontrados e estes fatos são baseados em “confissões“.
No dia do desaparecimento, os estudantes saíram para arrecadar fundos para as suas atividades. Isso significava pedir doações pelas ruas centrais, entrar em algumas lojas e até mesmo andar por algumas avenidas, de acordo com o jornal El Pais.
Em junho do ano passado, os alunos culparam o prefeito de Iguala, José Luis Abarca Velázquez, pelo assassinato e tortura do líder camponês Arturo Hernández Cardona e atacaram a prefeitura em protesto.
Abarca, e sua esposa, María de los Ángeles Pineda, foram identificados como responsáveis por ordenarem atacar os estudantes capturados no último dia 04 de novembro.
Global Voices está fazendo uma cobertura especial sobre estes acontecimentos.
Enquanto isso, a questão permanece em aberto, como disse Tatosky em sua conta no twitter.
los forenses argentinos dicen que los restos en basural no son de los estudiantes de #ayotzinapa…… dónde están los #43? #SOSMexico
— Tatosky (@TatodelTw) November 11, 2014
Os investigadores argentinos dizem que os restos mortais em lixão não são dos estudantes de #ayotzinapa…… onde estão os #43? #SOSMexico
E novas perguntas surgiram, como aponta a companhia de teatro Tepito Arte Acá da Cidade do México em sua conta do Twitter:
El equipo forense argentino señala que los restos en las fosas no son de los normalistas… ¿Quiénes son? http://t.co/vkpVkjOMCU — Tepito Arte Acá (@TepitoArteAca) November 12, 2014
A equipe de investigadores argentinos assinalaram que os restos mortais nas valas não são dos estudantes… Quem são eles? http://t.co/vkpVkjOMCU
A descoberta de mais sepulturas intensificou a dor entre os mexicanos.
@ramz_z13 excavar en mi suelo guerrerense es un acto forense. Es dolorosa la situación, vivo en tixtla donde está la normal de ayotzinapa. — Juan Francisco (@carrera099) November 8, 2014
@ramz_z13 escavar o nosso solo guerrerense é um ato de investigação. É dolorosa a situação, vivo em tixtla onde está a ayotzinapa.
O EAAF explicou em comunidado que a perícia que busca identificação dos restos mortais tem obtido os resultados genéticos do Laboratório The Bode Technology Group localizado nos Estados Unidos. O gabinete do procurador-geral mexicano enviará um conjunto diferente de restos mortais de uma vala comum descoberta em um barranco e no rio Cocula para a Universidade de Innsbruck, na Áustria, para identificação.