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Global: Rachel Corrie “Imortalizada” Com a Missão do Navio

Categorias: América do Norte, Europa Ocidental, Leste da Ásia, Oriente Médio e Norte da África, Egito, Estados Unidos, Irlanda, Malásia, Palestina, Turquia, Ativismo Digital, Direitos Humanos, Esforços Humanitários, Governança, Guerra & Conflito, Liberdade de Expressão, Mídia Cidadã, Primeira Mão, Relações Internacionais

Rachel Corrie [1] era uma jovem ativista da paz americana que foi assassinada em 2003 em Gaza, enquanto trabalhava com o Movimento de Solidariedade Internacional [2]. Quando Corrie estava na frente de uma casa palestina para protegê-la de ser demolida pelas forças israelenses, foi atropelada por uma escavadeira das Forças de Defesa de Israel (IDF) e morreu instantaneamente. Corrie tornou-se, para muitos, um símbolo de paz, com mais de 30 canções, uma cantata, um jogo, e agora um navio, com o seu nome.

O navio, chamado MV Rachel Corrie, partiu da Irlanda levando 11 passageiros e 9 membros da tripulação de 5 países, principalmente Irlanda e Malásia. Incluído entre os passageiros estava a Nobel da Paz Mairead Maguire [3], a membro do Parlamento malaio pela cidade de Parit [4], Mohd Nizar Zakaria [5], e o ex-assistente do Secretário-Geral da ONU, Denis Halliday. [6]

À medida em que o MV Rachel Corrie se aproximava de Gaza, no entanto, ficou claro que Israel estava mais uma vez à caminho de impedir o navio de entregar ajuda e, assim, quebrar o cerco. Aproximadamente às 10:00 UTC +3, desde os EUA, Remroum [7] informou que Israel havia pedido para o navio mudar seu curso:

[8]

Israel pediu ao Rachel Corrie para “mudar de curso”. Porque você não muda de direção? Acabem com o Apartheid, ocupação, racismo e permitam aos refugiados retornar

Pouco tempo depois, começaram a surgir relatos que o MV Rachel Corrie tinha sido interceptado pela IDF (Forças de Defesa de Israel) e obrigado a atracar [9]no porto israelense de Ashdod. No Twitter, a ativista malaia JuanaJaafar [10] observou:

[11]

Por favor se informem de que o MV Rachel Corrie nunca teve a intenção de atracar em Ashdod. Ela foi levada lá contra sua vontade #RachelCorrie

Gaza Under Siege [Gaza sob Ocupação] tuitou [12] um vídeo da iraniana Press TV, que foi ao ar logo após o MV Rachel Corrie ter sido parado pela IDF. O vídeo, que inclui comentários de jornalistas no local, mostra o navio sendo interceptado:

Efe Moral [13], que vive na Turquia, tuitou ao vivo muito dos eventos da Flotilha e observou que depois que o navio ter sido interceptado, o auxílio seria levado a Gaza:
[14]

A Al Jazeera também relatou que a #IDF irá inspecionar e levará a carga do #RachelCorrie para #Gaza sob a vigilância dos passageiros da #flotilla. #flotilla

Surgiram também relatos em que as forças israelenses recusaram-se a chamar o navio pelo seu nome registrado, MV Rachel Corrie, e ao invés disso se referiram a ele como “Linda”, seu nome anterior. A Fundação Rachel Corrie [15] tuitou isto:

[16]

Relatos de que a marinha israelense se recusou a chamar o navio pelo seu nome, “Rachel Corrie”. Chamaram [o navio] de “Linda” (seu nome original), ao invés. #flotilla

Um vídeo colocado no ar pela IDF confirma (00:31):

Há uma raiva considerável quanto ao fato de que o MV Rachel Corrie foi interceptado, mas também uma sensação de alívio [visto que] os passageiros estão a salvo. Por fim, como salienta o jornalista Hossam el-Hamalawy [17] no Twitter, Rachel Corrie foi imortalizada com a missão do MV Rachel Corrie:

[18]

O nome #RachelCorrie foi imortalizado. Cada vez que é mencionado nos noticiários, Israel perde um ponto. E Israel vem perdendo muitos