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O governo Mexicano continua a sofrer pressão devido ao assassinato dos estudantes da Escola Rural Raúl Isidro Burgos em Ayotzinapa, Guerrero, no sul do México, e à exigência de que os estudantes que desapareceram há mais de 26 dias sejam devolvidos vivos.
No início de Outubro, os mexicanos foram para as ruas exigir o regresso dos estudantes. Pessoas de diferentes estratos sociais uniram-se pela causa. Mais tarde, a comunidade estudantil do país entrou em greve por 48 horas.
Várias escolas da Universidade Nacional Autónoma do México, que é a maior instituição pública de ensino superior do país, e a Universidade Autónoma Metropolitana juntaram-se ao movimento. O website de notícias e análise Animal Político partilhou a lista de escolas e faculdades que estão a participar na greve.
O website Sopitas afirmou que mais de 70 instituições de ensino a nível nacional se juntaram à suspensão temporária de actividades.
Marco Zavala partilhou a seguinte imagem:
¡La Facultad de Derecho se une al paro nacional por la lucha de los Derechos Fundamentales! pic.twitter.com/022hi5xY7X
— Marcos Zavala (@MarcosZavala365) 22 Outubro, 2014
A Faculdade de Direito aderiu à greve nacional pela luta dos Direitos Fundamentais!
Ana Lilia Mata disse que o Reitor da Universidade Autónoma do Estado de Morelos se uniu à causa:
Rector de la UAEM encabeza protesta a favor de normalistas de Ayotzinapa pic.twitter.com/Ylhu7pjoc5
— Ana Lilia Mata (@AnaLiliaMata) 22 Outubro, 2014
O Reitor da UAEM lidera o protesto a favor dos professores de Ayotzinapa
Sanjuana Martínez apelou ao Presidente Enrique Peña a comportar-se de forma respeitosa para com os familiares das vítimas destes crimes:
¿Cuánto tiempo piensa el gobierno de @EPN que puede ocultar a las víctimas de Ayotzinapa? Respeto a las familias de los 43 #EPNBringThemBack
— Sanjuana Martínez (@SanjuanaMtz) 22 Outubro, 2014
Por quanto tempo pensa o governo de Enrique Peña Nieto que pode esconder as vítimas de Ayotzinapa? Respeito pelas famílias dos 43.
No entanto, nem toda a gente foi a favor da greve. Joaquin, utilizador do Twitter, expressou-se do seguinte modo em relação ao movimento:
pensar que el paro nacional ayuda a mejorar las cosas es muestra del pensamiento mediocre por el que este país no sale adelante
— Joaquín (@jprecomav) 22 Outubro, 2014
Pensar que uma greve nacional ajuda a melhorar as coisas é prova do pensamento medíocre que impede este país de seguir em frente
Neste contexto de descontentamento generalizado, a tempestade política não pode ser subestimada. O jornalista Ciro Gómez Leyva disse que 22 de Outubro de 2014 foi um bom dia para o governador de Guerrero sair e começar a preparar uma explicação sobre o porquê de “dentro e fora do México, a noite de Iguala o irá perseguir até ao fim dos seus dias”, referindo-se à noite em que os actos violentos que motivaram os protestos, ocorreram.
Para além das consequências políticas e legais (se houver alguma) dos desastrosos incidentes, a tragédia humana e a dor sentida pelas famílias dos estudantes que perderam as suas vidas e daqueles cujo paradeiro é desconhecido, devem ser mantidas em perspectiva.