Tradutora da semana: Haifa Alrasheed

Sempre gostei da escolha de artigos para tradução da GV em Língua Árabe feita pela Haifa Alrasheed. Ela agora está envolvida na cobertura da Arábia Saudita no Global Voices Online. Haifa – que disse aqui (Ar) gostar de escrever Haipha como seu nome – é uma estudante universitária a tirar Linguísticas Computacionais e prefere escrever textos em árabe e inglês no seu blogue pessoal chamado Haifa's Notebook.

Vamos tentar conversar com a Haifa para sabermos mais sobre ela.

Olá Haifa, podes contar-nos um pouco sobre ti?

Bem… eu sou uma estudante universitária e estudo Linguísticas Computacionais. Interesso-me por tudo desde a filosofia à tecnologia. Quando tenho tempo gosto de ler livros, fazer voluntariado e ultimamente blogo. As línguas também me atraem e a linguística fascina-me! Há pouco tempo juntei-me à familia do GV MENA como autora e tradutora.

Deixa-me perguntar-te, como é que soubeste do Global Voices e o que te atraiu no Projeto Lingua?

Fui parar ao GV através de um blogue – não me lembro qual:-)

O que me atraiu no Lingua foi a oportunidade de interagir profissionalmente tanto com a língua árabe como a inglesa, especialmente porque os textos são escritos por não linguistas. E é também uma oportunidade para praticar as minhas capacidades de tradução.

A tua escolha nos textos para tradução interessa-me bastante, por isso gostaria de saber que tipo de tópicos  do GV consideras mais interessantes. E quais são as tuas leituras favoritas?

Geralmente escolho textos regionais não politizados. O activismo humanitário chama-me sempre a atenção. Também gosto de ler sobre vários tópicos. E no que se refere a livros, os meus favoritos são “The Stuff of Thought” de Steven Pinker, “Samarkand” de Amin Maalouf, “The Prophet” de Khalil Gibran, “The Perfume” de Patrick Suskind and “The Outliers” de Malcom Gladwell. E Steven Pinker é o meu escritor preferido, mas ao mesmo tempo gosto de ler Malcom Gladwell, Amin Maalouf, Dr Ghazi Algosaibi e Anis Mansour.

Podes por favor, falar-nos mais sobre o teu campo de estudo – linguísticas computacionais?

A disciplina de Linguísticas Computacionais está entre a linguagem e a ciência da computação e preocupa-se com os aspectos computacionais da linguagem humana. As componentes são teóricas e aplicadas. A Wikipedia também define as linguísticas computacionais como ciência que “lida com a estatística e/ou a modelagem  baseada em regras  da linguagem natural a partir de uma perspectiva computacional.”

Como podemos ver, o teu campo de estudo lida com linguagens naturais e com computadores,  achas que puderá ter algum efeito no trabalho que fazes para o Lingua? Especialmente porque ao fazê-lo, estás em contacto permanente com línguas e traduções.

Sim, acho. Através da minha curta experiência no Lingua, tive a oportunidade de ver o fluxo da linguagem, para onde se dirige e quais as dificuldades que tradutores e autores têm de enfrentar. E quem sabe, talvez um dia venha a desenvolver um software especialmente para os tradutores do Lingua:-)

Um dos problemas que a maioria dos tradutores enfrenta é a equivalência em inglês, de expressões árabes, especialmente aquelas relacionadas com a tecnologia e palavras recém-inventadas. Achas mais apropriado arabizar antigas expressões inglesas ou utilizares expressões árabes, mesmo que não sejam tão populares quanto as arabizadas?

Acho que depende do contexto. Por exemplo, é bom usar palavras arabizadas informalmente no dia-a-dia, seja virtualmente ou cara a cara; no entanto, acho eu, é inapropriado usá-las formalmente – por exemplo, na imprensa escrita. Alguns contextos requerem ambos (como a comunicação em massa) porque é direccionada a todo o tipo de pessoas. Ao fim e ao cabo, o árabe é uma língua rica, então porque não fazer uso dessa riqueza?

Vejo que usas o Tumblr no blogue e reparei também que actualmente, muitos árabes – em especial os jovens como tu – começam a usar ferramentas como o Tumblr ou o Posterous em vez do Blogguer e do WordPress. Também estás no Twitter. São apenas ferramentas e utilizá-las não faz diferença ou achas que imprimem um estilo especial ao blogue?

Acho que quando tenho vontade de escrever no blogue, faço-o; no entanto, quando não tenho vontade coloco fotografias e vídeos para descrever o meu actual estado de espírito no Tumblr.

E finalmente, existem outras questões que não fiz e qu queiras ver aqui?

Nenhuma. Acho que cobriste tudo.

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