Mulheres: Deveriam elas ficar em casa e criar filhos ou trabalhar e dar sua contribuição? Uma dúvida polêmica que Fantasia's World tentou responder em seu blog: Você está fazendo com que seu país fique ainda mais pobre? [en]
Fantasia dedica seu blog a
all the bitter, ever-complaining, dissatisfied housewives.. who were once my school buddies, university comrades, and work colleagues, but have chosen to stay at home after marriage.
Fantasia descreve a natureza de seu relacionamento com as amigas citadas acima, ao dizer:
Sorry, all. You have always found me to be your comforting pillow.. always an attentive listener, with whom you can split your pains, and someone you can always count on for relief. You've always found me to have a great ability to sympathize, or even empathize.
I've always understood your weaknesses, and swallowed your follies.. being careful not to criticize you or blame you until you are totally in the right mood for thinking and re-evaluating your acts. I was extra gentle with matters of the heart.. less with life-defining decisions.. yet constantly focusing on absorbing your pain and frustration. I am still the same.
Sempre compreendi suas fraquezas e engoli suas tolices.. sendo cuidadosa para não criticá-las ou culpá-las até que estivessem com o humor certo para pensar e re-avaliar os seus atos. Era particularmente branda com as questões do coração… menos com as decisões essenciais da vida.. ainda que, como sempre, me concentrando em neutralizar suas dores e frustrações. Ainda sou a mesma.
E agora vem a parte que atiçou a fogueira:
Only one thing is too many for me.. and that is when you complain that you are stuck in a bad marriage, having to stick to a tight budget (complaining about the high cost of living), and that you can't help transferring your anger unto your kids! Now, that's way too much. I can't absorb that.. and you'd better be ready to find your emotional sponge turn rock-solid.
I seriously don't get it! You said that your family needs all your time, so that's why you don't need a job.. then you complain of loneliness and the huge spare time you are never able to fill! You said that your husband has got a handsome income that would make your slim salary seem ridiculous, that's why you're better off without your work.. then you complain that prices are rising and that your budget is getting tighter! You said that work for women is not primary.. then you envy your ex-colleagues whenever one of them gets promoted or whenever you see one of'em on TV! You just turned into one of those horrible women you once hated and criticized. You are searching for the faults in others to prove that nobody is perfect, as if this will calm you deep inside, instead of trying to improve your life or make it a happier one.
Francamente, não entendo essa! Vocês disseram que suas famílias precisam de todo o seu tempo, e é por isso que vocês não precisam de um trabalho.. mas aí vocês reclamam de solidão e do enorme tempo livre que vocês, jamais, são capazes de preencher! Vocês disseram que seus maridos têm uma renda boa que faria seu magros salários parecerem ridículos, e é por isso que vocês estão melhores sem emprego.. mas aí vocês reclamam que os preços estão subindo e seus orçamentos estão ficando mais apertados! Vocês disseram que o trabalho para as mulheres não é algo primordial.. e no entanto vocês sentem inveja de suas ex-colegas quando são promovidas ou vocês vêem uma delas na TV! Vocês se tornaram aquelas mulheres horrorosas que uma vez odiaram e criticaram. Vocês estão procurando falhas nos outros para provar que ninguém é perfeito, como se isso fôsse acalmá-las lá no fundo, no lugar de tentar melhorar suas vidas ou torná-las mais felizes.
Depois disso, se aprofunda em explicar como as mulheres que ficam em casa tornam o Egito mais pobre:
Belonging to the third world is not like being a member in a club. A country earns its place in the so-called third world because it belongs there.. it is poor, has a slow development rate, and does not contribute much (if any) to global economy or development (for example, in scientific research). Hence, if a country does what you do.. that is, become dependent on other productive countries.. it fits into the third world. And as long as half the population in those countries think the way you do, then those countries have got zero chance in improvement.
To be able to imagine how weak our production rate is, I'll just give a couple of examples.. The average productivity of an Egyptian citizen is estimated to be around 1000$ a year.. and it tends to be fixed around this figure through many years.. while in Israel for example, a citizen produces the equivalent of 15000$/year.. And in a country which used to belong to the third world only a few years ago like Singapore, this amount reaches 45000$ per capita.. meaning that the productivity of the Singaporean citizen is 45 times as much as that of his Egyptian counterpart!! Now, where can this get us for God's sake?
It is as simple as this.. there are 78 million Egyptians.. half of them are brought up to think that their primary role in life is to reproduce and serve their households. Then the whole population is dependent on the other half to feed them and satisfy their basic needs.. How lovely!
Para que se possa imaginar o grau de fraqueza de nossa taxa de produção, basta dar uns dois exemplos.. Estima-se que a média de produtividade de um cidadão egípcio é de cerca de 1000$ por ano.. e tende a se fixar ao redor deste número por muitos anos.. enquanto que em Israel, por exemplo, um cidadão produz o equivalente a 15000$/ano.. E num país que costumava pertencer ao terceiro mundo poucos anos atrás, como Singapura, esta quantia alcança 45000$ per capita.. o que significa que a produtividade do cidadão de Singapura é 45 vezes maior do que seu sósia egípcio!! Agora, onde isso pode nos levar, pelo amor de Deus?
É muito simples.. há 78 milhões de egípcios.. a metade deles cresce com a noção de que seu papel principal na vida é reproduzir e atender às necessidades domésticas. Sendo assim, a população inteira fica dependente da outra metade para se alimentar e satisfazer suas necessidades básicas.. Que ótimo!
Sugere, sem papas na língua, que
By sitting at home, you are just turning into a huge burden on economy. You keep adding to this burden when you keep getting more children to keep yourself occupied at home. The end result is more poverty and misery for thousands. Urban women are the worst of the lot.. they are not productive at all. A rural woman bakes her own bread, plants her vegetables, raises chicken, sews clothes…etc. While all what urban women do is consume, consume, consume. Not only do they consume goods.. but also endless hours on the phone and in front of TV to keep themselves entertained. They consume energy.. which (in case you don't know) is becoming rarer and rarer, and is expected to be the number one reason behind endless wars to come.
So, back to urban women.. What do they produce? What is their share in the national income? Zero.
De volta às mulheres urbanas.. O que elas produzem? Qual a sua participação na renda nacional? Zero.
Fazendo uma ligação com o papel do governo,
The government has contributed to this crisis when it failed to provide adequate daycare service to help their female employees stay in the workforce; hence, making it easier for the private sector to get away without having any obligation towards female workers. Why on earth would a company owner bother to provide a service that the government itself does not require or care to provide?
The ridiculous alternative of the 2 years maternal leave (in the public sector) only means that those women do not actually work, or else how would 2 years of absence be OK with them? Those women then return (if they ever do) to resume their work in the same position they occupied before their leave, falling back behind their colleagues who got their promotions on time. The private sector is even worse.. it gives a maternal leave of 3 months, after which you can bid your job goodbye. Most probably what a woman pays for daycare and transportation to be able to carry on this daily tour (home-daycare-work-daycare-home) will be enough to swallow her full income. Thus, she finds herself compelled to stay at home with her baby.
A alternativa ridícula dos 2 anos de licença maternidade (no setor público) significa somente que aquelas mulheres na verdade não trabalham, ou então como poderiam 2 anos de ausência serem aceitos de forma tão OK por eles? Aquelas mulheres retornam para reassumir seus postos de trabalho (se é que o fazem) na mesma posição que ocupavam antes da licença, ficando atrasadas em relação a seus colegas que tiveram suas promoções no momento adequado. O setor privado é ainda pior.. dá uma licença maternidade de 3 mesees, depois do qual você pode dar adeus ao seu trabalho. Provavelmente aquilo que uma mulher gasta para poder deixar os filhos na creche e com o transporte necessário para continuar neste circuito diário (casa-creche-trabalho-creche-casa) irá ser o bastante para engolir toda a sua renda. Dessa forma, ela se sente compelida a ficar em casa com seu bebê.
Levando-nos das ciências sociais para a matemática básica, Fantasia nos ajuda a descobrir porque o Egito continua a ser uma nação pobre:
1- With the gender gap in favor of males in literacy rates, we have to confront the fact that only 59.4% of females could read and write, 93% of which complete the primary stage, while only 67% attend secondary school.
2- Only 23% of women join the labor force.. they make 22% of the total labor force in Egypt.
3- Of those women in the labor force (23%), only 22.6% hold a university degree, (which means that only 5% of Egyptian women are highly educated working citizens! Freakish!) 16% of those are in administrative posts, and 28% hold professional and technical posts.
Aside from those horrifying figures, one might think that a crisis of this magnitude must be a top priority while designing reform programs.. yet, unfortunately, we can not count on that.
2- Apenas 23% de mulheres ingressam no mercado de trabalho.. totalizando 22% de toda a mão-de-obra no Egito.
3- Daquelas mulheres que se encontram no mercado de trabalho (23%), apenas 22.6% têm o grau universitário, (o que significa que somente 5% das mulheres egípcias são cidadãs trabalhadoras altamente qualificadas! Pasmem!) 16% delas estão em cargos administrativos e 28% possuem postos profissionais e técnicos.
Em vista daquelas cifras tenebrosas, poderia-se pensar que uma crise dessa magnitude deveria ser tratada como prioridade máxima e merecer projetos de programas de reforma.. mas, infelizmente, não podemos contar com isso.
Citando a Professora Mahassen Mostafa Hassanin em seu livro: “Egypt: A Poverty Profile” [Egito: Um Perfil da Pobreza]:
Reform programs tend to work to the benefit of men than to the benefit of women. Macroeconomic policies concentrate on the reallocation of resources to achieve both stability and growth rather than on microeconomic issues and gender differentiation. Development programs usually address males while neglecting females.
Not only so, but the pop culture is another huge obstacle, acting as a strong barrier, preventing girls from aspiring to play an active role in society. And I quote again from the same source:
Equality and equity among males and females represents the cornerstone of this new development paradigm which concentrates on sustainability of the development process and this requires changing the prevailing social paradigm, and re-educating men and women on how to work together to create a more humanitarian world order.On why Egyptian women would ever consider having a job , Professor Hassanin says:
The pattern of women in the development process is controversial. Women devote nearly all their income to the welfare of their family and still have to comply with the constraints of their gender role in the society. This makes the cost of their participation in the development process rather excessive.
And that is so true.. Women are rather pushed into the workforce than deciding to join it out of a personal will.. They lack empowerment, ambition and a sound environment which might inspire them to be productive citizens.
Justiça e igualdade entre homens e mulheres representa a pedra angular nesse novo paradigma de desenvolvimento que se concentra na sustentabilidade do processo de desenvolvimento e isto requer uma mudança do paradigma social prevalente e uma re-educação dos homens e das mulheres no sentido de aprender a trabalhar juntos para criar uma ordem mundial mais humanitária.
No porquê as mulheres egípcias deveriam, alguma dia, pensar em ter um emprego, a Professora Hassanin afirma:
O modelo de mulher necessário ao processo de desenvolvimento é polêmico. As mulheres consagram quase todo o seu ganho ao bem-estar de sua família e ainda têm que aquiescer às restrições impostas a seu gênero pela sociedade. Isto faz com que o custo de participação no processo de desenvolvimento venha a ser um tanto quanto excessivo.
E isso é tão verdadeiro.. As mulheres ingressam de maneira forçada no mercado de trabalho, mesmo antes de poder decidir participar por vontade própria.. Faltam-lhes empoderamento, ambição e um ambiente saudável que possam inspirá-las a serem cidadãs produtivas.
Para uma maior elaboração desse tópico, cito o trabalho de Ms. Sahar Nasr intitulado: “Women and Poverty” [Mulheres e Pobreza] que fez parte do Joint Report of the National Council for Women and the World Bank [Relatório Conjunto do Conselho Nacional para Mulheres e o Banco Mundial] (2003):
In her research on women headed households, Nasr has found that most of those women are widowed. Which means that as long as there is a man at home, poor women would never consider having a job.
Poverty has Higher Price for Women and Girls. While poverty per se is not a gender concern, women, along with their children, tend to be more vulnerable to poverty than men.
Poor women often face a triple disadvantage:
• Heavy reproductive burden and their non-market contributions are often not recognized—undervaluing a significant part of their economic contributions.
• Social concerns may also limited women’s access to labor market and the type of jobs from which they can choose.
• Finally, women generally have lower educational achievements, reducing their earnings ability.
A Pobreza cobra um Preço Mais Alto de Mulheres e Meninas. Se por um lado a pobreza não é por si só uma questão de gênero, as mulheres, juntamente com seus filhos, tendem a ser mais vulneráveis à pobreza do que os homens.
Mulheres pobres frequentemente enfrentam uma desvantagem tripla:
• Sua pesada carga reprodutiva e contribuições que não têm valor de mercado deixam de ser, na maioria dos casos, reconhecidas — sub-estimando, portanto, uma parte significativa de sua contribuição econômica.
• Preocupações sociais podem também limitar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e o tipo de trabalho que podem escolher.
• Finalmente, as mulheres geralmente obtêm um grau mais baixo de educação, o que reduz sua capacidade de ganho monetário.
Em sua conclusão, pergunta a seus amigos e a todas às mulheres improdutivas
Do you realize now that you can not just sit there and complain? Your country needs you, because you are one of the very few young, healthy, well-educated women who expected to be productive, and any development would simply not happen as long as you insist on throwing all your education and personal skills against the wall and sitting there doing nothing.
BE RESPONSIBLE.. ACT RESPONSIBLE.. DO SOMETHING FOR THE FUTURE OF YOUR KIDS.. STOP MAKING YOUR COUNTRY POORER
SEJAM RESPONSÁVEIS.. AJAM DE MANEIRA RESPONSÁVEL.. FAÇAM ALGUMA COISA PARA O FUTURO DE SEUS FILHOS.. PARE DE FAZER COM QUE SEU PAÍS SEJA MAIS POBRE