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Rising Voices em Serra Leoa e Bangladesh

Categorias: Sul da Ásia, Bangladesh, Serra Leoa, Ativismo Digital, Desenvolvimento, Educação, Juventude, Tecnologia, Blogueiros

Publicado originalmente em Rising Voices [1] [en].

Serra Leoa:

O projeto The Think Build Change Salone (TBCS) [2] [Pense Construa Mude Salone] [en] procura ajudar na reconstrução da Serra Leoa pós-guerra civil oferecendo treinamento em Informação & Tecnologia para jovens que trabalham como estagiários em organizações sem fins lucrativos locais, a fim de que eles adquiram experiência e contribuam para os projetos em desenvolvimento.

Em setembro, Vickie Remoe-Doherty [3] [en], do Think Build Change Salone [4] [en], descreveu os desafios que ela enfrentou ao procurar jovens estagiários da capital Freetown que fossem capazes e interessados [5] [en].

Vickie finalmente encontrou 14 jovens líderes para avançar a iniciativa do TBCS e você pode ver os seus perfis aqui [6] [en]. Eles estão sendo recrutados para várias organizações sem fins lucrativos em Serra Leoa. Quando passam a sentirem-se confortáveis com as novas ferramentas, podem começar a documentar suas experiências nestas organizações.

A primeira destas experiências foi relatada por Kadi Yata Kandeh (26), uma estudante do terceiro ano de Nutrição e Dieta na Fourah Bay College com um ótimo histórico escolar. No mês passado, ela publicou [7] [en] o perfil da organização em que trabalha, ‘Mano River Women’s Peace Network (MARWOPNET)’ [Rede de Mulheres pela Paz do Rio Mano]. Este mês, ela escreve sobre a sua experiência na Oficina de Treinamento de Treinadores em Bo, intitulado “Engendering Conflict Early Warning and Response” [Catalisando reações e  alertas rápidos em conflitos]. O treinamento estimula mulheres a participarem ativamente e contribuirem substancialmente para a consolidação da paz não apenas em Serra Leoa mas por toda a sub-região do Rio Mano.

Ela relata:

“The Workshop was a challenge for me because it was my first workshop on residential (where I had to stay over night), and on Peace Building. I was one of the reporters, so I had to be attentive to all speakers for valuable contributions.”

“A Oficina foi um desafio para mim, porque foi minha primeira oficina residente (onde eu teria que passar a noite), e em Construção da Paz. Eu era uma das relatoras, então tinha que ficar atenta às valiosas contribuições de todos os palestrantes.”

Leia mais sobre suas experiências [8] [en].

Sahr Emmanuel Joseph é um estudante do segundo ano de Economia na Universidade de Njala. Ele é estagiário do Peace and Development Corp Program [Programa para a Paz e o Desenvolvimento], um projeto da National Commission for Social Action (NaCSA) [Comissão Nacional para Ação Social]. Em seu texto informativo [9] [en] ele descreve as suas tarefas e experiências por lá. Dá também alguns conselhos aos potenciais estagiários, e diz:

“Information and technology knowledge is actually low in the country as stated by Siera Vision President I would recommend if donors agree to fund them let the organization provides information and technology training for student in the various university by organising free citizen media workshop for student in the various university and also organising educative programme that will enhance technology capacity of the students.”

“O conhecimento em Informação e Tecnologia ainda é baixo no país, como afirmou o presidente da Sierra Vision. Eu recomendaria, se os doadores concordassem em financiar isso, que a organização oferecesse treinamento em Informação e Tecnologia nas várias universidades, organizando oficinas de mídia cidadã gratuitas nessas universidades, para aumentar o conhecimento tecnológico dos estudantes.

Noah Suluku é o segundo mais novo entre os estagiários, com 21 anos. Ele publica [10] algumas fotos das “Crianças da Baía” catando lixo.

Bangladesh:

Na segunda parte, observamos de perto as recentes atividades blogueiras de Nari Jibon. Eles têm organizado encontros quinzenais para discutir o seu progresso. No último encontro, em 10 de Novembro [11] [en], foi feito um balanço que apontou, desde o início do projeto, 105 artigos publicados (em Bengali e Inglês) e mais 32 na fila de edição.

Eles organizaram um programa de treinamento para doze blogueiros novos e antigos (estudantes e estudantes/empregados de Nari Jibon), cobrindo técnicas como fotografia digital, blogs, como escrever um texto, o que escrever etc.

Encontramos mais perfis de blogueiros [12] publicados nos blogs em Inglês e em Bengali. Os novos blogueiros consideram o Nari Cybercafé o lugar mais importante da organização, onde estão os PCs e de onde eles escrevem. Os jovens só descobriram os blogs depois de visitarem Nari Jibon, e agora estão felizes em poder compartilhar suas histórias com o mundo.

Sherin Sultana pensa [13] [en] que, por ser de uma família de classe média, ela não é superior. Ela descreve as limitações de pertencer a uma família dessa classe:

“We don’t have abundance of money. If our watches become useless, we change only the belt or battery and change those again and again. But we never change the dial or buy a new one. If our shoes get useless we try once again to add another sole. We can’t expect more than enough to our necessity. Our self respect is very high so we can’t want something to anybody. If we don’t have anything then we try to get those by our own ability. Our life is measured and tied by the circle of middle class.”

“Nós não temos abundância de dinheiro. Se nossos relógios quebram, nós trocamos apenas a pulseira ou a bateria e continuamos trocando de novo e de novo, mas nunca trocamos o mecanismo ou compramos um novo. Se nossos calçados estragam, tentamos colocar uma sola nova. Não podemos esperar mais do que o suficiente para as nossas necessidades. Nosso respeito próprio é muito alto, então não queremos receber nada de ninguém. Se não temos algo, vamos tentar conseguir o que queremos pela nossa própria habilidade. Nossa vida é medida e amarrada pelo círculo da classe média.

Mas ela é otimista, e valoriza os valores da vida na classe média: lamentos, dor, amor, afeição e respeito ilimitados.

Nina Sultana visitou uma favela em Dhaka e conheceu de perto a pobreza e a dificuldade por que passam as pessoas de lá [14] [en]. Os moradores da favela vivem em um ambiente sujo, são privados de comida fresca, água e um bom abrigo. Eles sofrem de fome, desnutrição e diversas doenças. Ela pensa que a pobreza leva alguns deles a transgredirem as leis e a se envolverem em roubos e assaltos.

Hasina Akhter descreve [15] [bn] a vila de seus ancestrais, Bogadia, situada no distrito de Noakhali, que orgulhosamente dispõe de recursos básicos como eletricidade, água e gás.

Dr. Kathryn B Ward, de Nari Jibon, publicou um texto [16] [en] sobre Justiça para Nadine e Rahela, duas vítimas de violência doméstica em Bangladesh, e ligou os blogs de Nari Jibon a outros blogs do país que abordam essa questão com intensidade. Finalmente, Dr. Ward se mostra preocupado [17] [en] com o mortal Furacão Sidr, que passou por Bangladesh na noite da última quinta-feira.

O próximo treinamento cobrirá o funcionamento de câmeras de vídeo e de fotografia digital para alguns funcionários de Nari Jibon e também para alguns estudantes. Esperamos ver fotos e vídeos dos blogueiros de Nari Jibon em breve.

(Texto original de Rezwan [18])

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online [19]. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português [20], com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista [21]. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui [20]. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui [22].