“Gostaríamos de sugerir que você se vestisse de modo um pouco mais ‘formal’ quando interagir com os clientes”. Por “formal”, querem dizer que você tem que renunciar a sua herança cultural, pois você pertence a um grupo indígena do Equador e seu o olhar é muito “étnico” para os negócios.
Esta é a realidade em muitos países na América Latina, mesmo naqueles que, como o Equador, possuem uma constituição que reconhece que a nação é pluricultural e multiétnica. Esses são países que podem crescer economicamente através de descobertas científicas que utilizam o conhecimento tradicional de grupos indígenas, mas que ainda lutam para que os seus ricos patrimônios indígenas sejam respeitados e aceitos.
No portal Latin American Science [en], Karina Vega-Villa escreve sobre a importância do patrimônio cultural da região ser preservado. Ela pergunta:
Em uma sociedade global que valoriza muito o avanço científico, qual é o papel que os cientistas desempenham no desenvolvimento de um modelo econômico de base tecnológica em países multiculturais como os da América Latina?
E então conclui, entre outras coisas que:
Uma ênfase em programas científicos dirigidos por cientistas, e não por gerentes de negócios, seja necessária. […] O papel dos cientistas de uma ampla gama de campos de pesquisa é essencial e evidente. Os esforços de colaboração e cooperação são fundamentais para empreender esta tarefa épica.