- Global Voices em Português - https://pt.globalvoices.org -

Usando mídia cidadã para promover línguas sub-representadas

Categorias: Mídia Cidadã, Rising Voices

Junte-se ao New Tactics, Rising Voices, Indigenous Tweets e outros grupos no diálogo online “Usando mídia cidadã para promover línguas sub-representadas” [1]* que acontece de 16 a 22 de novembro de 2011. [en]

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) publica com regularidade um atlas [2] documentando e mapeando mais de 2.500 línguas classificadas como vulneráveis, ameaçadas ou extintas. A UNESCO também estima que dos 6.000 idiomas  falados hoje, mais da metade desaparecerá antes do início do próximo século, acrescentando que

with the disappearance of unwritten and undocumented languages, humanity will lose not only a cultural wealth, but also important ancestral knowledge embedded, in particular, in indigenous languages.

com o desaparecimento de cada língua não escrita e não documentada, a humanidade perderá não só um patrimônio cultural, mas também os conhecimentos ancestrais importantes que vêm com elas, especialmente no caso de línguas indígenas.

Esses idiomas necessitam de intervenção imediata. Em muitos locais remotos, resta apenas uma pequena quantidade de falantes. Muitas destas línguas continuam vulneráveis devido a pressões da globalização. Ao mesmo tempo, um movimento cada vez maior emerge fazendo com que membros destas comunidades valorizem cada vez mais a sobrevivência de suas línguas nativas, apesar das pressões internas e externas. Por meio do uso de mídia cidadã participatória e ferramentas da web 2.0 tools, como blogs, Twitter, Facebook e vídeos digitais, estes indivíduos estão construindo comunidades em torno do uso comum de línguas sub-representadas.

[3]Projetos como o Indigenous Tweets e Blogs [4] mapeam usuários de idiomas indígenas ativos, facilitando o encontro entre eles e motivando o trabalho em execução. Mas há desafios – a exclusão digital causa um impacto em muitas dessas comunidades e geralmente nem existem teclados próprios para línguas minoritárias. Em alguns casos, há também barreiras culturais quanto ao uso de línguas indígenas em um ambiente público. Apesar destes desafios, são muitos os exemplos de abordagens inovadoras para a preservação e promoção de idiomas através da mídia cidadã e ferramentas web 2.0. Lideranças jovens e gente fazendo a “ponte” (referência muitas vezes usada para indivíduos que podem ligar duas culturas diferentes) estão construindo um movimento em torno do uso, da preservação e da promoção de idiomas em um contexto online.

Junte-se a nós neste diálogo online que visa compartilhar algumas dessas experiências e aprender sobre os métodos utilizados por muitos desses indivíduos e projetos pioneiros que estão usando ferramentas de mídia cidadã e da web 2.0 para promover e preservar o uso de seus idiomas online!

 

*Dentre as línguas sub-representadas estão todas aquelas usadas ​​com pouca frequência no contexto da computação e de novas tecnologias. Muitas delas têm pequenas populações de falantes e estão ameaçadas de extinção de uma forma ou outra, enquanto outras têm fortes comunidades de falantes do idioma, mas enfrentam problemas de exclusão digital que as impedem de usar seus idiomas online.

A equipe empenhada em ajudar a conduzir este diálogo até agora conta com:

Eddie Avila do Rising Voices [5], Bolívia
Kevin Scannell do Indigenous Tweets [4]
Martin Benjamin – Diretor Executivo do Kamusi Project International [6], trabalhando na preservação de línguas africanas
Edmond Kachale – trabalhando na preservação da língua nianja [7]
John Paul Montano dof www.barbaranolan.com [8] trabalhando na preservação da língua ojíbua [9]
Ian Custalow – trabalhando na preservação da língua powhatan
Mohomodou Houssouba of www.songhay.org [10], trabalhando na preservação das línguas songai [11]
Tēvita O. Ka'ili, PhD – Professor Assistente da Brigham Young University Hawai'i, trabalhando na preservação da língua tonganesa [12]
Boukary Konaté – trabalhando na preservação da língua bambara [13].
Karaitiana Taiuru – consultante web trabalhando na preservação da língua maori [14]
Adrian Cain da Manx Heritage Foundation [15], trabalhando na preservação da língua manesa [16]
Ben Frey – trabalhando na preservação da língua cherokee [17]
Oliver Stegen – trabalhando na preservação da língua kilaangi
Niamh Ní Bhroin – pesquisando como pessoas que falam as línguas sami [18] e irlandesa [19] estão participando em processos inovadores de mídia na web 2.0
Emani Fakaotimanava-Lui do Internet Niue [20], trabalhando na preservação da língua niueana.