Cazaquistão: Guerras da mídia

Enquanto Rakhat Aliyev affair passeia e o ex-embaixador e genro ex-presidencial continua chantageando as autoridades do país com materiais desacreditados, incluindo publicações de escutas de conversas telefônicas entre oficiais do alto escalão, alguns websites têm sido bloqueados recentemente no Cazaquistão. “Nenhuma explicação sobre as razões para a filtragem foi fornecida”, Mantrov relata.

Um blogueiro cazaque de nascença, que agora vive na Austrália, Weathercock, afirma ter uma “reação patológica por conta das restrições à liberdade de expressão no espaço pós-soviético, especialmente no Cazaquistão” e toma para si o compromisso de publicar novamente todos os kompromats censurados “só por sua natureza exótica”. “Onde você encontraria um outro país, cujos oficiais do alto escalão conversam entre si da maneira que os gângsters americanos faziam na década de 30?”, observa.

Enquanto isso, o bloqueio de websites desaprovados não foi o estagio final da reação neurótica excessiva do governo – na semana passada, uma série de jornais independentes foram abordados de surpresa pela polícia e por corporações regulatórias, em uma aparente tentativa de impedir que fossem publicados. Como resultado, alguns deles tiveram facilidades de impressão negadas e não conseguiram aparecer em versão impressa. Pouco depois disso, os editores gerais desses jornais se reuniram com o ministro da informação, Yertysbayev.

Como informa Sarimov, o objetivo do encontro era suavizar o conflito – as autoridades não estão interessadas em um outro escândalo com a imprensa, mas eles estão ainda menos interessados em difundir os materiais desacreditados sobre o governo e o presidente. “As condições que foram colocadas pelo ministro são simples: parem de publicar sobre os vazamentos de Aliyev e não haverá nenhum problema com os serviços de impressão. Uma dicotomia fatal, Sarimov conclui.
Entretanto, os jornais aparentemente não tiveram escolha, a não ser aceitar as condições – Mahno-mactep chama o acordo de “aliança de paz obscena”.

Enquanto isso, Joshua Foust oferece um panorama sobre os recentes desenvolvimentos alarmantes na esfera dos meios de comunicação de massa na região da Ásia Central, listando casos de jornalistas que foram assassinados ao longo dos últimos anos.

Matéria de Adil Nurmakov.

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.

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