Os media e os estereótipos raciais pelo olhar e pela vivência de duas especialistas na área de estudos de raça, ambas afrodescendentes nascidas em Lisboa.
Traduzida para português no primeiro programa da Rádio AfroLis, uma entrevista [en] a Grada Kilomba, académica de origem santomense na Universidade de Humboldt em Berlim, fala sobre a natureza do racismo na Europa.
O “papel dos media, dos negros e dos brancos na luta contra o racismo” é também analisado neste programa pela investigadora na área de estudos de religião e branquitude, Elisabete Cátia Suzana, da Universidade de Uppsala (Suécia),
A Rádio AfroLis apresenta-se como “uma experiência africanizada de Lisboa” que pretende “revelar facetas de uma consciência negra emergente em Portugal”:
Para alguns afrodescendentes a cidade de Lisboa é claramente a sua cidade. Para outros Lisboa é uma cidade como outra qualquer, apesar de terem nascido ou de sempre terem vivido nela. Outros há que rejeitam Lisboa porque sentem que não é o seu lugar.
No caso dos afrodescendentes negros, a questão da pertença relaciona-se com a sua fraca representação nos media, assim como em espaços sociais diversificados, mas principalmente, com o racismo. E surge a questão: Eu como negro ou negra, africano, africana devo/ posso/quero assumir-me como lisboeta? E serão precisamente as inúmeras combinações de respostas que vamos apresentar nos episódios do nossos podcast.
Acompanhem-nos por serem afrodescententes, por interesse na temática, pela vontade de conhecer outras vivências de Lisboa, ou até mesmo por quererem acrescentar algo à discussão!
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