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“Quirguistão: Da mania por Papai-Noel ao Subbotnik”

Categorias: Ásia Central e Cáucaso, Quirguistão, Direitos Humanos, Economia e Negócios, Humor, Juventude, Mídia Cidadã, Trabalho

Durante as duas ultimas semanas, o Kyrgyz blogosfera trouxe um apanhado de artigos interessantes, acompanhados de bons comentários e fotos da primeira edição de inverno do “Festival do Papai Noel [1]”, em Kyrgysztan. O festival acorreu entre 23 e 25 de fevereiro e impulsionou muitas críticas de um lado e um bocado de humor do outro.

Em instáncia, bretelka refletiu sobre o assunto (ru) [2]:

“Será que eles ficaram malucos? Não acredito que seja possível guardar presentes para 2 bilhões de crianças em Kyrgysztan. Seria tudo roubado.”

Fancher, se empolgou com a idéia (ru [3]):

“Pessoal, vocês não conseguem ver o potencial desta ideia? Primeiramente, todo mundo sabe que Papai Noel não existe. Ele é uma marca global famosa. Se essa idéia se tornar mais popular, aí será muito importante avançar no desenvolvimento turístico de Kyrgyzstan (atraindo mais turistas). Eu acho que essa idéia é boa e realista.”

Comentário de Ataman Rakin (eng [4]):

“Eca!!! Barbas Compridas
Eles não passam de wahhabis [5].”

Com um começo bem engraçado, agora podemos ir a frente com a questão mais real e séria que chamou a atenção dos blogueiros. Anna Yalovkina relatou no Kloop.kg [6] que o prefeito de Bishkek, Daniyar Usenov, anunciou o começo de 2 meses de “subbotnik”, entre alunos e estudantes. A palavra “subbotnik” é derivada do vocábulario Russo “subbota” (Sábado) e quer dizer trabalho comunitário, no qual as pessoas limpam as ruas, parques e os arredores das escolas e outras instituições públicas.

Ladymystery registrou sua opinião (ru [7]):

“De forma alguma é uma má idéia. Nós sempre limpamos o território das escolas. Eu quero ver minha cidade muito limpa mas infelizmente ainda poluimos mais do que limpamos.”

Contudo, o defensor de direitos humanos, Maksim Kuleshov, protestou contra tal decisão de Usenov e a chamou de violação dos direitos infantis. Ele disse que a União Soviética acabou e que suas crianças não são propriedades do prefeito. Ainda acrescentou que ele e seu time irão prostestar contra a medida no escritório da prefeitura de Bishkek.

Men concordou com Kuleshov (ru [6]):

“Deixe que o prefeito limpe a cidade ao invéz dos estudantes. Parece até que ele decidiu implantar o Comunismo em Bishkek.”

Falando sobre protestos, todos se lembram da Revolução das Tulipas de março de 2005, quando o ex-presidente Akaev teve que fugir do país. Agora o presidente de Kyrgyz, Kurmanbek Bakiev, e seu recém eleito parlamento devem querer fazer as pazes com o código trabalhista de Kyrgyzstan, o qual tornará o dia 24 de março um feriado nacional de Kyrgyzstan.

Psyho reclamou sobre tal decreto (ru [8]):

“Será que agora o parlamento irá funcionar e fazer algo útil? Já faz 2 meses que eles não fazem nada.”

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online [9]. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português [10], com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista [11]. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui [10]. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui [12].