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Dinamarca: Os Agentes do Débito Climático estão Chegando

Categorias: Dinamarca, Ativismo Digital, Juventude, Meio Ambiente, Protesto

Se você está entre as milhares de pessoas que vão à Copenhague em dezembro para a Conferência Climática das Nações Unidas [1], há chances de você encontrar um grupo de homens e mulheres da Dinamarca, Quênia, Tanzânia, Uganda, Zimbábue e Zâmbia vestidos em trajes vermelhos.

Eles são os Agentes do Débito Climático [2], e seu trabalho consiste em exigir do governo dinamarquês de países industrializados, incluindo a Dinamarca, a pagarem seu “débito climático” ao mundo em desenvolvimento. Se você estiver na Dinamarca e quiser comparecer e se unir a eles, pode aplicar aqui [3]. Pode também visitá-los no blog [2] ou no Facebook. [4]

Quem paga o preço?

Quando os países ricos fazem decisões que têm efeitos negativos no meio ambiente, as pessoas que vivem em pobreza pagam o maior preço. Seca, fome, e morte causadas pelas mudanças climáticas podem ser prevenidas em muitos lugares com a tecnologia, como em instalações de armazenamento de água que podem ajudar comunidades a se adaptarem [5] a novas condições climáticas.

Mas isso custa dinheiro.

“Quem deve pagar o débito climático?” [PDF] [6] é o título de um curto relatório feito pela organização internacional anti-pobreza ActionAid [7] que calcula o valor monetário do débito em €135 bilhões (aproximadamente R$350 milhões) por ano até 2020, e propõe que a conta deve ser dividida entre os países.

Nos últimos três meses, a MS ActionAid Dinamarca [8] educou um time de ativistas online e offline para ajudarem a divulgar sua mensagem, enviando-os em missões de pesquisa ao Quênia [9], Bruxelas [10] e Dinamarca, e emparalhendo-os com blogueiros do Global Voices que atuaram como seus mentores virtuais em blogs durante 6 semanas [11].

Em seu website, os aprendizes-então-agentes-do-débito explicam: “Queremos um mundo com justiça climática e justiça global. Para alcançar isso, a atitude dos que tomam as decisões tem de mudar para que eles percebam e reconheçam o pagamento de seu débito climático.”