“Na noite passada, enquanto assistia a vários canais de notícias internacionais, fiquei consternado em ver todos eles relatando o aumento do número de mortos em Gaza como se Israel tivesse indiscriminadamente ceifado uma grande faixa de inocentes insuspeitos”, escreve Treppenwitz [en] reagindo aos ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza. Sua reação é comum entre os blogueiros israelitas, onde essas ações são uma reação justificável a uma situação que há muito é insuportável.
Jewlicious [en] elabora mais a idéia:
Aron Heller of Associated Press for Yahoo News (Dec. 25) writes this past week that the massive barrage of Palestinian rockets slamming into Israel during Hanukkah, “caused no injuries but generated widespread panic.” The headline for his article–”Israel warns Hamas will pay heavy price,” simply implies that Israel plans to act because of widespread panic.
Heller makes no mention of the Israeli homes destroyed by the Palestinian rockets, the 60 plus Israelis who were hospitalized for shock and trauma, including 12 Ashkelon children, or the thousands of dollars in damages that the Palestinian rockets caused to Israeli properties and businesses.
The international media ignores far too often another critical player in the Arab-Israeli conflict and its role in continuing the conflict. Hamas, the ruling party who took over Gaza in 2006, is a terrorist organization that was established in 1987, an offshoot of the Egyptian Muslim Brotherhood.
Hamas has led a brilliant public relations campaign that has consistently de-legitimized the actions of Israel, as we find in the media coverage of the conflict, while simultaneously legitimizing its own regime in Gaza.
What the international media and world community often fail to see is that Hamas has its own interests in mind – whether it be the starvation of its people or the launching of rockets at Israeli civilians. In other words, the critical role that the ruling regime of Gaza, known as Hamas, has played in contributing to the continuation of the conflict, has been too often overlooked.
Heller não faz nenhuma menção às casas israelita destruídas pelos mísseis palestinos, os mais de 60 israelenses que foram hospitalizados devido ao choque e trauma, incluindo 12 crianças de Ashkelon, ou aos milhares de dólares em danos que os mísseis palestinos causaram às propriedades e empresas israelitas.
A mídia internacional muitas vezes ignora o outro jogador principal no conflito israelita-árabe e seu papel na continuidade do conflito. O Hamas, partido governante que assumiu em Gaza em 2006, é uma organização terrorista criada em 1987, uma ramificação da Irmandade Muçulmana Egípcia.
Hamas tem tocado uma brilhante campanha de relações públicas que sistematicamente deslegitima as ações de Israel, tal como vemos na cobertura da imprensa ao conflito e, simultaneamente, legitima o seu próprio regime em Gaza.
O que a mídia internacional e comunidade mundial muitas vezes não conseguem ver é que o Hamas tem seus próprios interesses em mente – quer seja fome de seu povo ou o lançamento de mísseis em civis israelitas. Em outras palavras, o papel crítico que o regime governante de Gaza, conhecido como Hamas, tem desempenhado para contribuir com a continuação do conflito tem sido muitas vezes esquecido.
Chayyei Sarah [en] tem uma opinião parecida a da maioria dos blogueiros israelitas:
My feelings about what happened in Gaza yesterday: I feel very sad that it had to be that way. But it had to be that way. We can't let rockets rain down on our citizens and do nothing. I look forward to the day — may I live to see it — when the Palestinian leadership figures out what “compromise” and “good leadership” and “promises” and “tolerance” actually mean. I'd really like for our army to have nothing to do. That would be fantastic.
Mais uma impressão, pelo blogueiro Tzipiyah [en]:
Over the weekend, Israel has started an operation in the Gaza strip. However, even after those years of attacks which make this response more than justified, there is a sense of shock at the numbers coming out of Gaza. Over 280 dead. Wow! 280 human beings were killed. For people who hate death, this is, honestly, a horrible tragedy. So, how are we to react to that?
In today’s world, there is an underlying pressure for Jews, and Zionists, to put their heads down in shame after seeing these numbers. Yes, even the strong Zionists are afraid to switch their facebook status in support of the Gaza operation. Yes, even the strong Zionists are afraid to scream their support for the State of Israel in such a time of bloodshed and conflict.
The Torah does tell us that we cannot, we are forbidden, to rejoice in our enemies’ suffering. So, we should not rejoice in their death. However, let’s make no mistake: I am not, in the slightest way, ashamed of the State of Israel. I am proud of the State of Israel for finally standing up and defending it’s citizens.
No mundo de hoje, existe uma pressão subliminar para que judeus e sionistas abaixem suas cabeças de vergonha ao verem estes números. Sim, mesmo os resolutos sionistas têm medo de mudar seus status no Facebook em apoio à operação em Gaza. Sim, mesmo os resolutos sionistas têm medo de gritar o seu apoio ao Estado de Israel em momentos de conflitos e derramamento de sangue desse tipo.
O Torá de fato nos diz que não podemos, que somos proibidos, de alegrar-nos com o sofrimento de nossos inimigos. Portanto, não devemos regozijar-nos a morte deles. No entanto, vamos deixar claro: não estou, de maneira nenhuma, envergonhado do Estado de Israel. Estou orgulhoso do Estado de Israel por finalmente levantar-se e defender seus os cidadãos.
Nem todos os blogueiros apóiam essas ações cem por cento, alguns têm reservas, como Yoni the Blogger [en]:
I am against the up coming ground action in Gaza.
I am against this action for several reasons, first as late as the end of last week, Israel was feeding the terrorist of Gaza. Second the politicians have not stated what the goal of the operation is, so how will Israel know if the operation is a success or failure.
I would support a ground action in Gaza under the following conditions, first cut Gaza off 100% from the outside world for up to two months. This means no food, water, industrial supplies or even medicine into Gaza.
Sou contra esta ação por diversas razões, primeiro até o final da semana passada, Israel vinha alimentando os terroristas da Faixa de Gaza. Segundo, os políticos não declararam quais os objetivos da operação, então como Israel vai saber se a operação foi um sucesso ou um fracasso?
Eu apoiaria uma ação em campo em Gaza nas seguintes condições: primeiro isole Gaza 100% do mundo exterior por dois meses. Isto significaria que não haveria comida, água, suprimentos industriais ou até mesmo remédios em Gaza.
J Street [en] condenou as ações, mas foi criticado por Meryl Yourish [en] por fechar para comentários dizendo:
What are they afraid of?
Will they discover that the pro-Israel bloggers outnumber the anti-Israel bloggers, and that J Street speaks not for the “silent majority,” but for a tiny minority of Jews?
Probably.
Será que vão descobrir que os blogueiros pró-Israel superam os blogueiros anti-Israel, e que o blogue J Street não fala pela “maioria silenciosa”, mas por uma ínfima minoria dos judeus?
Provavelmente.
Mais reações na blogosfera israelita aparecem com o desenrolar dos conflitos. Israellycool [en] está blogando os eventos ao vivo, à medida que acontecem, e veja também a página de cobertura especial do Global Voice [en] para saber das últimas notícias.
2 comentários
A tragédia em Gaza, com a morte de mais de 400 pessoas, sendo diversas crianças, mulheres e idosos, mostra bem o instinto assassino e irresponsável dos governantes deste estado terrorista e covarde, que fundamenta suas ações no apoio de outro estado governado por um lunático irresponsável que ainda vai levar o mundo a uma tragédia maior. O Oriente Médio assim vai continuar por centenas de anos se uma ação muito forte não obrigar Israel a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e retirar dos territórios ocupados em 1967. Os palestinos e os países árabes, através da Liga Árabe, já aceitaram reconhecer Israel em conjunto, mediante devolução destas terras, mas a Israel isto não interessa. Querem continuar criando “fatos consumados” e manter as fantásticas ajudas do exterior a um “país em perigo”! Não negociavam com Arafat, não negociam com Abas, não negociam com o Hamas, isto é, não querem negociar e a cada abertura por parte dos árabes, respondem com novos ataques e assassinatos de seus líderes. Como tem a cobertura dos americanos, esta situação só vai terminar quando a “super potência” desmoronar ou for governada por seres humanos e, quem sabe, uma destas opções não demore muito a ocorrer.
João Carlos Macluf
Oi Paulinha,
Muito bacana esta oportunidade de ouvir o que os blogueiros palestinos estão vivendo, principalmente com a dificuldade de acesso de jornalistas à Gaza. Acho que esta é uma das coisas incríveis do Global Voices! Parabéns pela tradução de fim/começo de ano.
beijos,
Deborah