Na sequência dos acontecimentos na Tunísia que obrigaram o ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali a fugir do país, internautas de todo o mundo árabe estão perguntando: “seremos os próximos?”
A jornalista e blogueira egípcia Mona Eltahawy, que tem mantido estreita vigilância sobre Twitter durante toda a revolta na Tunísia, escreveu uma coluna muito lida [en] esta manhã, intitulada “Mais Tunísias, por favor”, no qual ela observou que o mundo árabe está olhando ansiosamente para ver se “outra Tunísia” ocorrerá:
Ben Ali imprisoned or chased into exile viable alternatives to his rule, so what comes next politically is not clear. But the world is watching this small Arab country and wondering if this is the first step in ridding the region of its granddaddies.
O analista Juan Cole também sugeriu [en] a possibilidade de a Tunísia ser o começo de algo maior:
…But since Tunisia is Sunni and Arab, it would not be embarrassing for Egyptians, Algerians, Syrians and Jordanians to borrow its techniques and rhetoric for their own domestic purposes, which makes it potentially influential. Certainly an alliance of frustrated BA holders, professionals, workers, farmers, progressives and Muslim activists that results in a parliamentary democracy would likely have more resonances in the Arab world than Iran’s authoritarian rule by ayatollah (Sunnis don’t have ayatollahs). It remains to be seen if little Tunisia is the start of something, or one more false dawn.
Durante todo o dia, sentimentos similares tem ecoado no Twitter e na blogosfera árabe. O jornalista saudita Ebtihal Mubarak (@EbtihalMubarak) tuíta [en]:
If the unexpected kept on happening next to Tunisian revolution is not Egypt but SYRIA. Now that will be a New Arab world#Sidibouzid #Syria
“Majnoon Habibi” (@majnoon4) escreve [en], no mesmo sentido:
Tunisia today, fascist Syria tomorrow. The revolution is coming. Bring democracy to the Arab Middle East.
A síria Arwa Abdulaziz (@arwa_abdulaziz) também prevê [ar] que a Síria será a próxima a cair:
A síria Yassine Essouaiha (@syriangavroche) sente o mesmo [ar]:
Apesar das esperanças, no entanto, Nader Haddad (@NaderHaddad) nota [en] que a agência de notícias estatal da Síria não fez qualquer menção à revolta popular na Tunísia:
No mention whatsoever of the popular revolution in #Tunisia by the Official news agency of #Syria. http://bit.ly/g4xNY8
O que acontecerá depois permanece incerto, mas é inegável que o levante na Tunísia acendeu a esperança de marés de mudança em todo o mundo árabe.
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