No dia 15 de fevereiro de 2010, o diretor do Global Voices Advocacy Sami Ben Gharbia, que tambem é o co-fundador do site de notícias da Tunísia Nawwat, informou que o Nawwat não mais conseguia transferir vídeos do YouTube para o seu site, depois que a equipe do YouTube determinou que um vídeo que eles estavam publicando possuia conteúdo “conteúdo condenável”. Ben Gharbia divulgou a mensagem recebida por Nawaat, que se segue:
The following video(s) from your account have been disabled for violating the YouTube Community Guidelines:
Tunise : enfants des zones défavorisées (Nawaat)
While it might not seem fair to say you can’t show something because of what viewers theoretically might do in response, we draw the line at content that’s intended to incite violence or encourage dangerous, illegal activities that have an inherent risk of serious physical harm or death. It’s not okay to post videos showing bad stuff like animal abuse, drug abuse, under-age drinking and smoking, or bomb making. Any depictions like these should be educational or documentary and shouldn’t be designed to help or encourage others to imitate them.This is the second Community Guidelines warning sanction your account has received within six months. Accordingly, the ability to post new content to YouTube from this account has been disabled and will not return until two weeks after you acknowledge this message. Please review the YouTube Community Guidelines and refrain from further violations, which may result in the termination of your account(s).
Tunísia: crianças das zonas desfavoráveis (Nawaat)
Enquanto aparenta não ser justo dizer que você não pode mostrar algo em virtude do que os telespectadores teoreticamente possam fazer em resposta, nós delimitamos conteúdo que pretende incitar a violência ou encorajar atividades perigosas e ilegais, que tenham um risco inerentes de sérios danos físicos ou morte. Não é certo publicar vídeos mostrando coisas ruins, tais como abuso de animais, uso de drogas, menores de idade bebendo e fumando ou fabricação de bombas. Qualquer representação assim deveria ser educacional e não para ajudar ou encorajar outros a os imitarem.
Este é o segundo alerta de sanção das Diretrizes da Comunidade que sua conta recebeu em seis meses. Desse modo, sua habilidade de publicar novos conteúdos no YouTube a partir desta conta foi bloqueada e não retornara até duas semanas a contar do conhecimento desta mensagem. Por favor revise as Diretrizes da Comunidade do YouTube e se abtenha de outras violações, as quais resultarão no cancelamento de sua conta.
O vídeo em questão mostra um grupo de jovens tunisianos cheirando cola e discutindo a prática, que é comum entre a juventude desfavorecida na Tunísia e considerada uma perigosa introdução para as drogas. Este vídeo aparenta ser o primeiro vídeo cidadão a documentar essa prática no país.
No artigo de Ben Gharbia, do site Nawaar, ele aponta para outros vídeos que potencialmente violam os termos de serviço do YouTube, inclusive um que mostrou a morte da iraniana Neda Agha-Soltan e outros que mostram a morte recente do competidor olímpico de luge da Georgia, Nodar Kumaritashvili.
O site de compartilhamento de fotos Flickr também tem uma política similar que veio à tona em 2007 depois que o fotógrafo holandês Maarten Dors reclamou que uma de suas fotos a qual mostra um jovem romeno fumando cigarro foi removida. O Flickr posteriormente republicou a foto e pediu desculpas a Dors.
1 comentário
Traduzindo meu comentário no artigo em inglês:
Embora não concorde com a atitude do YouTube em inglês em remover os vídeos do Nawwat, está escrito nos termos e condições do serviço que se o vídeo violar os termos ele pode ser removido. É o mesmo que uma pessoa pobre roubar uma fruta de uma quitanda: moralmente eu não acho que a pessoa deva ser condenada, mas a lei se aplica a tanto o roubo de uma televisão quanto de uma maçã. (veja que estou falando no aspecto que a lei deve ser aplicada independentemente da situação, não sobre o crime em si).
O YouTube é um serviço gratuito* do Google, e como usuário você deve respeitar o contrato, se não, aceite as consequências. Não concorda com o contrato de uso do serviço? Use outro. Ou então, melhor, pague um servidor próprio e você fará suas próprias regras (claro que limitado pelo contrato com a empresa de telecom e as leis do país).
*gratuito no sentido de você não ter que gastar em dinheiro, mas você paga com a perda de privacidade e informações para data-mining para anúncios publicitários.