“Para que servem as grandes manifestações?” Uma pergunta que muitos portugueses repetem no actual contexto de “crise” e “austeridade”, e que o Laboratório da Democracia da Academia Cidadã lança como repto para um “debate informal sobre a ocupação do espaço público com manifestações de larga escala” em Portugal:
O que muda no país quando centenas de milhares de pessoas se manifestam? Serve de alguma coisa dizer apenas que o caminho “não é por aí”? Se os políticos não ouvem de que serve perder um dia a gritar? E que alternativas e propostas têm os protestantes? Quem organiza as manifestações deve ser responsabilizado pela situações de violência? Ou a violência é a resposta possível ao estado a que chegámos? A polícia tem agentes infiltrados a criar agitação?
Com o objectivo de “ajudar a criar alternativas políticas, económicas e sociais à austeridade”, o debate, moderado pela jornalista São José Almeida, contará com a participação de membros dos principais colectivos que têm mobilizado protestos massivos nos últimos anos em Portugal. Desde o Protesto da Geração à Rasca que iniciou o Movimento 12 de Março em 2011, à Plataforma 15 Outubro, e ao Que se Lixe a Troika!, e contando também com a presença da Intersindical Nacional CGTP, na mesa estarão as “derrotas, conquistas e desafios para as formas de contestação da actualidade”.
O evento vai tomar lugar no dia 14 de Novembro de 2013, pelas 21h locais, na Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Haverá transmissão em directo via internet. Várias actividades estão programadas até ao dia 16 de Novembro.