Imediatamente após o ataque, a blogosfera paquistanesa ficou repleta de posts cheios de terror e raiva. A maioria deles culpa o sério lapso na segurança diretamente no governo provincial, cuja posição oficial ainda permanece longe de admitir que os Talibã são os inimigos reais. No meu blog eu escrevi:
The worst part of the entire episode is the deluded denial the Punjab government still seems to dwell in. Sideeq-al-Farooq, the PML N spokesperson, openly defined the provincial government’s stance in a talk show on Samaa TV: that to them, Taliban are the good lot who successfully established a glorious rule in Afghanistan. He didn’t go beyond that. Nothing said on the show would stir him to admit that the Taliban were now the terrorists killing innocent people and are now a threat to national security.
Ahsan nota em seu blog Five Rupees [Cinco Rúpias]:
“It is this point which, for me anyway, is cause for the most angst and anger. If you picked a random person off the street from anywhere in Lahore, or even Pakistan, and asked them to name five potential sites for a terrorist attack in Lahore, Data Darbar would make most everyone's list. In addition, given Lahore's recent lapses in security — from the Ahmadi mosque attacks last month to the Moon Market attacks to assorted others — you would think that the shrine would be heavily protected, especially given the fact that just two days ago, the Interior Ministryhad informed the Punjab government of intelligence on an impending attack. But you would be wrong.”
O ataque também desencantou aqueles que acreditavam que o Talibã ficaria longe dos santuários e outros lugares sagrados. Claramente, para os militantes, cada coisa diferente de sua própria versão do Islã é uma meta viável. É importante notar aqui que os Talibã pertencem a uma facção bastante puritana do Islã, a Deobandi, que vê a ida a santuários como um ato de “subtrair” [en] (adorar alguém que não seja Deus). Os Barelvis [en], por outro lado, são uma facção que acredita na ida ao santuário e muitas outras práticas pouco ortodoxas. Este último tem uma longa história de existência pacífica, recusando-se, em todos os pontos, de recorrer à luta armada.
Dr. Mubarak Ali, um famoso historiador paquistanês, cita em um artigo da BBC em urdu, que os Deobandis, a facção a qual pertencem os Talibã, tem sido ativamente apoiados pela Arábia Saudita. A tradução se lê:
“Barelvis didn't get any support from abroad. On the other hand, Deobandis and those belonging to Ahl-e-Hadees faction had Saudi support. Their madressahs were well funded and patronized by the Ahl-e-Hadees scholars. And because of this, Deobandis emerged much more powerful, politically and financially.”
Um monte de outros cidadãos paquistaneses também estão apontando os dedos para os petro-dólares pelo financiamento praticamente infinito que parece estar se derramando nos bolsos do Talibã. Em uma observação um pouco irritada, se lê no status do Facebook de Ale Natiq: “é tempo de todos os muçulmanos em geral e paquistaneses em particular se levantarem contra o islamofascismo exportados pela Arábia Saudita. Barelvis, Ahmedis, xiitas, Sufi, cristãos – é a vez de quem agora?”
Ele também cita uma série de artigos de pesquisa concluindo suficientemente que o dinheiro da Arábia Saudita, escorrendo para as madrassas Deoband no Paquistão, tem contribuído ativamente para promover uma versão muito mais radical e violenta do Islã.
Enquanto a maioria dos blogs que expressaram sua revolta sobre o ataque, muitos dos quais exigiam que o governo do Punjab saísse imediatamente da negação iludida e aceitasse que os talibãs são uma realidade e uma realidade amarga. No entanto, até agora, o Governo provincial continua indeciso quanto à assumir ou não assumir a causa da eliminação do terrorismo, evidentemente com medo de perder uma parte de seus votos.
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