Бля, чувак, который жену убил и расчленил, подписан на меня в фб, и 146 общих друзей вплоть до Алины Гребневой((
Dr**a, o cara que matou e desmembrou a esposa me segue no facebook e temos 146 amigos em comum, incluindo até [a correspondente da Echo Moskvy] Alina Grebneva
Друзья! Пропала Ира, моя жена. Вышла из дома 3-го утром и не вернулась. Полиция ее ищет. Но пока нет никаких результатов. В полиции говорят, что вернется и все будет нормально. Но чем больше проходит времени, тем меньше я в верю в это нормально. […] Если все-таки среди наших общих знакомых есть кто-то, кто знает что с ней, то просто скажите, что она жива.
Amigos! Minha esposa desapareceu! Deixou o apartamento na manhã do dia 3 e não retornou. A polícia está a sua procura, mas ainda não há resultados. A polícia diz que ela vai voltar e que tudo ficará bem, entretanto, quanto mais o tempo passa, menos eu acredito neste “ficar bem.” […] Se um de nossos conhecidos em comum souber o que aconteceu com ela, então diga somente que ela está viva.
Esse pedido mobilizou um número de pessoas que dedicou tempo e recursos para procurar Irina, utilizando a seção de comentários da atualização do status como um tipo de agência central de informações. Havia teorias sérias [ru] de que Irina poderia ter ido visitar seus pais na Ucrânia, e voluntários se oferecendo para se dirigir [ru] aos restaurantes e bares preferidos de Irina, entre outras sugestões. Diversas pessoas, por exemplo, ofereceram ajuda para contactar videntes e bruxas, explicando que [ru]:
При всем распространенном скепсисе нельзя исключать ситуацию, что Ире требуется какая-то помощь, в этом случае важно не терять времени, а этот способ ее отыскать самый быстрый.
Com todo o ceticismo normal, não deveríamos descartar a realidade de que Irina precisa de alguma forma de ajuda; neste caso é importante não perder tempo, e essa forma de encontrá-la é mais rápida.
Outras pessoas foram mais construtivas. Gennady Chichkanov, um suposto colega de Irina, se ofereceu [ru] para fazer pressão em seus contatos do jornal Komsomolskaya Pravda, para publicarem o desaparecimento. Usuários do Facebook afiliados a outros jornais também voluntariaram suas publicações. Como a busca era aparentemente inútil, pois ninguém havia visto Irina deixar o edifício do apartamento, um usuário, Alexander Belousov, fez pressão para Kabanov abrir uma investigação criminal ao invés de aderir ao boletim comum de “pessoas desaparecidas”. Ele explicou [ru] que tal investigação seria mais eficiente e teria acesso a mais recursos:
Алексей! Вам надо как можно быстрее писать заявление в Следственный комитет с просьбой о возбуждении уголовного дела. Вы только попусту теряете время и упускаете возможность просмотреть записи с камер метро и по ходу её движения.
Alexey! Você deveria registrar, o mais rápido possível, uma queixa perante o Comitê de Investigação e requerer o início de um procedimento criminal. Você está perdendo tempo e a chance de ver as gravações das câmeras de metrô e [outras câmeras] durante a movimentação dela.
Про труп. Он его очень профессионально и быстро расчленял – на баранах рука набита была
Com relação ao corpo, ele o desmembrou muito profissional e rapidamente – tinha prática em fazer isso com os carneiros [carcaças que desmembrava como parte de seu trabalho]
Chichkanov também apontou [ru] o fato de que a polícia tinha conhecimento dos posts de Kabanov no Facebook, bem como estava rastreando de perto toda a situação online, e ainda tentou utilizá-los para embasar sua fundamentação:
[…] Чтоб вы знали теперь – даже заметки в КП писались так, как следователям было надо и некоторые мои комменты здесь тоже по просьбе следователей – мы его драконили и психически шатали. […]
[…] Só para vocês saberem – mesmo as letras K[omsomolskaya] P[ravda] foram escritas da forma que os investigadores do crime desejavam, e alguns dos meus comentários aqui também foram postados a pedido dos investigadores – estávamos caçando-o e disturbando-o psicologicamente. […]