Brasil: A única mulher negra em um concurso de beleza

Cris Rodrigues, do blog Somos Andando, escreve sobre o racismo em um concurso de beleza no estado do Rio Grande do Sul, onde apenas uma mulher negra em meio a 29 outras mulheres “brancas, altas e de cabelo liso” compete. Ela considera que a amostra não é representativa.

4 comentários

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  • não sei, fiquei um pouco incomodada com este post do “Somos Andando”.

    Acho que pra dizer que foi racismo era necessário que todas as negras que concorreram tivessem ficado de fora. Foi esse o caso na pré-seleção? Não parece. Eram 30, somente 1 era negra. E japonesa, tinha alguma? Uma ruiva? Uma morena? Uma de cabelos cacheados? Como eram as outras “brancas”? Todas iguais mesmo?

    Entendo o ponto de vista da diversidade esperada num concurso de beleza, mas daí a ser racismo, hum…. sei não… Pouco sei da porcentagem de negros e brancos no Rio Grande do Sul, sei somente da grande importância dos negros na história do estado, só tenho mesmo um pouco de receio em pensar que este foi um caso de racismo.

    • Debora,

      Quando escrevi, não pensei necessariamente em um racismo da organização do concurso, mas em um racismo da sociedade, que valoriza um padrão fixo de beleza. Assisti aos vídeos disponibilizados com a apresentação das meninas, e as 30 que chegaram à final, fora a de Porto Alegre, que era negra, eram todas muito parecidas, sim. Claro, tinha loiras e morenas, com o nariz mais assim ou mais assado, com diferenças, evidentemente, mas todas com o mesmo tipo físico, cabelos longos, no máximo ondulados, mas não crespos. Não vi ruiva. Me questionei sobre a presença de alguma oriental, alguma índia ou outro perfil “diferente”. Não discorri a respeito para o post não ficar longo demais. Talvez devesse ter falado.

      Mas insisto: não tinha como objetivo fazer uma denúncia da organização do evento, apenas um relato triste de como somos orientados, de um modo geral, a enxergar a mulher. De como nosso padrão de beleza é rígido e nem nos damos conta. De como o diferente não tem espaço.

      Um abraço,

      Cris

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