Paraguai: Resposta do governo para chegada do vírus H1N1

Há alguns dias, novos casos do vírus AH1N1 [en] foram confirmados no Paraguai. Os casos vêm de cidadãos que acabam de chegar de viagens da Argentina, país que se tornou uma das principais fontes de transmissão do vírus para o Paraguai. O total de pessoas infectadas aumentou para 25, de acordo com o jornal ABC Color newspaper [es]. Até agora, não há nenhuma morte relacionada com o vírus e todas as pessoas infectadas apresentaram somente os sintomas habituais de uma gripe de temporada.

Um grupo de cinco estudantes infectados eram da escola particular “Santa Clara”, na capital Assunção. Aparentemente, a informação sobre os casos detectados na escola particular não foi descoberta até que um dos estudantes com o vírus já estivesse recuperado dos sintomas. Autoridades do governo disseram que os nomes de escolas com estudantes infectados não serão expostos a público. Esta atitude de guardar firmemente os nomes, por agentes de saúde e autoridades das escolas, preocupam alguns cidadãos. A blogueira Mabel Rehnfeldt, de El Dedo en la Llaga [es], descreveu a situação, tanto como jornalista quanto como mãe [es]:

Me pregunto qué pasa con el derecho a saber que tenemos los padres de colegios afectados y no afectados para poder ejercer el deber de precautelar a otros niños y niñas sanos/as?
Un especialista epidemiólogo, de los mejores que conozco en el país, pidió que se socialice la información, que se colectivice. Aquí no se trata de satanizar ningún colegio -mucho menos dar identidades de los pacientes por el tema de la confidencialidad obligada por el juramento hipocrático- es apenas INFORMAR a la opinión pública en qué colegios ya hay casos sospechosos.

Me questiono o quê acontece com o direito que temos, nós pais, de saber quais os colégios afetados e não afetados para poder exercer o dever de resguardar outros meninos e meninas sãos/sãs?
Um especialista epidemiologista, dos melhores que conheço no país, pediu que a informação fosse socializada, que se tornasse coletiva. Aqui não se trata de satanizar nenhum colégio – muito menos dar as identidades dos pacientes, por causa da confidencialidade obrigada pelo juramento hipocrático – é apenas para informar à opinião pública em quais colégios já há casos suspeitos.

Contrastando com os escassos esforços para espalhar a informação a respeito de quais escolas têm o vírus, o governo está impondo medidas complementares, como controle de fronteira para prevenir a propagação do vírus AH1N1 no Paraguai. É o que a jornalista e blogueira Gloria Rolon diz sobre sua experiência [es]:

Es que al descender del avión y abandonar la manga de desembarco, la recepción que le dan a uno es sencillamente sorprendente. Todo, pero absolutamente todo el personal en tierra luce impecables tapabocas y guantes de látex.

Confieso que no sé si las medidas en cuestión serán efectivas o no para evitar un contagio masivo, pero debo reconocer que lo que al principio fue una sorpresa para mí, luego se transformó en una agradable sensación de satisfacción con la tarea desplegada por las autoridades sanitarias en Paraguay.

Acontece que ao descer do avião e abandonar o portão de desembarque, a recepção que se recebe é simplesmente surpreendente. Todo, mas absolutamente todo, o pessoal em terra reluz impecáveis máscaras e luvas de látex.

Confesso que não sei se as medidas em questão serão eficazes ou não para evitar o contágio massivo, mas devo reconhecer que no começo foi uma surpresa para mim, logo se transformou em uma agradável sensação de satisfação com a tarefa feita pelas autoridades sanitárias no Paraguai.

A gripe suína foi declarada como uma pandemia global no dia 11 de junho de 2009. Esta é a primeira vez, em 41 anos, que a Organização Mundial de Saúde declara a existência de uma pandemia mundial.

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