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O presidente da Uganda, Yoweri Museveni, transformou o controverso projeto de lei anti-gay em lei oficial em 24 de janeiro de 2014. Esta determina pena de prisão para alguns tipos de atos homossexuais.
O parlamento da Uganda, por maioria, aprovou a lei [pt] em 20 de dezembro de 2013. Esta determina pena de prisão também para qualquer pessoa que não denuncie homossexuais às autoridades e pune o uso de contas de facebook e twitter para defesa dos direitos de homossexuais como crime, com a pena máxima de sete anos de prisão.
O President dos E.U.A. Barack Obama e outros líderes ao redor do mundo alertaram o presidente Museveni que a lei constitui uma violação de direitos humanos.
Ativistas LGBT da Uganda disseram que a lei torna a Uganda um dos piores lugares do mundo para ser gay. Muitas pessoas se utilizaram das mídias sociais para discutir o tema, alguns a favor, outros radicalmente contra.
O líder das minorias sexuais da Uganda e ativista homossexual Frank Mugisha escreveu no twitter:
My twitter & facebook are Illegal,the fine of five thousand currency points or imprisonment of a min. of 5 years & a maxi of 7 years or both
— Dr. Frank Mugisha (@frankmugisha) February 24, 2014
O meu twitter e facebook são ilegais, a pena é de cinco mil na moeda atual ou prisão de 5 anos a 7 anos ou os dois.
Love1Another (Ame um ao outro) escreveu:
America, you can now descend down on Uganda and do as you wish, the bill is now law. #AntiGayBill — Love1Another (@Muyama) February 24, 2014
América, agora vocês podem vir à Uganda e fazer o que vocês quiserem, o projeto se tornou lei. #AntiGayBill [lei anti-gays]
Wadda Mutebi esmagou aqueles que falavam contra a lei:
Gay promoters, go hell. You can talk about your bogus human rights while chilling with satan there. #antigaybill
— Wadd'a Mutebi (@WaddaMutebi) February 24, 2014
Defensores de Gays, vão para o inferno. Vocês podem falar sobre os seus direitos humanos de araque enquanto descansam lá com o diabo. #antigaybill
Jenny Hedstrom simplesmente escreveu:
Depressing. #Uganda President Museveni today signed #AntiGayBill http://t.co/449kDaZfIZ #AHBUganda
— Jenny Hedström (@HedstromJenny) February 24, 2014
Deprimente. O presidente Musevini da #Uganda assinou hoje a #AntiGayBill http://t.co/449kDaZfIZ #AHBUganda
John Paul Torach comentou que o governo e a oposição estão do mesmo lado nesta questão:
Even louder than Sevos signing of the #antigaybill is the silence of opposition politicians…when they both agree..u know u have lost.
— John Paul Torach (@jptorach) February 24, 2014
Mais alto que o canto de Sevos sobre a #antigaybill é o silêncio dos políticos da oposição… quando ambos concordam… você sabe que perdeu.
Eriche White Walker disse que os líderes religiosos falharam ao instigar a moral nas pessoas:
When the state starts regulating matters of morality using the law the religious institutions have failed #antigaybill
— Eriche White Walker (@jkeriche) February 24, 2014
Quando o Estado começa a regular assuntos morais, é sinal de que as instituições religiosas falharam #antigaybill
“I am an African” (“Eu sou um africano”) argumentou que a idéia de uma pessoa sobre a sexualidade não pode ser aplicada à vida dos outros:
Can't understand support for #Uganda‘s #antigaybill! You can't impose your ideas of sexuality on others. No one said you must be gay!
— I am an African! (@Clint_ZA) February 24, 2014
Sem entender o apoio à lei anti-gay da #Uganda! Você não pode impor suas idéias de sexualidade aos outros. Ninguém disse que você deve ser gay!
Stuart Grobbelaar disse brincando que a Uganda deveria aprovar leis que acabem com o divórcio e instituir o casamento somente com mulheres virgens:
Hey #Uganda, well done on the #antigaybill. Tell me, when can we expect to see the #antiDivorce, #antiMarryANonVirgin and #antiBacon bills?
— Stuart Grobbelaar (@StueyMax) February 24, 2014
Ei #Uganda, muito bem feito com a #antigaybill. Diga-me, quando podemos esperar ver a lei #antiDivorce (Anti-divórcio) e a #antiMarryANonVirgin (Anti-casar com uma não virgem) e a #antiBacon?
Os Ugandenses se perguntam agora o que acontecerá com as relações entre o seu país e os outros, sobretudo o ocidente, que acredita que a lei viola direitos humanos básicos.
[Correção: O título anterior desta matéria “Ser gay é oficialmente um crime na Uganda” implicava que a lei qualificava pela primeira vez a homossexualidade como ilegal na Uganda. Na verdade, a homossexualidade já era ilegal antes desta lei mais recente.]